Capítulo 28

101 14 1
                                    


Nós não demoramos a chegar ao shopping que como sempre estava lotado. Fomos direto para as lojas de roupas e sapatos enquanto Lucero teimava dizendo que não precisava de nada, mas eu insisti e ela escolheu algumas coisas com minha ajuda. Após várias horas, a arrastei para o salão de beleza e fomos atendidas imediatamente pelas moças simpáticas que trabalhavam lá. Era onde eu sempre frequentava quando era obrigada a participar dos jantares sociais de Rodrigo e já era conhecida por lá.

− Eu não quero pintar meu cabelo. – Lucero falou assustada, se sentando em uma das cadeiras em frente ao espelho.

− Mas quem falou em pintar? Só dá uma mudada no visual. – eu falei sentada na cadeira ao lado.

− Eu acho que nem precisa cortar, seu cabelo tem o comprimento perfeito. – uma das cabeleireiras falou, mexendo no cabelo da Lu.

− E então? – Lu perguntou confusa.

− Faz só uns cachos nas pontas, Lu. Sempre quis ver como seu cabelo fica com cachinhos. – eu falei sorridente.

Lucero se encarou por um minuto pelo espelho e respirou fundo.

− Eu quero cachinhos. – Lucero sorriu para mim.

Todas sorriram e enquanto Lucero fazia os cachinhos, outra cabeleireira se aproximou de mim e mexeu no meu cabelo.

− E você, querida, não vai fazer nada?

− Eu queria fazer umas mechas no cabelo, mas como você pode ver, não dá agora, então deixa para a próxima. – eu apontei para minha barriga e dei risada.

− Que nada, eu tenho uma tinta sem amônia, não há perigo algum. – a cabelereira sorriu.

− Mesmo? – eu ergui a sobrancelha.

− Sim, inclusive já foi testada em várias gestantes.

− Então eu quero. – eu sorri e olhei para Lucero. – Posso, Lu?

− Se não há problemas... – Lucero deu de ombros. – É claro, meu bem. – ela sorriu.

Nós passamos mais algumas horas no salão enquanto eu pintava meu cabelo. Por fim, Lucero e eu terminamos satisfeitas com o resultado. Eu dei uma repicada nas pontas e como dito antes, fiz mechas azuis por todo o cabelo. Lucero estava radiante e ainda mais linda se era possível, podia ser algo simples, mas para ela era uma questão de liberdade poder ser quem era sem medo de ser julgada. Depois de pagarmos e agradecermos às meninas pelo ótimo trabalho, fomos lanchar e logo fomos ver um filme. Por insistência de Lucero, vimos uma comédia romântica e ela se emocionou do início ao fim. À noite, eu já estava quase adormecendo na minha cama e Lucero estava na cozinha lavando os pratos depois de ter praticamente me obrigado a não ajudá-la.

− Nina?

Eu me virei um pouco confusa, mas cocei os olhos e encontrei Lucero me olhando encostada na porta.

− Desculpa ter te acordado, mas eu não podia deixar esse dia acabar sem te agradecer por tudo. Graças a você, eu sei o que é me sentir bonita novamente. – Lucero falou emocionada.

Eu me sentei e chamei Lucero com a mão, fazendo-a se sentar na minha frente e me abraçar.

− Graças a você, eu sei o que é amor de mãe. – eu falei.

Nós ficamos abraçadas por alguns minutos, mas logo Lucero pediu para que eu deitasse e me cobriu, beijando minha testa e como sempre dizendo que me amava.

                                                                                          ~ * ~

Mais um dia especial para as duas <3

A audiência vem aí, qual será o destino de Marina? 

Minha Querida ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora