CAPÍTULO SEIS

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Mantinha Alex em meus braços. Eu ainda não queria libertá-lo e ao menos que ele quisesse, eu não o soltaria agora.

— Tenho que ir. — Ele diz depois de alguns minutos agarrado comigo. Era a hora que eu temia.

— Odeio mentir. — Digo. — Porque tudo isso tem que ser tão difícil?

— Por um momento achei que iriamos desistir. — Alex sussurra — Mas não desistimos. Só temos que esperar mais.

— É.

O larguei gentilmente.

— Quer que eu acompanhe você?

— Não precisa. Kevin... Eu te amo.

— Eu também amo você.

Estamos amando em segredo, mentindo para as pessoas que mais amamos e isso está nos desgastando, só temos que aguentar mais um pouco. Logo os irmãos dele estarão crescidos, logo poderíamos contar a verdade diante de todos e se não contarmos pelo menos poderíamos fugir e ficar felizes. É tudo o que mais quero.


***


Abri a porta de casa com cuidado, já foi muito difícil conseguir abrir o portão sem fazer ruídos. Quando cheguei ao meu quarto tirei a roupa e deitei na cama. A exaustão veio como sempre, mas eu não conseguia dormir não importa o quão confortável a cama é, não importa o quanto eu não me mexa. O sono não veio e tudo que pude fazer foi observar os minutos do relógio do meu celular mudarem e mudarem.


***


Às oito horas eu decidi levantar. Tinha conseguido dormir às seis e meia, mas acordei há cinco minutos e soube que não ia conseguir pregar o olho de novo.

Quando acordei, minha mãe estava radiante e meu pai —a sua maneira —também. Passei direto por eles sem perguntar o porquê da felicidade genuína, eu me sentia pesado e sei que é devido ao sono, do peso na consciência da conversa mal resolvida com Alex e tudo mais que envolve Alex e a mim. A família dele, a minha, os irmãos dele e agora o primo inconveniente dele passando esses dias lá, tudo isso tem um peso negativo que faz minhas costas ficarem doloridas e os ombros encolhidos. Uma mulher, alta e com uma pele negra linda, está na pia. Não é a mesma do ano passado, mas eu já deveria desconfiar disso, meus pais nunca contratam a mesma pessoa por muito tempo. Isso só mostra como eles adoram esbanjar do luxo.

— Com licença — digo — Posso?

— Claro patrão.

— Kevin. Só Kevin, pelo amor de Deus.

Peguei uma xícara no escorredor de louça e perguntei à moça qual o nome dela. Ela parecia constrangida.

— Helen.

Liar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora