Capítulo 4

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A noite pareceu mais longa, mas o dia não havia sido dos melhores . O encontro no horário de almoço, eu não esperava nem mesmo me programei para um momento como aquele, no entanto agir da melhor maneira que pude afinal eu não era mais sua esposa, e ele não era mais meu marido.

No entanto senti pesar o peso das palavras de um amor que ele jurava sentir, ter sido tão raso a ponto de haver uma troca tão apressadamente, no início antes de assinarmos os papéis eu esperei que Bruno pudesse mudar de idéia, e talvez ele esperasse que quem mudasse de idéia fosse eu, e acabou que nosso divórcio foi inevitável e eu parecia tão aliviada que me impedir de derramar uma lágrima, porém hoje ao ver lo tão íntimo de outra mulher, sentir um pedaço do meu coração se partir, era um fim definitivo para nós dois, mas Bruno realmente parecia não se importa.

O encontro no restaurante foi inesperado, eu teria um almoço informal, mas com assunto de trabalho era informal por estarmos fora do escritório, mas o assunto séria trabalho, no entanto ao ver que a algumas mesas lá estava ele, que sorria a cada palavra dita por sua acompanhante que logo notou meu olhar, eu não sabia o que fazer, naquela altura eu não podia fingir não ter visto e sair como se nada tivesse visto, fiquei tão surpresa ao ver los juntos e perceber que a notícia não era um boato, e fiquei ainda mais ao ver Bruno tão distraído e leve com sua companhia eu mal lembrava como ele era lindo quando sorria.

Ela logo ao notar, tocou em seu braço e disse algo, provavelmente avisando que me viu , eu não tinha escolha pela convenção social precisava cumprimentá-los , mas fui breve Samantha agiu como sempre foi muito amigável e gentil a minha presença, ao me ver Bruno se fez sério, mas se levantou para me cumprimentar, não demorei logo vi minha companhia para o almoço chegar e fui até minha mesa, mas eu mal pude me concentrar meu olhar seguia até a mesa deles, não acreditava que era ela , Samantha era nossa amiga, quer dizer mais dele eles  trabalham juntos a alguns anos, mas será que ela já gostava dele quando estava comigo, pior será que já havia algo em quanto casados, essas e outras perguntas fizeram meu almoço esfriar, e acabou não rendendo a minha reunião informal, me desculpei e pedi para que ligasse para minha secretária e marcasse um horário pro dia seguinte, eu não consegui termina o almoço eu fui embora dali, nem olhei para trás , durante minha estadia somente ela olhou para mim uma ou duas vezes, Bruno pareceu não se importa com minha presença, provavelmente pensa que por eu ter decidido por fim ao nosso casamento ele não precisa de nenhuma responsabilidade afetiva, mas ao contrário do que imaginava parte de mim se partiu ao ver ele já não me amava como tanto dizia.

Quando deixei nossa casa suas palavras quase me venceram, no entanto fui firme , quando fui busca minhas coisas ele usou novamente as palavras e eu mantive firmeza sem derrama lágrimas, durante todo nosso divórcio eu acreditei estar fazendo a coisa certa, no entanto hoje eu senti uma imensa vontade de chorar e mesmo após deixar o local e voltar para o escritório e fazer milhões de esforços para não pensar no que havia visto, a noite sozinha em meu apartamento eu não consegui escapar.

Em quanto deixava escapar algumas lágrimas, pensava sobre ele e Sam e em quantas vezes os dois estivera juntos, evitei pensar que eles pudessem ter tido um romance em quanto ainda estávamos casados, uma traição eu não podia acreditar, e se fosse verdade o que me importaria eu decidi deixa lo, eu escolhi a mim ao invés dele , mas meu coração se partia ainda não se via pronto para deixa lo ir por completo, em mim ainda carregava uma esperança de que ele pudesse voltar.

Passei parte da noite com os pensamentos em Bruno, que a hora foi passando e conforme a insônia ia me atormentando com lembranças e dúvidas que eu não queria sentir, somente um remédio foi capaz de me salvar.

Hoje no entanto, acordei sentindo o peso dessa decisão, o corpo mais sonolento e nem mesmo o banho frio foi capaz de me levantar por completo, o dia cinzento era como me sentia, mesmo assim ao entrar no carro não ousei tirar meus óculos, a maquiagem que passei não escondia minhas olheiras e meu cançaço aparente, não havia comentando com ninguém o que havia visto, meus pais diriam que a culpa fosse minha que eu fui precipitada, René tentaria me fazer ir buscar uma resposta quem sabe até me fazer ir até o escritório de Bruno e pergunta se o que havia entre eles começou ainda no nosso casamento, coisa que Cassandra concordaria e eu não estava procurando por isso, resolvi que passaria por isso sozinha que eu não sofreria, ontem eu havia chorado por finalmente me dar conta que chegou ao fim , não havia mais "nos" entre eu e ele, éramos apenas o passado um do outro, e apesar da noite estranha, eu tentaria esquecer e seguir .

Passei no meu café preferido para buscar o meu café, e ainda que não houvesse sol, não tinha como ficar sem os óculos, então entrei com eles ainda em meu rosto, em quanto esperava o meu pedido notei que do meu lado estava o rapaz de uma semana atrás , desde daquela manhã havia notado que assim como eu ele também passa todas as manhãs por aqui, os óculos me protegia eu podia olhar lo algumas vezes  sem ser percebida, ao menos pensará.

O mesmo me cumprimentou com um bom dia singelo, e me entregou meu copo quente de café que a garçonete havia acabado de por no balcão, agradeci o gesto e ele sorriu dizendo que garantia que não haveria mais trocas, e sorriu novamente provavelmente foi uma piada, que eu não tinha percebido ele parecia interessado em conversa, e saiu comigo do café .

_ Você vai pra lá ?_ele pergunta

Resolvi responder, mesmo sabendo que assim como eu sabia que ele seguia numa reta diferente da minha, ele também saberia a minha, afinal nessa última semana quando nos esbarramos pela troca do café foi quando finalmente notamos um ao outro, e nós cumprimentamos com bom dia e um sorriso breve, hoje ele parecia mais disposto a falar.

_ Sim, meu carro está logo ali _disse Mostrando meu carro com a mão desocupada, dessa vez dispensei as torradas veio só o café. _ E você vai pelo outro lado _digo não como uma pergunta e sim uma afirmação de que queria encerra aquela conversa .

De qualquer forma o mesmo pareceu enteder e antes de se despedir respondeu, "te vejo amanhã" soou tão casual, que quem passasse mal saberia que somos dois estranhos, tudo que sei é seu nome ele se apresentou no dia seguinte ao nosso encontro, Charlie parece tão jovem que eu não sabia como manter uma conversa longa, algo nele me deixava sem fôlego não conseguia encara-lo por muitos minutos , como não havia dúvidas que nos veríamos amanhã de novo nesse café, segui até meu carro com esse encontro estranho.

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Próximo capítulo lhes apresento Charles o nosso protagonista, comentem aí vocês já tem alguém em mente ou preferem a surpresa ??

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