N.A.
E aí meus xuxuzinhos , como vocês estão?
Muito obrigada por cada um que está lendo , pelos comentários e simbora pra mais um passo nessa caminhada .Iza se levantou por volta de umas três da tarde , tomou um banho , já se sentia um pouco mais revigorada , nisso foi dar uma volta no shopping que ficava em frente ao condomínio em que morava , para poder almoçar .
Não estava disposta a cozinhar , ainda mais que era só pra si e já estava muito tarde para talvez , almoçar na casa dos avós, algo que era frequente aos domingos. Porém...
Não naquele, estava cansada e esgotada emocionalmente. Era muita coisa acontecendo em tão pouco tempo, por vezes surgia aquele medo de não conseguir cuidar de tudo. ainda mais agora com esse agravante na vida de Dora.
Izadora era seu braço forte dentro da empresa, só que era chegada a hora de encarar que havia crescido e que o universo adulto não dá trega.
Entrou naquele restaurante mediterrâneo que tanto gostava, clima agradável, acolhedor, um aroma característico no ar, derivado das inúmeras especiarias, amplas janelas, com vista para o parque e para aquela selva de concreto que é o Bairro Eldorado e Celina Parque.
Estava um dia bonito, temperatura amena, o frio tinha dado uma tregua para aquele dia de descanso. Iza gostava daquela atmosfera que existia entre o período de chuva e o período de maior frio na capital, o céu ganhava uma tonalidade exuberante, com nuvens leves e o infinito dividido em um degrade de azul lindo, que enche os olhos. Sentiu uma lufada de vento vindo de fora e isso encheu seus pulmões de energia, outra característica daquela época que amava, as pessoas abandonavam os aparelhos de ar condicionado e sentiam a natureza mais de perto. O restaurante estava calmo, somente algumas pessoas divididas em suas mesas e em conversas intimistas.
O garçom encaminhou-a para uma mesa mais reservada, gostou daquilo. Izabela com o tempo aprendeu a gostar da própria companhia. Não era adepta de solidão e sim de solitude.
Gostava de estar sozinha, curtir seus momentos de introspecção, se olhar pra dentro, não tinha medo de estar só. Até porque, tem vários amigos, sua família, tudo ao alcance de uma ligação ou da iniciativa de ir até eles ou deixá-los virem até ela. Entanto tinha o privilégio de escolher a solitude. "A linguagem criou a palavra solidão para expressar a dor de estar sozinho. E criou a palavra solitude para expressar a glória de estar sozinho". Se lembrou da frase de Paul Tillich.
É isso, tinha o privilégio de poder escolher estar só.
Fez seu pedido, uma salada mediterrânea grega, vinho italiano . É completamente apaixonada por vinho, fez sua refeição sem pressa. Aquele momento era seu, estava precisando de calma, sua vida andava muito agitada ultimamente.
Ao sair do restaurante decidiu dar uma volta no Parque Bernardo Élis. Em meio a glória de sua solitude pode ver crianças brincando, alheias a qualquer problema do universo adulto, casais de namorados aproveitando a tarde num pic nic romântico, alguém correndo de fones nos ouvidos, um casal de idosos passeando com seu cachorro, pássaros chilreando alvoroçados já em busca de pouso nas árvores que margeiam o Macambira.
Sol suave na pele, brisa mansa, uma bela tarde na capital goiana, uma das mais arborizadas do país.
Voltou pra casa já no início da noite, tomou um banho relaxante e as oito da noite, o portão da mansão Suarte se abria, monstrando que ela havia chegado.
_Oi minha bebezinha, como está minha princesa?
Revirou os olhos, sua avó nunca havia parado de tratar ela daquela maneira.
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Iza e a Bella
RomanceDuas mulheres com personalidades fortes e cheias de opiniões próprias, se encontram num momento em que ambas estão numa grande transformação. Mudar é preciso mas, até quando isso é benéfico? Será que o amor existe, ou foi uma coisa inventada pra ve...