Imediatamente sirenes de polícia ecoaram e Lucero largou a arma, me tirando de dentro do quarto pela cintura e trancando a porta com os dois dentro. Nós saímos correndo por dentro da mata e nos aliviamos ao ver as viaturas e a ambulância a postos. Minhas pernas esmoreceram e eu entreguei o meu bebê nos braços de Lucero antes que o derrubasse.
− Socorro! Ajudem a minha filha! – Lucero gritou.
Alguns enfermeiros correram e me colocaram em uma maca, me levando para dentro da ambulância enquanto também ajudavam Lucero a entrar na mesma ambulância carregando meu filho.
− Senhora, pode me dizer por onde os sequestradores fugiram? – um dos policiais perguntou a Lucero, parado na porta da ambulância.
− Eles não fugiram. Consegui trancá-los no cativeiro.
O policial assentiu.
− Quando vocês estiverem devidamente compostas, voltaremos a procurá-las para pegarmos seus depoimentos.
Lucero assentiu e os enfermeiros fecharam as portas da ambulância.
− Como ele está? – eu sussurrei cansada, segurando na mãozinha do meu filho.
− Ele está bem. – Lucero sorriu emocionada. – Agora descanse, você precisa.
− Cuida... Dele. – falei sonolenta e minha mão se soltou do bebê.
Eu caí num sono profundo até chegarmos ao hospital, onde acordei com toda a movimentação. Percebi que estava em um quarto, vestida em uma roupa hospitalar enquanto Lucero segurava minha mão e vários médicos e enfermeiros andavam de um lado para o outro. Imediatamente eu pensei ter acontecido algo com meu bebê e acordei de vez.
− Cadê ele? – eu perguntei agitada.
− Fique calma, meu amor, ele está bem. – Lucero segurou meus ombros e voltou a me deitar. – Os médicos estão apenas fazendo os exames necessários, mas tudo indica que seu bebê está perfeito. – ela sorriu.
Uma das enfermeiras se aproximou com um pequeno embrulho verde nos braços, me fazendo sorrir.
− A mamãe acordou. – a mulher sorriu.
Eu apenas estendi meus braços e a enfermeira colocou o meu pequeno entre eles, me fazendo escorá-lo em mim. Naquele momento eu me senti completa, as duas pessoas que eu mais amava estavam bem e do meu lado.
− Ele precisa se alimentar, querida. – a enfermeira falou.
− Mas ele está bem? – eu perguntei.
− Melhor do que todos nós. – a médica se aproximou sorrindo, fazendo Lucero e eu também sorrirmos. – É importante que ele se alimente do seu leite dessa primeira vez, mas se você não se sentir forte o bastante para isso agora, podemos buscar no banco de leite.
− Eu acho que consigo. – eu mordi o lábio.
− Ótimo, as enfermeiras estão aí para lhe auxiliarem no que você precisar. – a médica sorriu.
− Se não se importam, eu gostaria que minha mãe me ajudasse. – eu sorri sem graça.
− Como quiser. – a médica sorriu. – Com licença. – ela fez sinal para as enfermeiras e saiu junto a elas.
Lucero sorriu para mim e se aproximou. Eu me afastei um pouco para que ela abrisse o meu vestido apenas de um lado, já que era um daqueles próprios para amamentação. Depois que meu seio ficou desnudo, eu a olhei, envergonhada.
− Não precisa ficar com vergonha, meu bem, eu sou sua mãe. – Lucero sorriu. – Venha, apoie o bebê aqui.
Lucero me ajudou a apoiar o meu filho em um travesseiro e me ensinou a direcionar o bico do meu seio para a boquinha dele. Assim que tivemos certeza que ele havia pegado, senti uma dor fina e consideravelmente forte.
− Uau, dói, hein? – eu falei.
− É só nas primeiras vezes. Você vai ver que tanto ele como você vão se acostumar. – Lucero sorriu.
Eu sorri, assentindo. Nós passamos algum tempo caladas, observando como meu bebê se alimentava de forma rápida até que me lembrei de uma coisa.
− Mãe?
Ela me olhou.
− É José Antônio. – eu sorri emocionada.
Lucero me encarou estática por alguns segundos, mas logo retribuiu o sorriso, derramando lágrimas.
− Obrigada. – Lucero sussurrou.
Lucero se aproximou de mim e me abraçou de lado, beijando minha testa. Mesmo que o meu irmão não estivesse nascido, ele sempre seria lembrado e homenageado.
~ * ~
Tudo deu certo e o mistério do nome do bebê foi revelado <3
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Minha Querida Professora
Fanfic"Andava cabisbaixa entre as pessoas, queria ser invisível para todos até que eu a vi, caminhando graciosamente segurando seus livros para a sala de aula. Então ela sorriu e naquele momento, eu recebi mais amor do que já havia recebido em toda a minh...