"Nosso futuro é incerto, mas certo será nossas decisões no presente, que de um certo modo muda toda trajetória do tão esperado futuro."
Lily não enganaria aquele pobre homem. Nem tão pobre assim. Ela se decidira antes mesmo de sair de casa e além disso, Sir... Sua Graça foi encantador durante toda a dança e seus comentários inapropriados divertiam Lily. Ela sabia que sua mãe a estava observando e isso a deixava tensa. Depois da primeira dança com ele, Lily havia dançado com Lorde Potter e o odiou no primeiro momento.
A gentileza nos olhos dele sumiu assim que Lily começou a fazer comentários não apropriados a uma dama e durante toda a dança Lorde Potter fez comentários como "Uma dama não deve dizer isso senhorita" ou "O passo dessa dança é mais devagar, Srta. Evans" e até mesmo "Esse comportamento é inapropriado a esse ambiente. A senhorita nunca será uma dama respeitável assim." Enfim, um chato. Lily também dançou com o Sr. Lupin e descobriu que ele tinha um gosto afiado para leituras e com Lorde Diggory, um encantador cavalheiro loiro de olhos azuis.
Quando a quadrilha começou, Sirius foi até ela:
—Me daria a honra, Srta. Evans?
—Mas é claro que ela daria. –Disse sua mãe entusiasmada. Ela chegou perto do ouvido de Lily e falou baixo: –É melhor seguir o plano direito agora. Você não quer me ver furiosa.
Após a dança, Lily e Sirius foram até a mesa de bebidas. Lily se sentia cada vez pior mesmo sabendo o que iria fazer: levaria Lorde Black até lá fora e lhe explicaria o plano de sua mãe e falaria para ele sair de lá antes que alguém chegasse. Quando a mãe chegasse, ela daria alguma desculpa esfarrapada.
—Podemos ir ao jardim? –Perguntou Lily hesitante.
—Claro, docinho.
Eles saíram e andaram até a metade do jardim onde havia um banco disponível. Sirius fez um gesto para Lily sentar, mas ela se recusou.
—Preciso te contar uma coisa. –Disse Lily nervosa. –Mas primeiro me responda: por que dançou comigo e foi atencioso durante toda a noite? Não está interessado romanticamente em mim, está? Vi como olhou para Marlene a noite toda.
—Você é direta, docinho. Gosto disso. Sua acompanhante é realmente... –Sirius pensou em uma palavra educada para dizer o quanto Marlene era gostosa. –Magnífica. Mas você também é e não vejo porque nós não possamos ser amigos.
—Como assim?
—Já há damas respeitáveis demais no mundo, docinho. E você não se parece com elas. Pode parecer indecente o que vou lhe propor, mas eu não ligo. Eu poderia visitar sua cama à noite, meu bem?
Lily ficou estupefata com a pergunta e arregalou os olhos. Meu Deus! Ele era realmente um libertino! E se sua mãe queria um momento comprometedor com ele não seria difícil de conseguir.
Marlene odiou o baile. Não que ela não gostasse das músicas, das comidas ou bebidas, ela amava, mas uma acompanhante não podia usufruir dessa coisas na festa. E era entediante ficar em um canto sem nada para fazer. Quando Lily começou a dançar a quadrilha, a Sra. Evans veio até Marlene:
—Encontre mais algumas pessoas e fique conversando. Quando Lily e Lorde Black saírem, sugira um passeio no jardim e pegue eles juntos. Agora, garota!
Marlene foi conversar com a Srta. Meadowes que só fora convidada para dançar pelo Sr. Lupin e agora se encontrava sentada tomando chá de cadeira.
—Vamos dar uma volta pelo salão? –Sugeriu Marlene educadamente.
—Claro Srta. McKinnon. Essa cadeira é bem desconfortável mesmo.
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Libertinamente Marotos
RomanceLondres. 1830. Temporada Social. Essas três palavras conseguiam causar arrepios, bons ou ruins, em qualquer garota da nobreza inglesa. Especialmente por saberem que mais cedo ou mais tarde os Marotos deveriam escolher uma esposa. Marotos? Sim, os li...