how we found out pt. 2

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Estavam os três apertados embaixo da Capa de Invisibilidade de James, seguindo seu melhor amigo Remus.

Este, que seguia a passos apressados seu caminho pelo pátio de Hogwarts, indo para os terrenos externos da escola.

Remus andava decididamente até perto do Salgueiro Lutador, o que alertou os meninos - A gente tem que parar ele! - Sirius falou tentando manter o baixo tom de voz.

- Shh! Ele vai ouvir você, Sirius! - James sussurrou irritado.

- Ele pode se machucar!

- Ele é inteligente o suficiente para não chegar perto demais Sirius, você sabe disso. - O de óculos retrucou enquanto Peter olhava assustado para os dois.

O que você está fazendo, Remus?

O de olhos verdes, que ainda seguia seu caminho na direção do Salgueiro Lutador, ergueu sua varinha. - Immobulus! - A árvore, que antes balançava seus galhos violentamente, ficou imobilizada.

Remus, que agora não parecia conseguir andar direito, parecia ter entrado em uma passagem escondida ali.

James e Sirius ficaram ainda mais curiosos, obviamente. Com isso, continuaram seguindo Lupin.

Andaram por um tipo de corredor estreito, subindo e descendo até chegarem a uma porta, tal que Remus havia deixado aberta após abrí-la.

- Essa é... - James começou e foi cortado por Sirius, que continuou sua frase por ele - A Casa dos Gritos...

James e Sirius se olhavam intensamente, procurando respostas no olhar um do outro. E Peter...bom, Peter só parecia ficar mais assustado a cada passo que dava.

E então, do nada, Remus caiu de joelhos, se apoiando com as duas mãos no chão. Dessa vez, Sirius não conseguiu se conter.

- Remus! - O de olhos azuis correu até o mesmo.

Remus o olhou assustado.

- Sirius? O que você está fazendo aqui? - Olhou então para James, que agora havia se descoberto junto com Peter da Capa de Invisibilidade. - O que? Vocês precisam sair daqui agora!

- Eu não vou sair daqui! Você está louco? - Sirius insistiu enquanto abraçava Remus, lágrimas nos olhos ao ver a dor do mesmo.

- P-por favor...você...v-vocês precisam sair d-daqui. - Remus disse e se afastou de Sirius.

O menino das cicatrizes se afastava lentamente, se arrastando pelo chão. Não parecia capaz de se levantar.

Remus finalmente se levantou e a luz do luar bateu em seu rosto. Sirius conseguiu ver uma lágrima descer pelos seus olhos. - Eu sinto muito...

Então, Remus gritou. De dor, pois seus ossos quebravam e se ajustavam pelo seu corpo e de medo, pois seus amigos ainda estavam ali, o olhando preocupados.

Eles precisam ir, Remus pensou antes de ter sua consciência arrancada de si mesmo.

- Sirius, a gente realmente devia ir agora. - James agora tremia ao ver que a transformação de Remus prosseguia rapidamente.

- A gente não pode deixar ele aqui, James!

- A gente vai voltar pra buscar ele, ok? Imagina o quão triste ele vai ficar se souber que machucou a gente?

- Eu não posso deixar ele... - Sirius insistiu ao ver que Remus agora se mordia e se machucava, provavelmente para se impedir de atacar os amigos.

James viu que tinha que fazer algo antes que fosse tarde demais, e com isso puxou Sirius pra fora do lugar pelo braço.

- James -

- Vai ficar tudo bem, Sirius. A gente vai cuidar dele depois, ok?

Saíram da passagem correndo e se jogaram na grama. - Merda. O que a gente faz agora? - Sirius olha pra James emburrado.

- A gente espera, ué. E se a gente fosse pra Hogsmeade? É perto da Casa dos Gritos...

- Verdade. - Sirius confirmou. - Peter?

O menino agora dormia. - Por Merlin, Peter!

O garoto acordou assustado - S-sim?

- Acho melhor você voltar pro dormitório, Pete. - James falou rindo. - A gente te chama quando tiver de manhã.

- O-ok. - Este saiu correndo em direção ao Castelo.

*Quebra de Tempo*

Sirius apertava os olhos enquanto escutava os gritos do Três Vassouras.

Podia escutar moradores da Vila falando dos gritos assustadores e que Dumbledore falava que a casa era a mais mal-assombrada de toda a Grã-Bretanha.

- Por que ele diria que a casa é mal-assombrada? Não faz sentido. - James perguntou confuso.

- James faz todo o sentido! Dumbledore obviamente não quer que as pessoas saibam que é um lobisomem, pois ia desencadear pânico por aqui. Ele deve estimular esses rumores justamente para despistar o fato real.

- Nossa...realmente assim fez mais sentido!

Sirius apenas rodou os olhos.

- Meninos vocês provavelmemte deviam voltar pra escola agora. - a dona do bar (que James e Sirius nem sabiam o nome) os chamou. - E eu preciso fechar.

Os dois suspiraram e concordaram com a moça (que era bem bonita por sinal) e saíram do estabelecimento.

- Que horas são? - Sirius perguntou baixinho para o garoto ao seu lado.

- Quase uma da manhã. - James conferiu em seu relógio de pulso trouxa.

Os meninos voltaram para os terrenos da escola e ficaram por ali, sentados no chão, esperando.

- Será que ele está bem? - Sirius sussurrou, sem esperar uma resposta.

- Ele deve estar sim, Sirius. Pelo ou menos os gritos pararam...

- Merlin...ele devia estar em tanta dor... - Sirius se lembrou da cena na casa. Remus gritando em conjunto com o som de ossos quebrando...a pior coisa que Sirius já viu na vida.

- Tomara que ele não fique bravo com a gente por seguir ele.

- Eu não acho que isso vai ser a primeira coisa que vai passar pela cabeça dele, James.






wolfstar - momentsOnde histórias criam vida. Descubra agora