Capítulo 26

10.3K 901 122
                                    

	Respirei fundo duas vezes, antes de sequer pensar no que falar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Respirei fundo duas vezes, antes de sequer pensar no que falar.

Carlisle Cullen era um homem bonito, não bonito era pouco para descreve-lo, e com toda a sua elegância, me conduziu até uma parte mais afastada da casa, aonde com toda certeza todos os vampiros conseguiam ouvir, se eu não estivesse controlando o vento a nossa volta, impedindo ele de levar qualquer som para muito longe da gente. Era uma técnica complicada para qualquer dominador, mais não para mim, era algo natural, como respirar. Estava no meu sangue muito antes de eu sequer existir.

— Você sabe o que eu sou? — foi a sua primeira pergunta. E eu o olhei por um segundo apenas, até me ficar na visão da floresta pela janela.

— Um vampiro? Ou meu companheiro? — ele suspirou, mesmo não precisando. Acho que era algo normal para ele.

— Seu companheiro. — assenti, mesmo sabendo que já tinha o respondido antes.

Era tão infinitamente estranho ficar tão perto dele, como se nós dois fôssemos opostos, e que só existem para chegar um no outro. Ímã s. Sim, ímã s. Que precisam ficar grudados, juntos, sempre. Respirei fundo. Não era bem assim, eu não vinha sozinha, e ele tinha que ter plena consciência disso.

— Lyra é a minha filha. —comecei, e ele não falou nada, só continuou parado logo atrás de mim, como uma maldita estátua. — E se eu tiver que escolher entre ela e você, sempre será ela. — concluí, sem me importar se ele se sentiria ofendido pelas minhas palavras, ela eram necessárias.

— Eu sei disso. E nunca pediria uma coisa dessas para você. — me virei para ele, e vi em seus olhos que ele falava a verdade, dei de ombros, sentindo toda a tensão em minhas costas irem embora como mágica. Era um alívio, um enorme alívio para mim. — Eu também tenho filho, mesmo que adotivos, eu os tenho. — assenti.

— Eu sei. — soltei um suspiro. — Olha, eu sei que deve ser difícil lidar com isso, eu não estou pedindo para você ser o pai dela, mais eu não vou deixá-la. — ele assentiu novamente e deu um passo na minha direção, tocando a ponta dos seus dedos no meu braço nu. Senti uma pequena fonte de eletricidade passar da sua mão para a minha pele.

— Eu sei que não. — ele fechou os olhos e suspirou. — Você é a minha companheira. — ele abriu os olhos com um sorriso, como se estivesse acreditando nisso só agora. — Eu esperei muito tempo por você, e ainda por cima, você me dá a chance de criar uma criança como se fosse minha. Isso é muito mais do que eu pedi. — seus olhos estavam em mim, como tudo que importava. E era isso, um infinito cheio de novidades, loucas para serem descobertas. Abri um enorme sorriso.

— Isso é quase uma loucura. — falei e soltei uma risada. — é quase impossível isso acontecer na minha espécie. E aqui está você. — apontei com a mão para ele. Engoli em seco. Nossa, eu, eu... Eu estava louca, estasiada e louca.

Louca. E com um puta homem gostoso na minha frente. Talvez tudo isso fosse obra de Hécate. Era surreal de mais, até para mim que tinha literalmente nascido no meio do sobrenatural, tendo uma infância, uma adolescente que ninguém humano acharia normal.

— Então? — murmurrei olhando em seus olhos.

Então era isso?

— Então... — ele falou. Pisquei.

O que será apartir de agora? O que faremos? como iremos lidar? como vai funcionar? como terá que ser?

Como uma dominadora e um vampiro iriam lidar com uma parceria que duraria até a morte dos dois?

— O que iremos fazer? — engoli em seco, não querendo verdadeiramente ouvir uma resposta, eu só queria o olhar, observar aqueles olhos dourados me fitarem. Sem julgamentos, esperança, ou cobrança, sem nenhuma dessas idiotices. Só, só... Só curiosidade, limpa e pura.

— Eu esperei você por anos. Décadas, e mais de trezentos anos. —ele soltou um suspiro e passou as mãos pelo meu rosto. — mais mesmo assim, mesmo esperando tantos anos, se você não quiser nada comigo, agora, ou nunca, eu faria o possível para fazer a sua vontade. — ele me olhou nos olhos, e eu pisquei sentindo um nó na minha garganta se formar aos poucos. — porque mesmo que me doa, eu só preciso vê-la feliz.

Acho que tinha sido a primeira vez em muitos anos que eu tinha ouvido algo tão verdadeiro, tão puro e tão doce ao mesmo tempo. Tão infinitamente perfeito, perfeito e cheio de sentimento.

Minha mãe me falaria para ir em frente, porque quando o impossível acontecia as coisas só podiam acabar bem. Minha irmã me pediria para ir com calma, porque mesmo acabando bem, eu precisaria estar preparada para lutar.

Soltei um suspiro tomando a minha decisão, a decisão que não só afetaria a mim. Mais a todos. Respirei fundo e dei um passo a frente, ficando a sua frente, olhei para cima, e para os seus olhos.

— Eu quero você. — ele abriu um sorriso, como o meu. — então que tal um namoro? —ele assentiu  instantaneamente.

— Sim. Sim. Um namoro... — soltei uma risada. Sim. Talvez tudo acabasse mesmo bem.

 Talvez tudo acabasse mesmo bem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Oi meus Moranguinhos.

Como vocês estão? Espero que bem.

E espero que não estejam com tanta raiva como eu. Mais bom, essa minha raiva vai passar daqui a pouco.

Espero que estejam gostando.

Votem, comentem e vão me seguir.

Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)Onde histórias criam vida. Descubra agora