Capítulo 36

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	Normalmente, quem me acordava era Lyra com seus resmungos de impaciência pela minha falta de vontade para acordar, e eu não a culpava quando resolvia dar leves batidinhas no meu rosto

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Normalmente, quem me acordava era Lyra com seus resmungos de impaciência pela minha falta de vontade para acordar, e eu não a culpava quando resolvia dar leves batidinhas no meu rosto. Mais eu não tinha acordado com ela, não, eu tinha sido acordada pela luz que entrava pela janela, bem na minha cara. Não era o sol, porque se fosse eu diria que eu não estava em Forks, e alguém tinha me levado para outro lugar. E também não era o céu limpo, só era o reflexo da neve e da pouca luz do sol atrás das nuvens.

Tinha sido isso que tinha me acordado, mais estava longe de ser a coisa que tinha me impressionado a ponto de rolar da cama e cair no chão em um ruído alto. Fazia tanto tempo que eu não tropeçava e caia que estaria sendo um enorme oportunidade para cair na gargalhada. Claro, se a minha filha estivesse deitada na minha cama e com um monte de travesseiros em volta, envés de não estar em nenhum lugar visível, para mim pelo menos.

Meu coração estava a mil, e eu não conseguia raciocinar direito. E a única coisa que eu conseguia pensar era nas bruxas, e nas anciãs, poderiam ser elas, ou um dos vampiros que eu tinha deixado vivos, até mesmo Victoria e o seu lacaio pessoal.

Várias coisas passaram na minha cabeça, antes é claro, de eu conseguir recuperar um pouco da consciência e olhar para o quarto mais de perto, e encontrar um pequeno pedaço de papel do lado da minha cama, no meu criado mudo cheio de bugigangas. Movi minha mão, e o vento mandou o pequeno pedaço de papel até as minhas mãos.

Era um bilhete com oito palavras, que me fez relaxar instantaneamente, e deitar a minha cabeça no chão e olhar para o teto.

Estou fazendo o café, Lyra está comigo.
                              Carlisle.

Carlisle, Carlisle, Carlisle Cullen. Você vai me pagar por ter me derrubado da cama, não intencionalmente, mais mesmo assim, me derrubou.

Soltei um suspiro sentindo meus órgão internos, principalmente meu pulmão reclamarem, e me forcei a levantar do chão, mesmo não querendo. Eu estava mole, parecia mais dopada, acabada, com os cabelos bagunçados e a cara amassada, e eu com toda certeza não queria me olhar no espelho agora, nem agora e talvez nunca. E bom, a minha bunda e toda a extenção das minhas coxas também estava doendo, e sim, foi por uma boa causa, não, uma ótima causa. Ótima até demais para o meu gosto.

E eu estava vestida, o que era um milagre, já que a última coisa que eu me lembro e de ter deitado no peito nu de Carlisle e caído no sono no mesmo instante. Exausta demais para sequer pensar.

Um vampiro e uma dominadora.  É, realmente vampiros nunca se cansam, e bom, Dominadores nunca se rendem. Uma combinação explosiva, que eu ia aprender a lidar.

Abri um sorriso e escoveis os meus cabelos com os meus dedos mesmo, já que a minha escova tinha desaparecido aparentemente. E comecei a descer as escadas até o primeiro andar. A sala estava completamente vazia, e era visível que Charlie já tinha saído para a delegacia, e eu já deveria estar bem atrasada para a escola, talvez já tenham até passado do terceiro período, mais isso não me importa, eu não iria para aquele inferno de qualquer jeito. Não hoje.

O som da risada da minha filha foi ouvido vindo da cozinha, e eu não esperei mais nenhum segundo para caminhar até lá, e me surpreender com a cena.

Lyra Swan estava no colo de Carlisle Cullen, com a boca totalmente suja de papinha de pêra, o que vou frisar que ela odeia, e com as mãos afundadas em uma xícara de café, que eu posso apostar que Carlisle tinha feito para mim. Falando nele, ele estava com um enorme sorriso no rosto, e olhava para ela com carinho, e certo facinio que eu nunca vi nem no pai de Lyra que a viu por poucas horas antes de ir embora. E isso mexeu comigo, um jeito que me fez fechar a boca e só observar os meus olhos marejarem.

Talvez tudo desse mesmo certo, e eu gostasse de ter um companheiro além da cama. Um companheiro para a vida.

Seu olhos se levantaram para mim, e eu lhe enviei um sorriso carinhosos, antes de ouvir a porta se abrir e uma garota um pouco mais alta que eu passar por ela como um furação, direto na minha direção, com um enorme sorriso e os olhos brilhando de felicidade líquida. Bella.

— Lucy! — ela pulou até mim, e eu enviei um olhar para Carlisle, e ele apenas deu de ombros. Ele não sabia o porquê de tanta felicidade. Respirei fundo e ela pegou as minhas mãos. Foi aí que eu vi o enorme anel no seu dedo, como um troféu e com uma enorme pedra, como a cereja do bolo. Arregalei os olhos, e olhei para os olhos da minha prima, sem conseguir segurar a minha língua.

— Isso tudo é por um namoro? — levantei a sua mão, e ela abriu ainda mais seu sorriso.

— Não, não um namoro. — ela espremeu os lábios, tentando se conter. — Mais para um noivado.

Pisquei.

Tá, tudo bem. Estava tudo bem.

Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)Onde histórias criam vida. Descubra agora