"–Está tudo bem.–Ele disse.–Nós estamos juntos."-Percy Jackson, Rick Riordan
Euphemia abaixou-se para pegar uma pequena margarida no jardim da mansão Potter. Ela sempre gostara de levantar cedo e caminhar para manter-se ativa. Antigamente, Charlus a acompanhava e sempre apanhava uma pequena flor e colocava-a em seu cabelo.
"Nenhuma flor se compara a sua beleza, Euphi", ela sorriu com a lembrança da frase que o marido lhe dizia todos os dias. Em dias como aquele, nos quais Euphemia tinha decisões difíceis para tomar, ela desejava desesperadamente que Charlus estivesse ali, lhe dando flores e segurando sua mão.
Ao sentir as lágrimas nos olhos, a condessa decidiu voltar a mansão, afinal ficar melancólica não a ajudaria em nada. Chegando até a sala de jantar, percebeu que o desjejum já estava servido e que James já estava na mesa.
—Bom dia, querido. –Ela se abaixou para beijar a bochecha do filho.
—Bom dia, mãe. –James puxou a cadeira para ela se sentar. –Estava caminhando?
—Sim, me ajuda a refletir.
—Está tudo bem com a senhora? –A expressão de James refletia a sua preocupação.
—Sim, eu só sinto muita falta do seu pai. –Ela sentiu o filho apertando sua mão e lançou-lhe um sorriso triste.
Enquanto se servia, Euphemia pensava sobre o que faria em relação à Marlene. Obviamente, tentaria ajudar a garota, independente de sua situação, mas antes ela precisava entendê-la. Aproveitando que estava sozinha com James, Euphemia decidiu extrair o máximo de informações possíveis dele.
—James, por que você estava com a Srta. Lily?
Surpreso com a pergunta repentina da mãe, James engasgou-se com o suco e, somente após uma longa a crise de tosse, conseguiu respondê-la:
—Eu...nós...a gente... –Ele fez uma pausa, inspirando profundamente. –Ela queria ajudar a Srta. McKinnon, fugiria de casa de qualquer forma para ajudar a amiga. Eu só achei mais seguro levá-la comigo porque assim poderia mantê-la segura.
Ao ver o olhar apreensivo que o filho lhe lançava, claramente preocupado com a opinião dela, Euphemia abriu um sorriso sincero.
—Tudo bem, James. Não estou julgando vocês, só queria entender a situação. Como vocês ficaram sabendo que Marlene fora demitida?
—A Srta. Black nos disse. –Euphemia não poderia censurar o desprezo de James ao se referir à garota, afinal ela mesma não gostava muito dos Black's devido às ações preconceituosas da família, salvo Sirius que era como um filho para ela. –Ela queria forçar Sirius a anunciar um noivado para nos dizer onde Marlene estava.
—O que aconteceu depois? –Perguntou, interessada.
—Eu e Lily conseguimos mandar a Srta. Black embora. –James abriu um sorriso maroto, o qual Euphemia não via há muito tempo. –Lily rasgou o vestido dela. Inacreditável, não?
Euphemia sentiu um sorriso em seus lábios. A ação da Srta. Evans não fora a melhor possível e, obviamente, ela não deveria apoiar agressões, mas evidentemente Bellatrix merecera.
—Ela me parece muito corajosa. –Observou, atenta, a reação do filho.
—Um pouco inconsequente, eu diria, mas é...uma boa pessoa. Certamente, leal e confiável. –James se levantou e deu-lhe um beijo na bochecha. –Eu preciso ir, mãe. Volto para o chá.
Euphemia pediu para uma criada levar o café da manhã para Marlene no quarto, afinal, por mais que quisesse saber o que acontecera, precisava dar espaço a garota. Durante as próximas horas, a condessa esperou pacientemente que Marlene a procurasse.
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Libertinamente Marotos
RomansaLondres. 1830. Temporada Social. Essas três palavras conseguiam causar arrepios, bons ou ruins, em qualquer garota da nobreza inglesa. Especialmente por saberem que mais cedo ou mais tarde os Marotos deveriam escolher uma esposa. Marotos? Sim, os li...