Capítulo 11.

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Moody empurrou a aranha morta para fora da mesa.

– Nada bonito. — Disse calmamente. – Nada agradável. E não existe contramaldição. Não há como bloqueá-la. Somente uma pessoa no mundo já sobreviveu a ela e está sentada bem aqui na minha frente.

Harry sentiu se rosto cotar quando os ( dois ) olhos de Moody fitaram os dele. Sentiu que toda a turma também estava olhando para ele. Harry encarou o quadro-negro limpo como se estivesse fascinado por sua superfície, mas na realidade sem sequer vê-lo...

Então fora assim que seus pais tinham morrido... Exatamente como aquela aranha. Será que tinham morrido sem desfiguração nem marcas, também ? Será que tinham simplesmente visto um relâmpago verde e ouvido o rumorejo da morte que se aproximou célere, antes que a vida fosse varrida de seus corpos ?

Hope não estava nem ligando como eles tinham morrido. Poderiam chamar ela de sem coração e muitas outras coisas mais eles não sabia da história toda... Não sabiam que eles só fizeram oque fizeram por dinheiro, então não poderiam culpá-la por não está ligando para o jeito que Lilian e James Potter morreram.

Harry imaginara a morte dos pais muitas vezes nesses três anos, desde que descobrira que tinham sido assassinados, desde que descobrira o que acontecera naquela noite: como Rabicho informara o esconderijo de seus pais a Valdemort, que viera procurá-los em casa. Como o bruxo matara primeiro o pai de Harry e Hope. Como Tiago Potter tentara atrasá-lo, enquanto gritava para a mulher apanhar Harry e correr... E Valdemort avançara para Lílian Potter, dissera-lhe para se afastar para ele poder matar Harry... Como sua mãe suplicara para que a matasse no lugar do filho, recusara-se a deixar de proteger o filho com o corpo... E então Valdemort a assassinara também, antes de virar a varinha contra Harry...

Harry conhecia esses detalhes porque ouvira a voz dos pais quando enfrentara os dementadores no ano anterior, pois esse era o terrível poder dessas criaturas: forçar suas vítimas a reviverem as piores lembranças de suas vidas e se afogarem, impotentes, no próprio desespero...

Harry teve a impressão de que Moody recomeçara a falar de muito longe. Com um enorme esforço, ele se obrigou a voltar ao presente e fixar a atenção no que o professor dizia.

– Avada Kedavra é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la, vocês podem apanhar as varinhas agora, apontá-las para mim, dizer as palavras e duvido que consigam sequer que o meu nariz sangue. Mas isto não importa. Não estou aqui para ensiná-los a lançá-la. — Disse Moody.

" Não queira que eu faça isso... Seu nariz pode fazer muito mais do que sangrar. — Pensou Hope.

– " Ora, se não há uma contramaldição, por que estou lhes mostrando essa Maldição ? Porque vocês precisam conhecê-la. Vocês têm que reconhecer o pior. Vocês não querem se colocar em uma situação em que precisem enfrentá-la. VIGILÂNCIA PERMANENTE! ". — Berrou ele e a turma inteira tornou a se sobressaltar.

– " Agora... Essas três maldições, Avada Kedavra, Imperius e Cruciatus, são conhecidas como as Maldições Imperdoáveis. O uso de qualquer uma delas em um semelhante humano é suficiente para ganharem uma pena de prisão perpétua em Azkaban. É isso que vão ter que enfrentar. É isso que preciso lhes ensinar a combater. Vocês precisam estar preparados. Vocês precisam de armas. Mas, acima de tudo, precisam praticar uma vigilância constante, permanente. Apenas suas penas... Copiem o que vou ditar... "

Os alunos passaram o resto da aula tomando notas sobre cada uma das Maldições Imperdoáveis. Ninguém falou até a sineta tocar, mas quando Moody os dispensou e eles saíram da sala explodiram em um falatório irrefreável. A maioria dos alunos discutia as maldições em tom de assombro: " você viu ela se contorcendo ? ", "... E quando ele matou a aranha — Assim! ".

Hope Mikaelson em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora