CAPÍTULO DEZ

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Sai do banheiro e voltei para a mesa, mas tomei cuidado para esconder as mordidas de Alex com o terno e as golas da camisa social

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Sai do banheiro e voltei para a mesa, mas tomei cuidado para esconder as mordidas de Alex com o terno e as golas da camisa social. Sentei=me onde estava antes, mas o clima da mesa havia mudado drasticamente: sei que não fiquei muito tempo fora, talvez cinco minutos apesar de parecer menos para mim. Minha mãe e meu pai estão sérios como estátuas em prédios, o rosto deles está contorcido em desprezo olhando para o palco, mas não me dou ao trabalho de olhar para eles por muito mais tempo. Meus olhos vão para Elena, que já está me analisando com um olhar tão crítico que eu poderia me encolher diante dele, e me encolhi.

— Você demorou.

— Tinha uma fila. — Minto.

— Kevin você mente tão mal. — Ouvi ela murmurar, mas não dei continuidade no assunto.

Olhei para o palco e encontrei a mãe de Alex em frente ao microfone, ela estava bela, muito. Olhei dela, para minha mãe e percebi a enorme diferença entre as duas, mas também as semelhanças. Ambas estão sérias, porém, ferventes de raiva por olhar uma, a outra e isso me leva a perguntar o porquê disso de novo, qual é o segredo se é que havia algum entre elas ou, em geral, entre as nossas famílias.

A mãe de Alex começa a discursar, mas não presto atenção a nenhuma silaba dela, meus sentidos vão para trás, em direção ao banheiro. Vejo o primo de Alex o perseguindo pelo caminho enquanto o próprio Alex está ficando vermelho de irritação. Conheço quando ele fica irritado. Fiz o movimento de me levantar da minha cadeira, mas a mão de Elena pousou no meu joelho de novo mesmo que um lugar mais apropriado. Olho de novo e vejo a amiga de Alex, Meg, o puxar para um canto afastado.

Respiro melhor agora.

Mas isso dura pouco tempo.

Olho de novo e vejo Alex dando um soco no seu primo. Tudo aconteceu muito rápido: o soco aconteceu, algumas mulheres que pareciam exatamente iguais gritaram e jogaram suas taças para os lados, as quebrando. O barulho de vidro quebrando chamou a atenção de todos os outros convidados que vestiam ternos ou vestidos, assim como a chamou a atenção da mãe de Alex que discursava: o microfone fez um barulho terrível em meus ouvidos.

Logo depois foi o primo de Alex quem se jogou contra ele.

A briga começou e eu já estava indo em direção a eles. Segurei Leonardo pela lapela e o empurrei.

— Vá se foder, cara. — Ele cuspiu sangue nos sapatos.

— Se afaste. — Digo e vou na direção dele.

Ficamos a um passo de distância. Havia algo que ainda não permitia que nós dois se aproximássemos tanto, mas quebrei aquela força invisível quando o agarrei pelo antebraço e o levei em direção a saída. Escutei Elena me chamando e meus pais também, alto o suficiente para que ecoasse. Mas fui recebido pelos ventos do lado de fora, andamos enquanto a discussão acontecia do lado de dentro do salão brilhante em vermelho e dourado. Alex se debatia.

Liar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora