XII

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Oi oi oi! Como vocês estão, meus nenês?

Vamos de capítulo novo! Boa leitura e vejo vocês lá embaixo 


✃✂︎✁


     — De. Onde. Eu... tirei? — Bakugou carregava as palavras na boca como um computador atualiza o software.

     Como assim de onde tirou isso? O amigo não queria que ele soubesse antes que contasse? Então iria te contar? Mas pelo tom de Eijirou, não parecia ser isso... Não era nada disso?

     Error: o sistema não pôde ser atualizado. Tela azul.

     — Pela sua cara, você realmente acreditou nessa história. — Eijirou riu leve. — Mina vai se casar com Karin, Katsuki, eu realmente não sei...

     — O QUÊ? — Katsuki interrompeu. Tudo passou na sua mente como um flashblack: a cena dos cabelos rosados e ruivos se entrelaçando na frente da boate plus ultra; o anel combinava com cabelos ruivos segundo Uraraka; Mina preocupada com a aceitação do primo de Karin ao casamento.

     Mina não ficou até o último momento com Eijirou no hospital porque ele não era o seu noivo... Não era, não é seu noivo.

     Download da atualização concluído com êxito.

     — Tsuki? Oi, Tsuki? — Eijirou acenava a mão na frente do rosto dele. O tom de preocupação na voz de Eijirou era evidente, nunca viu Katsuki parecer uma tela azul.

     — Ah, Cabelo de Merta, eu... eu fiz uma confusão. — Bateu a mão na testa. A vermelhidão se espalhou das bochechas para as orelhas. Eu sou um idiota, pensou, não acredito que perdi esse tempo todo tirando conclusões precipitadas do "óbvio" e sofrendo por isso.

     Idiota.

     Idiota.

     Idiotaaaaa.

     Eijirou admirava o novo estado de Katsuki: confuso, envergonhado e meio aliviado, sabia que esse último aspecto não seria descoberto se Bakugou não tivesse se declarado no dia anterior. Provavelmente ele interpretaria o relaxar dos ombros dele como qualquer outra coisa. Sorriu por saber o bem motivo.

     — Me d-d-d-es...

     — Ora, vamos! Isso não parece nada com você, é demais. — Eijirou riu, o interrompendo. — Acho que sou eu que estou sendo um pouco sádico aqui.

     Bakugou fez novamente sua cara de ahn, Eijirou coçou a nuca e desviou o olhar.

     — Sabe... Eu já tinha perdido as esperanças quando você não correspondia nenhuma das minhas investidas na época da U.A. — Verificou de soslaio o olhar de Bakugou: de um "ahn?" foi para dois "ahn?", suspirou, Katsuki continuava não entendendo indiretas. — Pra ser mais direto, estou dizendo que gosto de você desde que nos conhecemos. Gostar é pouco porque eu realmente fiquei na sua desde sempre, Katsuki, era muito óbvio, tão óbvio que achei que soubesse e não queria me magoar ou perder a amizade me dando um fora então deixei de lado...

     — Caralho, Kirishima, tá brincando comigo? — Interrompeu Bakugou saindo do transe.

     Os olhos de Kirishima grudaram em Bakugou antes que ele desse o comando.

     — Por que eu estaria, cara?

     — Se você tivesse falado...

     — Mas você é o cara que não gosta de falar sobre o óbvio! — E nesse momento, além de curativos, gesso e medicamentos Eijirou estava coberto de razão.

Declaração Súbita | KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora