Uma vida por outra vida

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ItáliaA chuva trazia saudades das férias e dos amigos da Fazenda da minha avó

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ItáliaA chuva trazia saudades das férias e dos amigos da Fazenda da minha avó. Fui criada em uma pequena cidade de Veneto na tradicional educação para casar e ser mãe. Aqui eu posso ser eu a simples garota que adora música e curtir a família. Mas após lutar e estudar muito, eu ganhei uma bolsa de estudos em Roma. Vou estudar música no maior observatório de música e mudarei em breve para morar com um dos meus tios.Nunca tive um namorado e muito menos um amor daqueles que te faz perder o ar como dizem as novelas e os livros. Mas foi porque eu não quero atrapalhar meus estudos.Meu dia começou como todos os dias. Não mudava a rotina da pequena cidade, eu dividia o meu dia na faculdade e o curso extra de música. E todos os dias eu deixava a minha agenda organizada. Os horários e até a roupa que eu ia usar. Eu tenho apenas uma meta em minha vida: me formar e ser a melhor musicista.Eu olho pela janela da sala de música e vejo que a chuva estava fraca. E eu viajei nos meus planos em Roma, eu queria fazer tantas coisas e uma delas eu ia ser a melhor violonista daquele lugar. Eu estudo muito para isso.– Bella, a aula já acabou– Ouço no fundo, a voz e acabo rindo do que eu estava pensando – Pensando em macho, eu aposto. Minha amiga Meire, estudamos juntas desde pequenas.– Na minha viagem a Roma– Mas o que aconteceu?– Não poderá ir caminhando hoje Bella? Minha amiga Meire falava olhando para um dos meus amigos quase implorando por carona– E ainda precisa comprar a decoração da festa.– Eu vou até a cidade e compro tudo amanhã. Mas hoje eu quero apenas ir para casa, ainda preciso terminar a minha aula particular.Eu saio dos pensamentos e ouço gritos pelos corredores.– Bella, eu te vejo a noite.- Murilo, eu não vou à festa e você sabe que não curto o que rola.– Você é careta demais, garota precisa se soltar e ser uma garota da sua idade.– Chega! – Você reclama muito.Eu sorri e sai o mais rápido possível do campus e eu ainda tinha que andar dois quarteirões para pegar o ônibus. E quando olho meu celular, eu estava atrasada para minha aula de música extra com a madame- Vênus.E quando eu viro a esquina eu estava com tanta pressa segurando meu violino. E quando me viro eu ouço gritos e gemidos e eu me assusto.– O que é isso? E quando tento ir embora deixar para lá o que tinha acabado de ouvir, o meu coração não deixou ele me cobrar para ajuda e ouço de novo.– SOCORRO! – E ouço os gritos com voz de homens e gemidos de dor e não conseguir deixar para trás e acabo olhando pela esquina do prédio e vejo quatro homens gritando:– Maldito vai morrer!– Mata ele de uma vez – Outro, grita.Eu estou com medo e, ao mesmo tempo procurando uma forma de ajuda. Não consigo me calar e mesmo sem saber eu agir pelo meu impulso e grito:– A polícia! Eu grito e meu coração acelerado e as pernas bambas. Eu ainda olho e vejo eles correndo com a arma na cintura, minhas pernas bambas e eu quase não tenho voz por medo. Eu espero e corro até ele para ajudá-lo e mesmo sem forças eu me aproximo e deixo minhas coisas no chão. E eu não tinha muito o que fazer me aproximando dele, eu vejo estar muito machucado. Eu ainda me ajoelho.Olha para ele e vejo o rosto todo ensanguentado, o corpo marcado inchado, eu toco meus dedos sobre seu rosto e virou para mim. Meus olhos batem ao dele, naquele momento e vejo um par de olhos azuis encontrando os meus e é como se não houvesse mais nada, como se em toda minha vida eu estivesse para viver esse momento. O penetrante e envolvente olhar desse estranho me envolve como despindo até a minha alma e por uma fração de segundos é como se já o conhecesse bem antes desse momento.Eu saio dos devaneios daquele momento tão profundo de alma quando ouço seu gemido e seu dedo aperta a minha mão.– Moço por favor não mexe– Eu procurava o que fazer e dizer a ele parecia que ia morrer ali – Eu vou chamar o socorro.E em meios gemidos ele apenas sussurrou tão fraco e eu ainda encontro meu rosto para ouvir e ele diz:– Não..." Minha salvadora."E o que eu ia fazer? Não podia chamar a polícia e nem o socorro e eu o ajudei a levantar e tirá-lo daquele lugar tão visível. E o encosto no muro da fábrica e fico ao lado dele e ainda em transe por tudo que aconteceu e vejo alguns homens se aproximando e um carro preto. Eu me assusto depois do que houve com ele, poderia ser os homens de novo para matá-lo. Eu tremi e pego o violino e eu não tinha saída. Olhando para ele quase morto e o carro preto que parou e desceu vários homens armados do carro. E a minha cabeça gritava:" Vou morrer". Ele aperta meu dedo quase desmaiado ali no chão e suja a minha mão de sangue.Eu queria chorar e gritar a minha mãe e cadê a voz? Não saia. E dei dois passos para trás e um deles grita:– Chefe? – Eu me assusto quando o outro desce armado e já sai carregando-o. E um deles grita e eu fico ali parada ainda em choque. – Valeu moça. Eu balanço a cabeça ainda me recuperando do que aconteceu e quando percebo outro carro preto e eu corro sem parar entrando na primeira loja e não sei como tive coragem de ajudá-lo. Porque meus joelhos não mexem.Chego em casa e corro para meu quarto, eu tinha que procurar algo e já imaginei que seriam bandidos.Afinal eles tinham armas e falam gírias que somente no morro eles usavam. Tudo aquilo não me sai da cabeça. Eu não consigo nem dormir pensando no que aconteceu.– Quem é aquele homem?

Proibida do Mafioso- Entre o amor e a MafiaOnde histórias criam vida. Descubra agora