CAPÍTULO ONZE

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Acordamos às onze da manhã.

Eu sentia meu corpo completamente dolorido, principalmente em áreas que não devem ser mencionadas. Mas isso é bom, significa que eu aproveitei o que pude. Mas a realidade batia á porta e eu tinha que deixa-la entrar na minha vida neste momento. Acordei e me espreguicei na cama.

Kevin está ao meu lado, dormindo ainda. Não consigo parar de olhar para ele por mais que eu queira. Ele é tudo: forte e sensível, gentil e bruto quando quer, adorável e mesmo assim original, Não consigo defini-lo em uma só palavra, acho que isso significa que eu o amo.

Levanto da cama e vou até o banheiro me lavar. Minha cabeça ainda está meio sonolenta por isso espero cinco minutos enquanto a água cai e depois entro de cabeça na água fria. Fiquei mais acordado assim, ótimo.

Às onze e meia eu resolvi retornar às ligações da minha mãe. Mas ela dessa vez não atendeu. Tentei três vezes e nada. Meu coração acelerou pensando que algo terrível poderia ter acontecido, porque sempre pode. Acordei Kevin ao meu lado e tive que batalhar muito para que ele acordasse, porque quando esse homem adormece, vira uma pedra.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa?

— Meus pais não me atendem.

Kevin ficou me olhando como quem diz "você me acordou só para dizer isso?" e dei um tapa em seu ombro, com força.

— Liga para os seus pais.

— Para quê?

— É sério, Kev.

Ele pescou seu celular que estava no bolso da calça jogada de qualquer jeito no chão. Sua primeira tentativa foi falha e a segunda também.

— Vamos embora.

— Espere! — Kevin agarrou meu braço antes que eu pudesse sair da cama — Isso não é uma coisa boa? Quero dizer, Alex, eles não estão enchendo nosso saco então podemos ficar de boa aqui.

— Eles não estarem enchendo nosso saco é sinal que alguma coisa deve ter acontecido, você não acha? — Kevin ficou calado por alguns segundos antes de concordar.

Saímos do lugar em menos de meia hora.

Passamos por uma avenida movimentada e o trânsito não ajudou em nada o nosso desespero. Estou com fome, minha barriga roncou duas vezes, mas não quero parar apenas para saciar a minha fome. — O que requer grandes forças.

Assim que chegamos a frente a minha casa, ficamos estáticos ao perceber o que estava diante dos nossos olhos.

— Porque o carro dos seus pais está aqui? — Questiono abertamente apenas para nada.

— Sei tanto quanto você. — Kevin engole em seco perceptivelmente e, apesar de eu não ter demonstrado, estou apavorado.

Saio do carro primeiro. Kevin não faz menção de sair, por isso eu o chamo e juntos, caminhamos em direção à minha casa. Passar pelo carro luxuoso dos pais de Kevin mais perceber que estava de frente para minha casa mais estarmos nos dois aqui é igual a sentido nenhum.

Engoli a bile ardente e segurei a mão dele apenas por um instante.

— O que acha que está acontecendo?

— A Terceira Guerra Mundial.

— Concordo.

Entramos.

Liar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora