Capítulo 3

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Hope on

Sou acordada dos meus pensamentos, ao ver que tinha chegado ao meu destino, me levantei um pouco cansada, desci os degraus, dei a volta no veiculo, peguei minhas malas no compartimento e fui me afastando do ônibus.

Todas as cenas da minha vida passou pela minha cabeça nesse momento, eu soube que agora era um jeito bom de recomeçar, mesmo estando nervosa e aflita. tudo relacionado a Morro e essas coisas ainda são estranhas para mim, eu não tenho preconceito ou nojo, só não sou acostumada a vivenciar e morar em um lugar assim, mais de agora em diante vou ser.

Essa é minha realidade, uma nova chance de viver em "paz"!

Vi o transporte que me trouxe em segurança até aqui, indo embora como se fugisse de algo, soube que dali em diante seria eu lutando por mim mesma, comecei a andar em direção a entrada do morro com um certo medo me dominando.

Me assustei quando um homem com cara de mal cheio de tatuagens segurando uma arma enorme na mão me abordou fazendo meu corpo parar bruscamente, senti um arrepiu nada agradável passear pela minha pele, aumentando minha preocupação excessiva.

- Ta fazendo o que aqui patricinha ? - Pode ir embora aqui não é lugar para tu não, vaza fia - exclamou ele todo debochado, enquanto arrumava seu fuzil no corpo.

- Em primeiro lugar, patricinha é a tua avó, onde já se viu, sabia que é feio tirar conclusão precipitada de uma pessoa - me olha abismado - segundo, aqui é sim meu lugar, eu sou a nova médica e moradora daqui, minha casa é  345, caso ache que eu esteja mentindo pode pergunta para o seu chefe ou alguém que administra essa comunidade - falei irritada com aquele idiota. 

Eu sei que não deveria falar assim com ele por ser perigoso, mais estou pouco me fodendo, se o abestado quiser fazer algo comigo depois não liga, porém ninguém fala daquele jeito com a minha pessoa sem receber uma resposta a altura.

- Olha la como você fala comigo, para eu dar um tiro em tu, não é nem um segundo, respeito nessa porra - peraí que eu vou falar ali com o chefe, não se meche garota se fizer algum movimento em falso leva bala no meio da testa, está avisada - ele disse enquanto pegava o olk-tolk da cintura.

Depois de meia hora ele volta, me avisando que eu poderia entrar, já que minha permissão foi confirmada. Como eu não sabia que direção pegar, tive que pedir informações para esse brutamontes, meu orgulho pode ser grande mas o medo de ficar perdida é bem maior.

- Será que você poderia me ajudar - ele faz um legal com a mão - que caminho eu devo seguir para chegar em casa ? - falei constrangida pela situação que estava passando.

- Está vendo essa primeira rua - aponta para cima - você segue reto, pega a primeira direita e vira nela, depois sobe pela a esquerda e segue caminho até tu avistar um restaurante, quando fizer isso só procurar sua casa nessa rua e pronto - falou ele em uma falsa calma, que eu percebi de longe, eu em.

Troglodita!

- Bom tenho que ir, muito obrigada pela ajuda, até mais ver - falei já subindo no morro.

 Puta que me pariu, que ladeira enorme viu acho que assim consigo emagrecer, nem necessito mais de academia.

Ao meu caminhar, pensava na vida, ela é extraordinária e muito surpreendente, sempre planejamos fazer algo, mais se não for de seu agrado ela logo o desfaz, como um presente dado por Deus, é inacreditável de se pensar.

Dangerous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora