"O destino quis que a gente se achasse, na mesma estrofe e na mesma classe, no mesmo verso e na mesma frase." Paulo Leminski
James Charlus Potter é um homem rico. Isso ninguém pode negar. Também é o conde de Rynnor, o conde mais rico de toda a Inglaterra. Ele é o que qualquer homem poderia querer ser: rico, bonito, elegante, jovem, com um título de nobreza e um renomado libertino. E ele tem o que qualquer homem poderia querer ter: acesso irrestrito em qualquer clube de cavalheiros da Inglaterra, convites para as melhores festas e soirées e a mulher que ele quiser em suas mãos.
James é arrogante. Muito. Mas ele aprendeu que um homem com a sua posição social e capital pode ser arrogante o quanto quiser e todos ainda o idolatrarão, não a ele mesmo, mas ao título de conde de Rynnor. Isso não o chateia, afinal ele não é dado a ilusões, apenas o deixa consciente do seu poder e influência.
Ele sabe que tem a vida perfeita e a aproveita da melhor maneira possível, mas sabe que um dia terá que se casar para gerar um herdeiro, porém esse momento não chegará tão cedo, afinal ele tem 28 anos.
James não espera um casamento amoroso como o dos pais, ele apenas quer uma esposa bem educada que se lembre de todas as regras de etiquetas, cuide bem dos filhos e finja não ver suas escapulidas noturnas. Nada demais. Mas, James não tem pressa para se casar, ele já escapou das melhores artimanhas orquestradas por jovens inocentes ou damas experientes. Por enquanto, seu único desejo é aproveitar as diversões da temporada social.
Lily Marie Evans não sabe qual o problema com sua mãe. Sério, ela estava insuportável. Judith Evans havia escondido todos os livros que Lily estava lendo antes dela terminar de ler! E para piorar havia deixado folhetos e livrinhos com regras e dicas da Sociedade. Afinal, é mesmo tão importante saber com qual garfo se come ostra desde que se coma a ostra?
Sua família nunca ligou para essas regras bobas, até agora. Seu pai, John Evans, é um rico general aposentado do exército britânico e teve a brilhante ideia de que eles precisam de um título de nobreza na família. Como sua irmã já havia se casado com um homem de negócios, sobrou para Lily ser a galinha dos ovos de ouro, ou melhor, a galinha dos títulos de ouro. Então, sua mãe decidiu apresentá-la a sociedade e queria um nobre em especial como genro: Sirius Black.
Lily só queria poder ler seus romances com grandes heroínas e poder fazer todas as coisas divertidas que damas não fazem, como andar a cavalo com uma perna de cada lado. Mas pelo visto, ela iria se casar com o libertino mais mal visto de toda a Inglaterra. Ou talvez pudesse espantar todos os nobres que chegassem perto dela até seus pais se convencerem que ela é um desastre. É isso!
Sirius Órion Black nunca quis o título, as propriedades, o dinheiro e a popularidade de sua família. Nada disso parecia lhe pertencer, mas após a morte do irmão mais velho, tudo caiu em suas mãos. Antes ele era apenas o segundo filho do duque de Secorfly, aquele que quase foi expulso de Eton e Oxford, o canalha que gastava toda a sua mesada em jogatinas, bebedeiras e rabos de saia, o garoto que havia sido mandado para o exército devido a sua insolência e rebeldia. A ovelha negra da família.
Não que Sirius não houvesse se esforçado para ser alguém melhor, ah, ele se esforçou e muito. Sempre estudou e fez de tudo para ser o melhor, mas seus pais não se importavam com ele, nunca deram carinho ou atenção e quando ele ficou "incontrolável" o mandaram pra longe.
Mas, isso não importava, porque agora, aos 31 anos, ele é o duque de Secorfly, o único descendente da família além de sua mãe, o ser humano com sangue mais azul do que a própria rainha. O sangue mais nobre de toda a Inglaterra. Sua entrada é permitida e requisitada em todos os eventos da alta sociedade londrina, todos os clubes de cavalheiros desejam tê-lo como sócio e nobres que nunca se importaram com ele queriam ser seus amigos.
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Libertinamente Marotos
RomansaLondres. 1830. Temporada Social. Essas três palavras conseguiam causar arrepios, bons ou ruins, em qualquer garota da nobreza inglesa. Especialmente por saberem que mais cedo ou mais tarde os Marotos deveriam escolher uma esposa. Marotos? Sim, os li...