Capítulo 11 - Pesadelos

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Anne teve uma noite horrível, sempre que pegava no sono os pesadelos insistiam em aparecer. Eram uma mistura de acontecimentos dos livros como ver Lily e Tiago morrendo, Sirius caindo no véu da morte, o corpo de Remo no chão na batalha de Hogwarts...

Para completar seu grande catálogo de pesadelos, agora tinha as lembranças da noite anterior. Ela amava Lupin e isso era inquestionável, mas vê-lo naquela forma mostrando suas presas afiadas, pronto para matá-la sem nem pensar, tinha lhe traumatizado.

A garota agradeceu por Lily não ter feito perguntas sobre o que aconteceu, a expressão de Anne não estava das melhores, ela parecia mais cansada e desanimada do que o normal. Ela também não viu os marotos até o café, Remo estava quieto e evitava olhá-la. Os outros três pareciam concentrados como se estivessem resolvendo algum problema.

Como era domingo, não teve nenhuma aula, então simplesmente ficou no dormitório fazendo vários nadas. Mais tarde quando estava andando em direção ao salão principal se bateu em Snape, que pela primeira vez pareceu interessado.

— O que foi isso no seu rosto? — perguntou se referindo a cicatriz.

— Nada. — ela respondeu guardando as coisas em sua mochila.

— Foi ele? — Severo continuou.

— Que?

Ele fez isso com você?

— Olha, você nem se importa. Me deixa em paz, obrigada. — Anne falou se afastando.

Ela almoçou em silêncio, Lily continuou respeitando o espaço da amiga e não falou nada. Quando terminou, saiu do salão planejando ir para outro lugar que não fosse ali com aquelas pessoas.
Foi quando viu Régulo parado encostado em uma parede. Ela continuou seguindo seu caminho até que o garoto a parou, os dois se encararam, ele não comentou nada sobre o ferimento no rosto da garota.

— Oi, vamos dar um passeio? Não Aceito um não como resposta.

Anne não respondeu, Régulo apenas se aproximou e pegou gentilmente na mão da garota. Os dois começaram a andar até o jardim, onde se sentaram em baixo de uma árvore.

— Como foi a semana? — Perguntou o rapaz.

— Bem.

— Tem certeza?

— Sim. — Anne respondeu seca.

— Quer falar sobre isso? — disse se referindo a cicatriz.

— Sendo sincera? Não.

— Tudo bem.

Sabia que estava sendo uma chata mas sabia que Régulo não tinha nada a ver com aquilo, então soltou um suspiro e o encarou.

— Desculpa, eu... Tive problemas ontem. Problemas que eu não sei se posso te falar.

— Tá tudo bem, sério. Só fiquei preocupado. — ele disse e Anne deu uma risada baixa. — O que foi?

— Nada, só que você é realmente um herói. — Régulo fez uma expressão confusa. — Sabe, sua família exala pureza de sangue e você está aqui preocupado com uma sangue ruim.

— Não se chame de sangue ruim... Você é mais do que esses rótulos, todo mundo é mais do que isso.

— Obrigada Reg. — Anne disse.

— Pelo que?

— Por esse momento.

— De nada, eu acho. E Reg? Sério!?

— Você não gostou? Posso te chamar de Régulo então.

— Não, não! Eu amei! Meu irmão me chamava assim... é fofo. — Ele disse levando suas mãos até as bochechas de Anne, puxando de leve.

Entre Mundos | Marotos [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora