XXIV - BOAS-VINDAS AO COVIL

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Reunidas aos portões de entrada que ainda se abrem na nova muralha que o Conselho dos Magos construiu usando magia, ao redor de todo o reino, as turbas se amontoam para testemunhar a entrada da jovem amazona que cavalga um imponente grifo negro e é seguida por um verdadeiro exército de seres míticos e mágicos.

Ao lado de Regina, que ainda não é reconhecida pelo povo, Nannis a fadinha e alguns de seus semelhantes voam sempre alertas ao que se passa ao redor.

Maddrus, o centauro, e seus soldados vem logo após, assim como unicórnios, alguns alebrijes multicoloridos montados por anões, duendes e elfos que são acompanhados de sátiros, faunos, ogros e tróus. Alguns grifos e pássaros patrulham o céu, enquanto outros escoltam a princesa pelo ar.

Determinada em seu propósito, Regina não permite que os olhares de condenação a oprimam. Do contrário, ela desembainha sua espada e segue guiando seu exército até a entrada do palácio dourado e monolítico logo à frente.

O silêncio torna-se cada vez mais notório e angustiante para Regina, mas ela mantém sua postura firme e austera, quando as portas do palácio se abrem e eles aparecem:

Urgannus, Calixtes e Villannard, surgem das sombras e descem lentamente a escadaria do novo palácio que à luz do sol a pino, até parece ser feito de ouro, e onde toda a comitiva de Regina agora se agrupa

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Urgannus, Calixtes e Villannard, surgem das sombras e descem lentamente a escadaria do novo palácio que à luz do sol a pino, até parece ser feito de ouro, e onde toda a comitiva de Regina agora se agrupa.

- Majestade! - Um ser, cuja aparência lembra a de uma grande árvore humanóide murmura aproximando-se de Regina. - Note o sorriso deles. Parecem estar tramando algo.

- Não vamos temê-los, meu amigo. Eles vão se render e aceitar o Reclame Real.

- Mas que grata surpresa! - Urgannus diz sorrindo e reverenciando a princesa ao vê-la sobre o grifo que rosna ao vê-lo - Vejo que os seres mágicos tem uma nova... Liderança.

Mas... Vejo que agora nos requisitam. - O mago diz ainda sem citar para todo o povo de quem se trata aquela visitante, que por sua vez responde em altar= voz:

- Lorde Urgannus. - Regina grita para que todos ouçam, enquanto Nannis e as fadas lançam pequenos grãos de pólen mágicos no ar para que as vozes de Regina e dos magos sejam ouvidas por toda a multidão. - Por que não iniciarmos as formalidades corretamente, com a devida apresentação de meu verdadeiro nome, perante todos os que aqui estão?

- E a quem devemos... - Villannard interrompe seu mestre sorrindo e também reverenciando a princesa, embora saiba perfeitamente quem ela é. - A honra de receber em nosso reino?

- Vosso? - Regina diz segurando sua espada, quando os olhos dos magos e de todos os soldados e arqueiros espalhados por todas as torres, e guaritas da muralha também. - Ou devo dizer... Meu e de meu povo?

- Como dizes? - Calixtes ainda tenta dissimular, porém Regina acaba com a farsa perante todos:

- Eu sou Regina Mills, a filha unigênita do rei Henry e da rainha Cora.

Um terrível espanto recai sobre todo o povo e até sobre os próprios magos enquanto a princesa conclui:

- E como herdeira legítima de Reino Encantado venho fazer meu Reclame Real!

- Princesa Regina? - Alguns do povo começam a questionar e a multidão se agita.

- Mas... Ela não havia morrido? - Perguntam outros, quando Urgannus articula magistralmente e demonstrando um nível de cinismo enojante:

- Então... Era verdade! - O mago diz ajoelhando enquanto lágrimas escorrem de seus olhos - Os deuses sussurraram aos meus ouvidos que não vos encontravas entre os mortos, alteza e agora...
Voltaste para nós!

Alinhada aos planos de Urgannus, enquanto ele fala, Villannard move os discretamente as mãos conjurando feitiços que manipulam todo o povo e entrar em êxtase e começar a comemorar pelo retorno da filha de seus reis mortos!

- Mas o que... - Regina indaga confusa, ao ver os magos, até mesmo Villannard e todos os soldados do reino ajoelhando-se perante ela.

- Sim, súditos de todo Reino Encantado! - Urgannus se levanta gritando - Os deuses ouviram nossos rogos enquanto cuidávamos de nosso reino e trouxeram-nos nossa princesa de volta.

Nannis imediatamente desconfia de algo, mas a atmosfera está inebriada pelo poder do Conselho dos Magos que ela não consegue decifrar o que há de errado naquele lugar.

- Vossa alteza. - Os mago Calixtes diz se levantando e acenando em direção ao palácio - Queira adentrar vosso palácio que redecoramos para deixar vosso reino ainda mais imponente e protegido de nossos inimigos.

- Vinde conosco, princesa! - Urgannus diz enxugando as lágrimas enquanto todo o povo festeja.

- Não sei o que está armando, Urgannus e pouco me interessa. - Regina diz acenando para que sua comitiva se posicione e a aguarde. E acompanhada por Griphuys e Maddrus acompanha Urgannus, Villannard e Calixtes para dentro do palácio.

- Não vos deixeis enganar. Avisai aos que nos aguardam além dos portões para ficarem alertas até que voltemos - Nannis ordena aos seres mágicos que ficam ali, de prontidão enquanto voa atrás de Regina que já sobe a escadaria do palácio acompanhada por Maddrus e os magos.

O povo por sua vez ainda está radiante com o retorno da princesa e notícia imediatamente começa a se espalhar por toda parte. Entretanto, uma mulher negra de olhos alaranjados que caminha entre a multidão escondendo seu rosto com uma grande capa acinzentada, não parece compartilhar da euforia repentina da plebe enquanto sai discretamente daquele local.

Correndo por alguns becos escuros e úmidos da cidade, ela logo desembainha uma vara de condão e girando-a no ar, conjura um feitiço luminoso que a faz desmaterializar-se dali e reaparecer perto duma colina, onde um grifo branco a aguarda, a algumas centenas de metros dos portões da cidade.

- Acaso notastes a quantidade de magia antiga que emana daquele lugar, Agatha?

- Com certeza, Nevasca! - A figura encapuzada diz tirando o capuz e revelando um belo rosto idêntico ao da maga Villannard, porém com cabelos brancos e trançados. - Temos que avisar agora mesmo ao coven sobre o que está havendo neste lugar. Se Villannard está aqui, este pobre reino já está condenado!

Levando a misteriosa bruxa em seu dorso, o grifo então levanta voo para além das montanhas, enquanto a parte do exército de Regina que ficou na parte de fora da muralha, ainda patrulha o lugar, ao longe e ao fundo.

[ UDG/F2 ] ORIGENS. Antes do "Espelho, Espelho Meu"Onde histórias criam vida. Descubra agora