Renato:
- Tudo bem. - murmuro. - eu te tiro da boate.
- O quê? - Manuela pergunta incrédula.
Sorrio de lado.
- Você está livre de mim. - falo. - pode ir embora quando quiser.
Manuela realmente não estava acreditando no que eu estava falando. Nem eu mesmo estava, mas, o que posso fazer?
- Isso é verdade?
- Sim, Manuela, estou te dando sua liberdade.
Me surpreendo quando Manuela se joga em meus braços. Ela me abraça forte, me deixando meio que sem ar.
- Obrigada Renato, obrigada. - ela fala toda feliz.
Retribuo o abraço dela. A envolvo em meus braços, a apertando forte. Aspiro o cheiro dela, doce.
Aos poucos a euforia dela vai passando. Manuela me solta, tento entender o olhar dela, que passou de feliz, para um confuso.
- Não tenho pra onde ir, - ela murmura. - minha tia foi embora, não tenho onde morar.
Eu tinha esquecido daquele pequeno detalhe.
- Eu tenho um pouco de dinheiro, que meus pais deixaram antes de morrer, mas não é muita coisa. - ela fala.
Aproveita que você está sendo legal, e faz algo por ela. A culpa da vida dela ser tão desgraçada é toda sua!
- Você pode ficar, - falo fazendo um grande esforço. - até arrumar um emprego e conseguir pagar um aluguel.
Manuela me olha mais que surpresa. Ela começa a rir, como se o que eu tivesse falado fosse engraçado.
- Também não precisa ficar se você não quiser. - falo.
- Não é isso, é que ainda estou esperando você explodir e dizer que estava brincando, você não está brincando, né? - ela fala ainda sorrindo.
- Não Manuela, não estou, mas você vai me fazer perder a paciência e mudar idéia. - ameaço.
Ela para de rir no mesmo instante.
- Funciou. - gracejo ficando de pé.
Saio da cozinha, podia ouvir os passos dela um pouco mais atrás. Subo a escada seguido por Manuela.
- Onde eu vou dormir? - pergunta.
- Não sei, todos os quartos estão ocupados. - falo. - os meninos moram comigo, só que agora eles estão ocupados no galpão.
- A essa hora? E por que você não está com eles?
- Porquê eu sou o chefe, e porquê eu já fiz tudo o que tinha pra fazer lá, e também não é da sua conta.
Entro no quarto, Manuela entra logo depois.
- Não, você não vai dormir comigo. - falo me jogando na cama de casal.
Eu tinha perdido o sono. Daqui que eu durma, vai ser mais tarde do que já é.
Manuela me olhava esperando que eu dissesse algo, mas eu só conseguia olhar pro fato dela ficar bem atraente com minha camisa.
- Se transar comigo essa noite, deixo você dormir comigo. - falo sorrindo.
- Não sou mais prostituta!
- E é exatamente por isso que você pode transar por livre e espontânea vontade. - falo.
- Você é impossível. - ela fala quase que rindo.
- E você está louca pra sentar em mim outra vez. - falo na lata.
Ela não me engana, pode se fazer de difícil o quanto quiser, mas a verdade é que ela me quer. Manuela pode ter sofrido em minhas mãos, mas ela é tão ruim quanto eu. Ela é inteligente, só não usa a inteligência dela da forma correta.
- O que eu ganho se transar com você? - Manuela pergunta vindo até a cama.
Sorrio sacana.
- Isso é coisa de prostituta, tô começando a achar que você gostou desse negócio. - falo.
Manuela senta em minha cintura, podia sentir sua buceta encaixada no meu pau.
- Eu não gostei, - ela responde chateada. - mas dormir ao seu lado é pouco, acho que eu mereço mais.
- Merece. - sussurro no ouvido dela.
Mordo sua orelha de leve. Manuela solta um gemido rouco em meu ouvido.
- Mas agora eu vou te dá outra coisa.
××××
🎆
Continua?
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TRÁFICO | Renato Garcia (Concluída)
Fiksi PenggemarEle é perigoso, frio e calculista. Tudo o que ele mais deseja é se vingar do homem que tornou a sua vida infeliz. Chefe do Tráfico, Renato não poupa esforços pra ter o que deseja. Mas... e ela?? Ela só estava no lugar errado, na hora errada. Porém...