Capítulo 41 - A Arte Do Perdão.

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Narrador ON

O medo, o desespero e o pavor tomavam conta da sala de espera do hospital Luthor.

Ao final de tudo aquilo, vários agentes do DOE entraram na mansão Luthor a tempo de ver a cena de sua capitã desacordada com uma poça de sangue a sua volta enquanto Lena segurava seu blazer no abdômen da ruiva, tentando estancar o sangue que saia de maneira abundante.

Lilian sentada no chão com as mãos entre a boca abafando o choro de ver aquela cena em sua frente. Toda força que ela adquiriu em seu corpo para sair do hospital tinha ido embora no momento em que o barulho do disparo foi ouvido. O pensamento de que sua filha tivesse sido atingida por aquela bala escureceu seus pensamentos, e tudo foi uma reviravolta ao ver a irmã de sua nora caída ao chão.

O desespero foi tamanho ao ponto de que os agentes do DOE quase deixaram Iracebete escapar, mas o grito de Lena os alertou.

A ambulância demorou exatos quarenta minutos e Alex foi levada ao hospital o mais rápido possível. Durante o caminho, Lena se viu na obrigação de avisar a Samantha sobre o ocorrido e também preparar Kara para quando elas chegassem ao hospital.

O chora desesperado da loira foi angustiante de ser ouvido, assim como o de sua melhor amiga.

Quando o veículo parou na entrada da emergência, Meredith já estava aposta ao lado de sua equipe de internos e somente puxou a maca de onde Alex estava o mais rápido possível para o centro cirúrgico.

Samantha chegou desesperada com Ruby em seu encalço. A menina também chorava enquanto abraçava a cintura da mãe e perguntava por sua mama Alex.
Lena e Kara tentaram a suas maneiras acalmar os ânimos de ambas enquanto a cirurgia ocorria de forma lenta e demorada, pois a bala havia se alojado em um lugar de delicado acesso.

Horas e horas se passaram, entre copinhos de café e alguns pães de queijo que forram a fome de todos ali. A pequena Ruby havia dormido de tanto chorar no colo de sua mãe enquanto recebia um carinho por entre seus cabelos.

Lena tinha Kara em seus braços, enquanto sentia o nervosismo no corpo da loira, que a cada momento balançava a perna e limpava as lágrimas que caíam.

Em seu peito, Kara sentia uma culpa por dentro de ter como última lembrança o pedido de se afastar de sua família. Que seus últimos momentos foram em uma briga que ela considerava grave. Sentia seu peito doer a cada segundo, pois duas pessoas importantes em sua vida estavam em perigo de morte naquele hospital.

Tess estava na UTI sem direito a visitas e as próximas vinte quatro horas eram cruciais para determinar sus real situação.

Já em outra parte do hospital, Alex estava entre a vida e a morte em uma mesa com o abdômen aberto, enquanto Meredith se concentrava ao máximo para não deixar a mulher tetraplégica, pois a bala havia se alojado perto da coluna.

Os suspiros da loira na sala de cirurgia deixavam seus internos preocupados com a situação, e os faziam entender que aquela pessoa na mesa era importante para a chefe da cirurgia geral. Addison observava tudo da galeria, andando de um lado para o outro, preocupada tanto com sua mulher quanto com a amiga. Recebia chamadas de sua casa a cada uma hora para saber se seus filhos estavam bem e a cada uma hora mandava que os internos de sua esposa lhe dessem água e algo para comer, pois a cirurgia já durava mais de oito horas.

Longas oito horas...

[...]

A madrugada foi agitada e bem mal acompanhada do sono, preocupação e cansaço.

Samantha dormia recostada no sofá com seus braços envoltos a filha, que estava deitada em seu colo e ocupava o resto do pequeno sofá de dois lugares.

Uma Segunda Chance Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora