Capítulo - 01- "GARDÊNIA, A COLÔNIA"

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A MANHÃ ERA FRIA E NUBLADA, e os aprendizes de Gardênia já se encontravam no campo de treinamento empunhando suas espadas

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A MANHÃ ERA FRIA E NUBLADA, e os aprendizes de Gardênia já se encontravam no campo de treinamento empunhando suas espadas. Alguns treinavam com a esquerda, outros com a direita e aqueles outros mostravam-se ágeis com seus instrutores. Todos os dias Porfírio escolhia um aluno para lutar com ele e lhes ensinar novos golpes. Mas, naquela manhã, os alunos estavam enfileirados diante dos grandes mestres da colônia.

Matoki encontrava-se no centro, bem alto, acima de todos eles. Fizera um discurso breve sobre a harmonia de Gardênia e em como todos que estavam ali serviam de um modo para deixá-la mais forte e mais unida diante dos perigos para lá das muralhas de sua casa. Porém, o destaque do dia era posto em cima dos recém-formados guerreiros, todos alunos de Porfírio.

Verídia estava ao lado dos outros dois, como conselheira do Senhor de Gardênia. Não havia um momento em que não estava distante de Matoki e não havia um momento em que Matoki estava longe dos conselhos de Veridia. Ela melhor do que ninguém conhecia bastante sobre as terras de Senses e o mundo em que viviam. Livros e mais livros eram tragos todos os meses de galés vindas das Ilhas Brás, juntamente de especiarias e outros produtos de consumo que rodeavam o mundo.

Bandeiras esvoaçavam ao alto das muralhas da colônia e o clima de festa era agradável ao seu ver. Grégory por vezes olhara para o alto e vislumbrava um céu nublado e pegava-se imaginando onde e o que o irmão estaria fazendo naquele momento. Poderíamos ter feito tudo diferente, Lírio. Pensar em Lírio o deixava entristecido mesmo em um dia de comemoração.

Minos e seus soldados partiram no dia anterior, levando seu irmão junto. O mestre de armas da colônia havia sido encaminhado para buscar um curandeiro que todos chamavam de feiticeiro, o qual poderia ajudar Matoki que não se encontrava muito bem de saúde.

Uma mão o cutucou bem nas costelas na hora em que Verídia estava falando e Grégory virou-se para trás. Era um rapaz sorridente, de pele cor de amêndoa e uma espada nas costas.

- Você é o Grégory? - A curiosidade era notável em sua voz. - Seu irmão, Lírio, foi ele quem foi pego roubando do conselho?

- Não me interessa o que meu irmão fez! - O incomodava ter de se lembrar daquilo. - Ele só nos traz problemas.

Mantivera seus olhos abaixados.

- Você é o irmão mais novo então - encarava silenciosamente. - Prazer, meu nome é Jamil. - Jamil levou sua mão até o rapaz e apertou.

Grégory deu um sorriso vergonhoso.

- Perdão. Não gosto de falar sobre. Ainda dói a ideia de não há honra em minha família.

- Acalme-se, os erros do seu irmão não são os seus erros também.

Não são seus erros também. Aquilo ficou em sua cabeça.

Agora Grégory era um guerreiro de Gardênia, por mais que as posições da colônia se encontravam desprotegidas pela ausência dos demais soldados que Minos levou para sua missão, Grégory sentia maior, acima dos outros. Imaginava uma vida cheia de aventuras pelas terras de Senses ou do outro lado do Mar de Delos, lutando contra contrabandistas ou piratas.

As Canções da Guerra: GARDÊNIA | LIVRO 01Onde histórias criam vida. Descubra agora