"Take my hand; Take my whole life too; For I can't help; Falling in love with you"- "Can't Help Falling In Love"- Evis Presley
Bellatrix Lestrange sorriu ao ver o espanto estampado no rosto daquele homem ao encontrar-se com uma dama bem nascida em uma igreja no subúrbio de Londres. Pouco tempo depois ele estabeleceu uma expressão profissional e indagou:
—Precisa dos meus serviços Lady...
—Pode me chamar de Lady V. –Bellatrix nunca seria idiota o suficiente para dizer seu verdadeiro nome. Apesar de fazer coisas que a maioria das debutantes de sua idade nem sonhavam, ela era sempre cuidadosa e discreta. –Eu preciso que investigue o passado de uma pessoa para mim.
—E quem seria? –O investigador particular retirou uma caderneta do sobretudo.
—Senhorita Marlene McKinnon. –A duquesa de Secorfly lhe contara o interesse que Lord Black demonstrava por aquela garota. Sendo assim, Bellatrix atingiria onde a dor seria maior. –Eu quero saber tudo sobre ela: quem são seus pais, de onde ela veio, a educação que recebeu e o principal: se teve envolvimento em algum escândalo.
—Sim, milady. –Ela observou o homem anotar algumas coisas na caderneta e, em seguida, guardá-la no sobretudo. –Como eu faço contato com a senhorita?
—Sexta-feira às 20 horas esteja aqui nessa igreja com todas as informações que conseguiu reunir. –Aquela era a data do baile dos Black's e ela pretendia colocar a primeira parte do seu plano em prática naquela noite. –Não se atrase.
—De forma alguma. Estarei aqui esperando pela senhorita, mas quando ao pagamento...
Antes que o homem pudesse completar seu raciocínio, Bellatrix tirou algumas moedas da bolsa e lhe entregou. Pelo olhos espantados, era muito mais do que ele normalmente cobrava.
—Pode ficar com o troco. –Sua expressão era completamente séria ao se dirigir à porta da igreja. –Trabalhe bem e eu lhe darei muito mais.
Após entrar rapidamente na carruagem de aluguel e dizer ao motorista um endereço que ficava a algumas casas da sua, a morena se permitiu sorrir abertamente. Ela se tornaria a próxima duquesa de Secorfly custe o que custar e não se importava de atingir algumas pessoas no processo, incluindo o próprio duque.
—x-
Enquanto batia na porta da mansão Evans, James refletia que preferiria estar em qualquer lugar, menos ali. Não que ele tivesse escolha, afinal, se continuasse a declinar todos os convites que o Sr. Evans lhe fazia, o velho homem logo perceberia que algo estava errado. Então era melhor ir ao almoço e enfrentar a fúria da Srta. Evans, pois com certeza ela estava furiosa com ele, do que enfrentar a fúria de John Evans se ele descobrisse que James beijara Lily.
—Entre, milorde. –O mordomo, relativamente jovem para a função, estendeu a mão para pegar o chapéu e o casaco de James. –Os Evans estão na sala de jantar. Permita-me conduzi-lo.
A primeira coisa que James viu assim que encontrou na sala foram os olhos esmeralda da Srta. Evans que estavam ameaçadoramente apertados. Olhando-a bem ele percebeu os lábios crispados, o maxilar tenso e os braços cruzados. Possivelmente, não existia um bom adjetivo para descrever o tamanho da fúria dela. O Potter tratou de virar-se para o Sr. e a Sra. Evans e lhes lançar seu melhor sorriso.
—Sr. Evans. Sra. Evans. É um prazer revê-los, como sempre. –James se curvou em um cumprimento educado e beijou a mão que a mulher lhe oferecia. –Está encantadora senhora.
—Oh! Obrigada, Sr. Potter. –Suas bochechas se enrubesceram visivelmente. –Lily, levante-se desse sofá e cumprimente o Lorde Potter!
Com grande má vontade, Lily se levantou e foi até ele. Após fazer uma rápida e desajeitada reverência, ela voltou a sentar antes que James pudesse se curvar.
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Libertinamente Marotos
RomansLondres. 1830. Temporada Social. Essas três palavras conseguiam causar arrepios, bons ou ruins, em qualquer garota da nobreza inglesa. Especialmente por saberem que mais cedo ou mais tarde os Marotos deveriam escolher uma esposa. Marotos? Sim, os li...