Revirei as minhas duas enormes malas em busca da boneca favorita de Lyra. Era um lobinho, que a minha mãe tinha dado para mim quando eu era tao pequena quando a minha bebezinha.
Mais, por algum motivo ele tinha sumido das malas, e eu tinha que acha-lo, não só por ser algo que era muito importante para mim, mais também por estar impregnado com o meu cheiro, e isso era ótimo quando eu tinha que deixar Lyra com outra pessoa. Ela não sentia minha falta, e não abria um berreiro maior que o mundo por não me sentir perto dela, e hoje, enquando eu iria até a escola de Bella para fazer a minha inscrição para o último ano, minha pequena estrelinha ficaria com o vovô, o meu tio. Abri um sorriso. Ele tinha a assumido mesmo como sua própria neta, e era quase engraçado o seu jeito introvertido e controlado de lidar com ela, mais era só a minha filha abri a boca, que ele já se deretia, e fazia todas as suas vontades.
Aquela garotinha viraria uma porra de uma menininha mimada do vovô. Abri um sorriso, se fosse comparar a minha adolescência e a da minha irmã com Lyra, ela irá ser um verdadeiro demônio quando completasse seus quinze anos.
Respirei fundo, e ainda sentada no chão, me virei e olhei para a bebezinha sentada em cima da minha cama com aqueles enormes olhos verdes, me olhando como se nada estivesse acontecendo. Franzi o cenho.
Minha filha poderia ser um bebê, de quase sete meses, que não sabia nem andar ou falar, mais que era o bebê mais inteligente que eu já tinha visto na vida, e que sem dúvida nenhuma tinha pegado aquele lobinho, e colocado em algum canto. Respirei fundo novamente, e varri aquele quarto, tentando sentir qualquer coisa no mínimo fofa. E não demorou quase nada para eu achar o lobinho de olhos verdes embaixo da cama, junto com a sua chupeta que ela nem usava.
Bufei e tirei os fios de cabelo que estavam espalhados no lobinho, depois entreguei a ela, que o pegou como se nunca o tivesse visto na vida, e era uma grande surpresa ele estar ali. Revirei os olhos com a sua encenação, e depois a peguei no colo. Ela estava limpa, cheirosa, e vestida com um agasalho que a minha irmã tinha dado para ela a última vez que ela veio nos visitar a algumas semanas, e para a alegria de Lyra, era vermelho com um monte de pintinhas brancas, como a Minnie, e ela simplesmente amava.
Desci as escadas até o primeiro andar e avistei um Charlie e uma Bella sentados no sofá, nos esperando.
— Vocês acreditariam se eu dissesse que ela escondeu o lobinho de pelúcia? — Meu tio soltou uma gargalhada alta, e pegou a pequena dos meus braços assim que eu cheguei perto dele.
— Oh. Ela é sua filha, eu não duvido nada do que ela seja capaz. — revirei os olhos. E me lembrei da pulseirinha.
— Bella, você poderia ir na frente? Eu já estou indo, só vou pegar uma maçã na cozinha. — abri um sorriso e a vi partir para fora da casa. — Tio. Nao deixe de jeito nenhum ela tirar essa pulseirinha. — segurei a pedra âmbar nas mãos. — Sabe, ela as vezes pode ser meio imprevisível quando não está com ela. — ele abriu um sorriso cúmplice e depois pegou uma das mãos de Lyra.
— Eu sei como isso funciona Lucy. Ou você esqueceu que eu já cuidei de você e da sua irmã? — soltei uma risada, e dei um beijo no topo da cabeça da minha filha.
— A mamãe já volta tá? —ela abriu um sorriso e apertou o ursinho com as mãos. — Tchau.
Caminhei até a caminhonete horrosora de Bella, eu ainda não conseguia entender como aquele monstro ainda funcionava.
— Você não ia buscar uma maçã? — ela perguntou. Dei de ombros.
— Perdi a vontade de comer. — me expliquei, sem me importar se ela tinha engolido ou não.
— Está bem… — e começou a dirigir até a escola. A distância da escola para a casa do meu tio não era muito grande, o que facilitaria a minha vida, assim que o meu carro chegasse. E para completar a creche que eu ia colocar a minha filha não era nem uma quadra de distância da escola, então esses dois meses de provas não seriam tão complicados pela manhã, claro, a não ser que esse inverno fosse mais frio que os outros, o que eu não duvidava em nada.
E eu tinha mais um problema para resolver ainda essa semana. Teria que falar com os Quilutes, para eles saberem o que eu sou, e eu não correr o risco de entrar em seu território e ser atacada.
Algo me dizia que Bella me serviria bem como uma guia turística até os lobinhos. Talvez pelo cheiro forte no casaco que estava usando.
— Chegamos. — Bella me avisou assim que paramos em frente a secretaria. Engoli em seco e olhei para ela.
— Vamos resolver isso o mais rápido possível. — respirei fundo e sai da lata velha.
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Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)
Fiksi PenggemarLucy Andrômeda Swan Lucy Swan é uma dominadora. Seres sobrenaturais que conseguem dominar a matéria. Depois de engravidar e acabar descobrindo que seu namorado não era quem dizia ser. Ela resolve ir junto com a sua filha para a casa do tio. Charl...