𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐂𝐔𝐎𝐔𝐒, 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬

D.M | 𝐀𝐌𝐈𝐆𝐎𝐒

Draco Malfoy x Leitora

Hogwarts, 1995.

— De novo S/n? — Draco olha pra você com indignação enquanto passa os dedos entre seus fios lisos e loiros de forma rápida e bruta.
— Já é a segunda vez essa semana!

— Não é possível que você seja tão possessivo a ponto de ver problema em eu ajudá-lo em Transfiguração! — quase grito em sua cara.
— Eu sou boa nisso e ele veio apenas com o intuito de aprender algo pra não reprovar, inclusive, a própria Minerva me indicou. — digo cruzando os braços.

— Eu vejo problema porque é o Potter! — ele avança falando próximo ao meu rosto.
— Poderia ser qualquer outro, ele não.

Passo a língua entre os lábios e o olho de baixo a cima, logo após direcionando meu olhar para o lago que está atrás do loiro, tudo isso na intenção de me controlar diante de toda essa discussão patética e sem fundamento. Percebendo que não estou prestando atenção, ele vira meu rosto em sua direção com o indicador posicionado em meu queixo para que eu volte a o encarar, solto uma risada nasalada e o olho com escárnio.

— Você não vai dizer nada? — a indignação e a raiva em sua voz é evidente.
Esconder sentimentos e emoções nunca fora o forte de Draco. Quase solto uma gargalhada pensando nisso, sempre tão previsível.
— Inacreditável!

Ele pronuncia a última palavra de forma alta, com as mãos posicionadas em sua cintura esguia coberta pelo cinto preto de couro, me dando as costas e negando com a cabeça repetidamente, logo após, soltando risadas sem humor algum.

— Claramente o Potter tem outros interesses além de não reprovar em Transfiguração, não se faça de boba, isso não combina com você. — diz apontando para mim com a cabeça e me analisando com as sobrancelhas erguidas, típico de um Malfoy.

— Por que está criando tanto caso com isso Draquinho? – pergunto com ironia, o observando revirar os olhos e me olhar de soslaio.
— Já ajudei tantos amigos, inclusive você. — falo suavemente.

Escolho essa frase justamente porque sei o efeito que irá lhe causar, se ele estava irritado, agora ficará muito mais.

— Você só pode estar brincando comigo. — ele diz com a voz baixa e arrastada, direcionando seus olhos acizentados e raivosos para mim.

— Estou mentindo? — falo com um sorriso ladino e uma das sobrancelhas erguidas.
— Quantas vezes ficamos acordados estudando na comunal tentando enfiar algo de útil nessa sua cabeça de vento? — pergunto percebendo que nossa distância estava se encurtando novamente, graças a aproximação lenta dele.

— Realmente S/n, você não está mentindo — ele diz dessa vez com um sorriso zombeteiro.
— Somente quando diz que sou um simples amigo e que o que fazíamos na comunal durante a noite era apenas estudar. — ele toca a minha cintura por cima do uniforme de verão.

De repente tudo parece ficar mais quente.

— O que anda me tirando o sono é imaginar que você está dando as mesmas aulas para o Potter. — diz movimentando seus dedos em minha cintura como forma de carinho, quase descendo para o quadril.

— Não seja tolo, Draco... — passo minhas mãos em seus ombros cobertos por sua blusa social impecavelmente branca e alinhada, que se encontra com as mangas dobradas até os cotovelos.
— Você fala como se quisesse me privar de me relacionar com outras pessoas — subo meu olhar até encontrar os olhos mais nublados que já vi, nublados como o céu antes de uma grande tempestade.
— Mas o que somos afinal?

O questiono enquanto ajeito sua gravata despreocupadamente, sem nenhuma pretenção de receber um "Somos namorados e eu te amo", claro que não. O que temos é mais físico do que qualquer outra coisa, é bruto e direto, exatamente como eu gosto e tenho certeza de que Draco tem o mesmo pensamento.

— Eu não sei — ele diz aumentando o aperto nas laterais da minha cintura.
— Só sei que amigos não fazem o que estamos fazendo.

Em meio a todos os seus movimentos recentes, eu faço questão de me concentrar apenas em seus lábios, avermelhados e aparentemente muito macios.

— Tem toda razão. — digo passando minhas mãos de sua clavícula até seu pescoço, o forçando para frente com delicadeza e consequentemente acabando com o espaço que nos separava, iniciando um beijo lento e completamente malicioso.

Logo o que era lento se tornou rápido e necessitado, como se não fizéssemos isso há anos. Ainda grudados, ele começa a andar de forma desajeitada, me empurrando suavemente até que eu sinta uma das árvores fazendo pressão contra minhas costas.
Assim que Draco se certifica que estou encostada na árvore, ele quebra o beijo para que possamos recuperar o ar.

— Você pode ter amizades com quem quiser — ele diz com a mão no meu maxilar, levantando minha cabeça, deixando meu pescoço completamente exposto.
— Mas não amizades como a que nós temos — continua enquanto distribui beijos em minha garganta, logo chegando na minha orelha, onde morde meu lóbulo o lambendo em seguida.

— Só eu tenho esse privilégio. — termina segurando firmemente minha cintura e me pressionando ainda mais contra a árvore.

Consigo sentir claramente sua ereção que se encaixa perfeitamente no ponto abaixo de minha barriga, e que, no momento, se encontra implorando por atenção.

— Só você. — digo ofegante segurando seu pescoço afim de o puxar ao encontro da minha boca.

— Isso.  — ele diz meio abafado, levando em conta que meus lábios estão pressionados contra os deles.

Uma de suas mãos passa pela minha nuca e adentra meus cabelos os puxando com firmeza, não consigo evitar de soltar um gemido entre o beijo, Malfoy sabe de todos os meus pontos fracos, e o pior: sabe usá-los com maestria ao seu favor.

— Acho que vamos precisar terminar isso no dormitório.