05 | Make it Home

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2 anos depois do final de Make it Home:

Era a última semana de aulas. Os alunos do Instituto Salvatore estavam extremamente animados com as férias e ansiosos para que a semana acabasse. Kalyne, no entanto, estava alegre. Era provavelmente seu último ano no Instituto Salvatore antes da universidade — o que ela achava uma perda de tempo. Era uma tribrida, futuramente seria imortal, qual o interesse de estudar?

Revirou os olhos quando encontrou-se com Penélope, no corredor. Ela sabia: onde estava Penélope, estava Lizzie e consequentemente Josie.

Não tinha nada contra Penélope, até porque ambas tinham personalidades parecidas, mas Kalyne não tinha paciência para aturar as Saltzman e o seu teatrinho de pobres coitadas. Lizzie fingindo ser egoísta e problemática, culpando Hope e seu pai. Enquanto Josie fingia ser a sombra de Lizzie, sendo que não era verdade.

Ela não gostava daquele palco inclinado que eram as irmãs Saltzman.

—Estava à tua procura! — declarou Penélope e a tribrida pôs a mão na cintura, suspirando impaciente

Ela estava com pressa, queria falar com Emma naquele dia. Precisava de uma dose de raciocínio para o que iria fazer. Nunca pensou que chegaria esse dia: em que iria declarar-se para o rapaz que gostava.

—Espero que seja importante! — coçou a testa olhando Penélope com a boca torta

A bruxa, no entanto, sorriu e tomou a liberdade de encaixar o seu braço no de Kalyne e puxou a tribrida pelos corredores da escola.

—O Mg está tendo uma crise, talvez o possas acalmar. — contou Penélope e Kalyne revirou os olhos ao ouvir a mentira descarada

Penélope nem fizera questão de encobrir a mentira. Fazê-la parecer verdadeira. Foi descarada, como sempre.

—Engana-me que eu gosto. — ronronou Kalyne ainda sendo arrastada pela Park

—Eu só estou a fazer um favor. — deu de ombros — Tu gostas do Mg, ele gosta de ti! O que mais dizer?

Kalyne corou. Ela realmente gostava dele. E não sabia como sentir-se sobre isso. Era ridículo, logo ela que era tão perspicaz e tagarela, com medo de ser rejeitada. De onde veio esse súbito medo?

Penélope riu antes de pôr Kalyne no seu quarto que partilhava com Hope. Ela então saiu e fez um feitiço na porta, mesmo sabendo que a Davillier poderia desfazer com um simples revirar de olhos. Minutos depois o dito vampiro entrou no quarto desesperado.

—Estás bem? — perguntou desesperado

—Porque não estaria? — ela ergueu as sobrancelhas com um sorriso

—A Penélope disse que um feitiço correu mal e que foste atingida. — coçou a nuca envergonhado — Na verdade nem terminei de ouvir porque vim a correr. — admitiu

Kalyne sorriu animada. Ele preocupava-se com ela. Era um bom sinal, certo? Seu pai provavelmente teria um infarto quando descobrisse que sua filha estava apaixonada. Mas sua mãe resolveria essa questão.

Então com confiança, ela passou os braços pelos ombros do vampiro e rapidamente juntou os lábios nos dele.

Ele ficou sem reação. Em sua mente, sua paixão nunca seria correspondida. Mas pelos vistos estava enganado.

Então voltou a si e correspondeu o beijo.

—Kalyne, os tios estão lá embaixo a nossa espera e...— Hope interrompeu-se ao ver o beijo

Os dois separaram-se e Mg estava com um enorme sorriso estampado no rosto. Kalyne fuzilou Hope. Não podia ter esperado mais um pouco?

—Mas que...— começou Hope antes de cair na gargalhada

Ela com certeza zombaria da prima durante as férias.