Capítulo XIII

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"–Está tudo bem.–Ele disse.–Nós estamos juntos."-Percy Jackson, Rick Riordan

Euphemia abaixou-se para pegar uma pequena margarida no jardim da mansão Potter. Ela sempre gostara de levantar cedo e caminhar para manter-se ativa. Antigamente, Charlus a acompanhava e sempre apanhava uma pequena flor e colocava-a em seu cabelo.

"Nenhuma flor se compara a sua beleza, Euphi", ela sorriu com a lembrança da frase que o marido lhe dizia todos os dias. Em dias como aquele, nos quais Euphemia tinha decisões difíceis para tomar, ela desejava desesperadamente que Charlus estivesse ali, lhe dando flores e segurando sua mão.

Ao sentir as lágrimas nos olhos, a condessa decidiu voltar a mansão, afinal ficar melancólica não a ajudaria em nada. Chegando até a sala de jantar, percebeu que o desjejum já estava servido e que James já estava na mesa.

—Bom dia, querido. –Ela se abaixou para beijar a bochecha do filho.

—Bom dia, mãe. –James puxou a cadeira para ela se sentar. –Estava caminhando?

—Sim, me ajuda a refletir.

—Está tudo bem com a senhora? –A expressão de James refletia a sua preocupação.

—Sim, eu só sinto muita falta do seu pai. –Ela sentiu o filho apertando sua mão e lançou-lhe um sorriso triste.

Enquanto se servia, Euphemia pensava sobre o que faria em relação à Marlene. Obviamente, tentaria ajudar a garota, independente de sua situação, mas antes ela precisava entendê-la. Aproveitando que estava sozinha com James, Euphemia decidiu extrair o máximo de informações possíveis dele.

—James, por que você estava com a Srta. Lily?

Surpreso com a pergunta repentina da mãe, James engasgou-se com o suco e, somente após uma longa a crise de tosse, conseguiu respondê-la:

—Eu...nós...a gente... –Ele fez uma pausa, inspirando profundamente. –Ela queria ajudar a Srta. McKinnon, fugiria de casa de qualquer forma para ajudar a amiga. Eu só achei mais seguro levá-la comigo porque assim poderia mantê-la segura.

Ao ver o olhar apreensivo que o filho lhe lançava, claramente preocupado com a opinião dela, Euphemia abriu um sorriso sincero.

—Tudo bem, James. Não estou julgando vocês, só queria entender a situação. Como vocês ficaram sabendo que Marlene fora demitida?

—A Srta. Black nos disse. –Euphemia não poderia censurar o desprezo de James ao se referir à garota, afinal ela mesma não gostava muito dos Black's devido às ações preconceituosas da família, salvo Sirius que era como um filho para ela. –Ela queria forçar Sirius a anunciar um noivado para nos dizer onde Marlene estava.

—O que aconteceu depois? –Perguntou, interessada.

—Eu e Lily conseguimos mandar a Srta. Black embora. –James abriu um sorriso maroto, o qual Euphemia não via há muito tempo. –Lily rasgou o vestido dela. Inacreditável, não?

Euphemia sentiu um sorriso em seus lábios. A ação da Srta. Evans não fora a melhor possível e, obviamente, ela não deveria apoiar agressões, mas evidentemente Bellatrix merecera.

—Ela me parece muito corajosa. –Observou, atenta, a reação do filho.

—Um pouco inconsequente, eu diria, mas é...uma boa pessoa. Certamente, leal e confiável. –James se levantou e deu-lhe um beijo na bochecha. –Eu preciso ir, mãe. Volto para o chá.

Euphemia pediu para uma criada levar o café da manhã para Marlene no quarto, afinal, por mais que quisesse saber o que acontecera, precisava dar espaço a garota. Durante as próximas horas, a condessa esperou pacientemente que Marlene a procurasse.

Libertinamente MarotosOnde histórias criam vida. Descubra agora