Capítulo 1 - Rancor e Ressentimento

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Lena ON

Ando pelos corredores da CatCo com minha postura imponente. Andrea me esperava na sala da presidência, decidi que vender a empresa seria o melhor para tocar na ferida de uma certa loira que escondeu uma coisa muito importante de mim.

Andrea: Lena querida! Estava com saudades da minha melhor amiga. - Andrea abre os braços e eu retribuo seu abraço. Mesmo que tenhamos tido nossas desavenças, Andrea era uma pessoa importante para mim. - Vamos aos negócios? - Eu apenas aceno e aponto o sofá branco em nossa frente. Entrego-lhe um envelope pardo e de lá ela retira o contrato que deveria assinar.

Lena: Lembre-se. Você só assumira a CatCo daqui a uma semana. - Digo na hora em que ela termina de assinar o contrato.

Andrea: Ótimo, assim posso me preparar para o grande dia. - Eu aceno em concordância, lhe dou um abraço e ela segue para a saída.

Ao longe consigo perceber os olhares de Kara em mim. Foi naquele momento que eu soube que ela tinha escutado tudo, e assim que eu a encarei, a loira correu em direção ao banheiro. Aquilo me doeu o coração, ver seus olhos com dor e sofrimento sendo que eu acordava com eles praticamente brilhando de alegria. Era difícil olhar para ela nesse momento depois de tudo o que se passou nestes últimos meses.

James: Lena, eu trouxe as fotos para serem revisadas. Você viu a Kara? Preciso da matéria sobre a Obsidian North. - Ele fala e eu tento fingir algum interesse naquilo em que ele me dizia. Eu definitivamente não estava com humor para nada hoje.

Lena: Ela deve ter ido ao banheiro, ou sei lá. Não me importa. - Digo seca e fria, me aproximo da grande varanda olhando toda National City em sua grandeza de prédios, vendo ao fundo o grande L de minha empresa, já que a L-Corp era o segundo maior prédio da cidade sento menor em centímetros da CatCo. - Talvez... - Sou interrompida por Nia que entra na sala praticamente igual um furacão ofegante, seu tom de pele está mais corado e seus cabelos parecem que conheceram o vento a toda velocidade.

Nia: Gente me ajuda, a Kara está passando mal lá no banheiro. -Eu nem sei como, mas Nia nem precisou terminar a frase para que eu já estivesse na metade do caminho que levava ao corredor do banheiro que ficava um pouco afastado de todo departamento. Eu odiava como aquela mulher ainda tinha um controle sobre mim mesmo sem fazer nada.

Ao entrar, procuro pelas cabines até chegar a última, onde vejo Kara no chão abraçada a privada. Ela estava pálida e seus lábios tinham perdido a cor, sua respiração ofegante me preocupou e principalmente o conteúdo do vaso que continha um pouco de sangue.
Me agacho pegando suas mãos que estavam trêmulas e pude perceber que ela sentia cala frios ao meu toque. Eu podia ver seus pelos do braço se arrepiando com qualquer contato.

Lena: O que houve? O que está sentindo? - Coloco a mão em seu rosto e percebi que ela estava um pouco quente. Ela estaria doente? Não! Ela é uma alienígena, a garota de aço, sua imunidade é perfeita contra qualquer doença que a terra possa proporcionar. Até onde eu saiba a única coisa que pode afeta-la é kryptonita. Será que ela teve algum contato com a pedra? - Kara, olha para mim! Consegue focar a visão em mim?

Kara: Sai daqui. - É a única coisa que ela consegue pronunciar antes de vomitar no vaso novamente. O que saia era pura água, acho que já não tinha mais nada no estômago que ela pudesse colocar para fora. Seguro seus cabelos, enquanto ela vomita violentamente. Minha preocupação estava aumentando a casa instante. - Eu... Quero... Ir embora. - Fala com dificuldade, sua respiração acelerada e ofegante, seus cabelos levemente desgrenhados e sua pele que conseguiu de alguma maneira ficar mais branca ainda, se é que isso era possível.

Uma Segunda Chance Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora