Capítulo 38 - A Seleção

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O penúltimo dia no estágio foi o mais longo de todos. Zero explicou mais 24 paradoxos para explodir a cabeça de Anne. Disse que a sala do tempo estudava isso e que os desafios do inominável responsável envolvia desvendar tais acontecimentos.

— Quen cuida daqui ? — Vinte perguntou com curiosidade.

— Na verdade, essa sala está sem ninguém. — Zero explicou distante — Estive pensando em lhe entregar quando terminasse a escola, mas acho que o tempo não lhe interessa muito...

— Eu? Do que está falando!? Amo o tempo! — Anne disse assim que viu a oportunidade de emprego na sua frente. — O tempo é lindo! Relógios, ampulhetas, vira tempos... Tudo isso é espetacular.

— Não precisa fazer isso. — O chefe deu uma risada abafada — Vai acabar sendo sua sala de qualquer jeito. Se quiser é claro.

— Eu quero sim, será uma experiência incrível.

— Tenho certeza que vai. — ele com orgulho.

Falar sobre vinte e quatro paradoxos tinha deixado Anne exausta, Zero a liberou logo depois da conversa.

"Meu amor é demais?É o suficiente para você, para você?Porque está ficando tarde, você gostaria de ficar, hein?Porque eu sou ruim em ler sinais"

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"Meu amor é demais?
É o suficiente para você, para você?
Porque está ficando tarde, você gostaria de ficar, hein?
Porque eu sou ruim em ler sinais"

— Quando você me chamou para "relaxar", confesso que fiquei surpreso e eu não esperava que seria em um jardim. — Disse Régulo cruzando os braços.

— O que aconteceu com o garoto envergonhado que ficou vermelho só com a ideia de estar com as roupas de uma garota?

— Ele começou a andar com uma tal de Anne Lewis.

Os dois começaram a rir e Anne se aproximou.

— Quer ir ao baile de formatura comigo? — ela perguntou.

— Eu posso?

— Se eu estou te convidando.

— Ah, um segundo tenho que checar na minha agenda... — o garoto falou em tom de brincadeira — Hoje é seu dia de sorte, parece que tenho um tempo livre para você.

— Muito engraçado, Régulo Arturo Black.

As nuvens se juntavam no céu, dando sinal de que uma chuva de primavera estava se aproximando. Anne gostava desse clima, lhe deixava calma e concentrada.

— Você sabe dançar não é? — ele perguntou

— Na verdade não.

— Como espera ir a um baile sem saber dançar!?

Entre Mundos | Marotos [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora