− Mãe! – eu gritei, ficando em pé sem soltar o bebê.
Naquele momento, eu me senti tonta, afinal havia acabado de dar à luz e precisava descansar, mas não liguei e permaneci em pé, olhando assustada para Lucero.
− Fuja, filha, fuja! – Lucero gritou enquanto ainda lutava pela arma no chão.
Eu neguei com a cabeça, em choque. Não podia deixar Lucero sozinha com aquele monstro, eu não conseguiria viver sem ela.
− Marina, você precisa ir. Pense no seu filho, ele precisa de você.
Antes que eu falasse, a porta se abriu e Paulo entrou, surpreendendo a mim e a Lucero.
− Patrão. – Paulo se abaixou para ajudar Rodrigo.
Lucero aproveitou para se levantar e pegar a arma, apontando para Paulo e Rodrigo enquanto se colocava em minha frente.
− Acabou para vocês dois. – Lucero falou ofegante. – Se vocês não nos deixarem sair daqui agora mesmo, eu mato os dois.
− Você não teria coragem. – Paulo sorriu irônico.
− Não duvide do que eu sou capaz pela minha filha. – Lucero falou entredentes. – Por muito tempo, eu sofri em suas mãos, Paulo, mas agora isso acabou. – ela olhou para Rodrigo. – E isso serve para você também, Rodrigo. Nunca mais você se aproximará da Marina. – Lucero enfatizou.
− Se você atirar, só vai provar que o que nós dissemos no dia da audiência é verdade, você é uma louca e pode ter sido capaz de assassinar o seu próprio filho. – Rodrigo falou.
A mão de Lucero tremeu. Rodrigo e Paulo sabiam que aquele assunto a desestabilizava totalmente e justamente por isso falavam.
− Largue essa arma. Você pode se arrepender do que fizer com ela. − Paulo falou cauteloso.
− Vamos, filha. – Lucero o ignorou e saiu ainda me protegendo com o corpo e apontando a arma para Paulo e Rodrigo enquanto eu andava, balançando o meu filho que chorava assustado com toda a movimentação.
Para nós sairmos do quarto, precisamos passar pelos dois que permaneciam em um canto de parede e mesmo Lucero ainda os ameaçando com a arma, Rodrigo agarrou no pé dela que se assustou e atirou sem querer no chão, me fazendo gritar e Rodrigo soltá-la.
~ * ~
Lucero é corajosa, mas será que cumpriu a ameaça de atirar sem querer???
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Minha Querida Professora
Fanfic"Andava cabisbaixa entre as pessoas, queria ser invisível para todos até que eu a vi, caminhando graciosamente segurando seus livros para a sala de aula. Então ela sorriu e naquele momento, eu recebi mais amor do que já havia recebido em toda a minh...