VIII - DIGA AS PALAVRAS

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Regina então acorda numa imensa planície, em um campo onde há trigo por toda parte.
Sentando-se lentamente, ela logo percebe estar ao lado de seu grifo, que agora está inconsciente.
Não há nada ali, além de uma brisa suave e um sol quase a pino em um límpido céu anil.
- Essa não! - A princesa grita se levantando e tateando o chão logo encontra sua espada, à qual empunha e se levanta em posição de defesa.
Porém, já não há mais soldados ou magos contra quem lutar, e sim, alguns passarinhos que voam bem longe.
- Oh, Onde estou? - Griphyus acorda confuso, e ao despertar já procura por sua amiga:
- Regina? Onde estás? Regina... - o grifo grita desesperado, mas a princesa logo responde correndo até ele:
- Estou aqui, amigo!
- Graças aos deuses. Você está bem? - o grifo grita aliviado quando os dois se abraçam, mas Regina nota algo incomum:
- Sim, estou, mas... Griphyus você está... - Regina grita ao ver seu amigo, literalmente desaparecendo enquanto seu corpo se transforma em folhas secas que são levadas pelo vento.
- Mas que tipo de ardil é este? - a princesa grita caindo de joelhos no meio da campina dourada:
- Griphyus? Griphyus? - Regina diz andando pelo imenso campo de trigo iluminado por um distante sol poente e dourado. - Para onde ele foi?

- A mais bela de todas deve seguir seu caminho sem qualquer companhia. - Aquela estranha voz ecoa por todos os lados naquele lugar improvável e isto assusta a princesa que questiona:
- Onde está meu amigo? Para onde ele foi levado?
- Seu amigo ficará bem! - Aquele ser estranho cujo corpo lembrava o de um grande lençol, sobre uma silhueta humana, porém dourado e brilhante como ouro liquefeito, surge sobre uma rocha às margens de um lago, que Regina de repente avista ao longe.
Enquanto caminha receosa, ela então vê o campo de trigo ficar para trás, dando lugar a um rochedo às margens do que parece ser um mar de águas bravias e caudalosas.
- Que tipo de lugar é este? - Regina sussurra ao ver que aquelas águas furiosas agora dominam o campo de trigo, e o céu de tons quentes e alaranjados se torna verde e sombrio, coberto por nuvens colossais cheias de raios e trovões estrondosos.
- Que tipo de criatura tu és? - a princesa questiona caminhando pela margem rochosa, separada de onde está aquela figura dourada e misteriosa pelas aguas turbulentas.
- Meu emissário cumpriu bem sua busca! - Uma voz ainda mais sombria, porém estronsoda como o barulho de um trovão ecoou por toda parte, quando Regina e seu estranho guia dourado, subitamente são separados por uma parede de água gigantesca que explode levantando toda a água, que logo depois cai emondas que se quebram nas rochas.

À frente da pequena e jovem princesa agora há uma criatura gigantesca, que segura com duas enormes mãos com dedos compridos e quase esqueléticos, algo que lembra um gigantesco espelho, que mais parece um portal para algum tipo de universo distante.

- Ei, espere! - Regina grita ao ver aquele estranho ser que falava com ela, flutuar para dentro daquele estranho portal onde uma luz dourada fulgura além de estranhas engrenagens colossais, quando aquela nova voz estranha e estrondosa diz:
- Eu sou... - um ser imenso então revela sua aparência revelando um cenário grandioso e surreal enquanto as grandes ondas arrebentam nas rochas e se dissipam.

- O Autor! - a criatura imensa e misteriosa vestida com um manto verde nebuloso e rosto que aparenta ser um enorme círculo luminoso coberto por um enorme capuz se apresenta e questiona:

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- O Autor! - a criatura imensa e misteriosa vestida com um manto verde nebuloso e rosto que aparenta ser um enorme círculo luminoso coberto por um enorme capuz se apresenta e questiona:

- A que tipo de invasor pertence esta alma tão aflita, que sinto diante de mim?

- Autor? - Regina indaga enxugando seu rosto encharcado e seus olhos ofuscados pela água, quando aquela entidade gigantesca murmura:

- O que é você, pequenina? - O sombrio anfitrião de proporções gigantescas diz se curvando, para ver Regina:

- Deixe-me vê-la!

- Mas que tipo de ser é... - a princesa indaga ao contemplar algumas nuvens se abrirem sobre uma distante montanha no horizonte nebuloso ao longe, onde surge um esqueleto humano e colossal trespassado no peito pela lâmina de uma espada monolítica!

DE VOLTA À SALA
DO TESOURO REAL...

- Maldição! - Lorde Urgannus grita enfurecido enquanto caminha por uma enorme sala de poções repleta de livros e frascos flutuantes ao seu redor

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- Maldição! - Lorde Urgannus grita enfurecido enquanto caminha por uma enorme sala de poções repleta de livros e frascos flutuantes ao seu redor.
- Como puderam escapar? - O mago grita emitindo uma poderosa onda de energia invisível que arremessa todos os objetos na sala para longe.
- Estávamos tão perto! - Ele diz gospeando uma mesa rústica feita de mármore negro que fica de frente à uma enorme lareira acesa com os punhos cerrados.
- Paciência, Urgannus! - uma estranha voz masculina, porém amigável e familiar ao mago resoou dentre as chamas. - Nós ainda temos... Tempo!
- O quanto temos? - O mago indaga, quando a lareira se apaga sozinha e seu interlocutor invisível prossegue:
- O quanto... Ele desejar que tenhais.
- Certamente. - o Mago diz apanhando um livro mágico, quando um pequeno gato com pelos acinzentados e listra pretas com olhos brilhantes e amarelados surge sobre o ombro esquerdo dele.
- Mas o que é... - Urgannus indaga assustado quando o estranho felino diz caminhando até seu outro ombro.
- Abra na página sessenta e seis.
- Mas; este livro mal contém sessenta! - Urgannus exclama folheando o livro em suas mãos, quando o gato falante de olhos flamejantes diz, dando um largo sorriso sombrio:
- Não mais!
Um acordo temos, Lorde Urgannus. - O felino ainda fala, quando várias páginas surgem no livro que o mago ainda segura e um feitiço luminoso e alaranjado, com formas geométricas losangulares surge sem ao menos ser invocado.
Num estranho e obscuro passe de mágica; o rosto e todo o corpo do mago então rejuvenesce e o felino conclui:
- Tempo desejais? Tempo tereis.

Num estranho e obscuro passe de mágica; o rosto e todo o corpo do mago então  rejuvenesce e o felino  conclui:- Tempo desejais? Tempo tereis

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O mago ainda contempla e admira seus corpo e semblante rejuvenescidos quando é alertado:
- Contudo, não o quebreis!
- Estes encantos... - Urgannus questiona ao gato enquanto percorre as inscrições mágicas e brilhantes nas páginas do livro. - Parece élfico, mas desconheço a maior parte destes símbolos. Que tipo de língua é esta?
- Apenas... - o felino interrompe num tom ríspido:
- Diga as palavras!





CONTINUA . . .

[ UDG/F2 ] ORIGENS. Antes do "Espelho, Espelho Meu"Onde histórias criam vida. Descubra agora