Capítulo 5 - Próxima Parada

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Anne acordou cedo, decidida a terminar de comprar os materiais que faltavam. Primeiro foi até o corujal e escolheu uma coruja das neves que mais tarde deu o nome de Blizzard.
Depois comprou o caldeirão, material para escrita, telescópio, material para poções e uma balança de latão.

"Será que Dumbledore não está exagerando em me pedir para comprar essas coisas? Levando em consideração que eu não passar muito tempo por aqui... A não ser que... Talvez ele ache que seja impossível me levar de volta. Será que eu realmente me importo com isso?"

Anne refletia, questionando se queria ir para casa ou simplesmente passar o resto da vida em Hogwarts. Se lhe perguntassem, a resposta era óbvia.

Enquanto fazia suas compras, seus pensamentos também iam até Régulo, será que ele estava bem? Assim que conseguiu pergaminho e pena, escreveu uma carta para o rapaz. O único problema é que a coruja era recém comprada, não sabia quem era Régulo ou onde ele morava.

"Droga... Eu não vou conseguir falar com ele, pelo menos não até Hogwarts. Espero que ele esteja bem...RAB..."

Anne tentava ao máximo ignorar o que o futuro reservava para Régulo, mas a ideia de mudar a coisas indiretamente não saia de sua cabeça.

Soltou um longo suspiro e continuou com as compras, no final faltava a varinha e só de pensar nisso já sentia um frio na barriga.

Foi até a Loja de Varinha Olivaras, o coração batia fortemente e a respiração se acelerava, Anne não podia evitar sorrir enquanto olhava as paredes cheias de caixas.

— Olá? — Falou indo até o balcão.

Um homem de cabelos grisalhos com olhos muito grandes e claros desceu as escadas.

— Bom dia — disse com a voz suave.

— Bom dia! Eu quero comprar uma varinha.

— É claro que quer, está em loja de varinhas. — o homem disse.

— O senhor é Olivaras, não é?

— Sim... Mas não reconheço seu rosto e eu me lembro muito bem de cada varinha que vendi.

— Eu não sou daqui senhor, fui transferida para Hogwarts esse ano. Minha varinha quebrou na viagem, por isso vou comprar outra...

Olivaras semicerrou os olhos desconfiado, como se pudesse ver a alma da garota, seus desejos e mentiras mais profundas.

— De onde veio?

— Estados Unidos.

— Ilvermorny, ótima escola. Enfim, vamos a varinha. Qual era a sua antiga?

— Como?

— Se lembra do núcleo ou madeira?

— Na verdade não... — porque nunca teve uma.

— Tudo bem, vamos descobrir então.

— Destra?

— Sim.

Olivaras analisou Anne tentando desvendar algo que lhe desse uma dica de que tipo de pessoa ela era e qual varinha iria escolhê-la. Mas não se pode tirar a personalidade toda de alguém com base naquilo que ver, não é mesmo? Ou talvez, Olivaras enxergasse além do que os olhos podiam ver. Enquanto ele fazia isso, uma fita métrica flutuava medindo o braço de Anne.

Entre Mundos | Marotos [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora