Oi, anjos. Boa leitura!
Jantar.
Point of View Melissa Collins.
Estados Unidos, Los Angeles 23 de fevereiro de 2013.
— Que palhaçada é essa aqui? — meu pai grita, visivelmente irritado e eu sinto uma imensa vergonha. Noto quando ele puxa de dentro da roupa uma arma, apontando em direção do Justin e eu o aperto mais o seu corpo, vendo que o meu pai estar completamente louco agora.
— Pai!
— Eu quero ele fora da minha casa. Agora! — fala, entredentes. Olho para o Justin que está sem expressão nenhuma e apenas levanta as suas duas mãos em sinal de redenção enquanto o meu pai ainda mira em sua direção como se fosse um louco. Ele nem o conhece e age dessa maneira... Se soubesse que iria passar por essa vergonha, jamais teria trago o Justin aqui. — Eu não conheço. Você também não e já o coloca dentro de nossa casa sem saber as reais intenções dele? Vai que ele seja um marginal? Eu quero ele fora agora!
— Ele é o meu namorado! — digo, irritada, pela grosseria desnecessária de meu pai. Não entendo porquê dele sempre desconfiar de tudo e de todos. Compreendo ser pela profissão que deve ter um certo cuidado. Contudo, muitas vezes, ele acaba levando ao extremo como agora.
— Ah, então foi com ele que você esteve todo o tempo que ficou fora de casa? — pergunta, entredentes, totalmente irredutível, apoiado por uma única muleta e eu percebo o olhar do Justin ir diretamente para o gesso em sua perna. — Você está esperando o que para ir embora da minha casa, rapaz? — olho para trás, vendo que a minha mãe encontra-se tão assustada quanto eu com essa atitude vinda de meu pai. Nós verdadeiramente não esperávamos por isso.
— Robert! — minha mãe fala. — Ele é um bom rapaz, esteve durante todo esse tempo cuidando de nós enquanto você estava naquele quarto de hospital — Segue falando e eu olho para trás, vendo-a fazer um aceno com a cabeça para mim e ao olhar para frente o meu pai já baixou a sua arma e eu dou um suspiro de alívio. — Iria chegar o dia que a Mel iria trazer alguém para nos apresentar como namorado e esse dia é hoje. Temos que aceitar que ela cresceu e não é mais uma garotinha, mas sim, uma mulher.
Meu pai aos poucos se rende com uma leve carranca ainda em sua face, mas guarda a sua arma.
— Desculpe. — o conheço suficiente para saber que ele não sente muito por isso, pelo contrário, não sente nem um pingo por sua ação. Acredito que assim que o Justin for embora, ele começará a investigar detalhe por detalhe de sua vida, querendo achar qualquer coisa, por mais que seja mínima, para poder usar contra o próprio. O conheço muito bem para saber que quando o meu pai cisma com uma coisa, a leva ao extremo. Eu ainda não esqueci do que ele foi capaz de fazer com o Juan, tê-lo demitido daquela maneira foi algo desumano.
— Vamos fingir que não houve nada aqui. Entendo que seja apenas preocupação de um bom pai — Justin se pronuncia, pela primeira vez. — Não tenho filhos ainda, mas consigo entender perfeitamente o que se passa na sua cabeça. Eu também ficaria do mesmo jeito que você se tivesse uma filha como a Melissa... — puxa a minha cintura e encara os meus olhos, trazendo os seus dedos até a minha bochecha, acariciando-a a seguir. Não existe pessoa mais compreensível que o Justin. Se fosse outra pessoa, assim que meu pai apontou uma arma em sua direção, na primeira oportunidade teria ido embora com medo e pensando que somos uma família problemática. — Ela é adorável e como sua filha é um dever seu se preocupar e tentar protegê-la, porque nunca sabemos quando o inimigo possa atacar.
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The Daughter of Enemy | Concluída
FanficTodos fazem escolhas boas e ruins, que sempre tem suas consequências. Melissa era apenas mais uma menina normal no meio daquele caos. Infelizmente, apesar de não ter culpa das decisões dos outros, foi quem sofreu as malditas consequências. Estar dia...