Miguel sabia que entrar em prédios cobertos por fogo era coisa pequena, comparado ao desafio de sobreviver a outro tipo de fogo, o fogo que queima nos cabelos de uma certa ruiva chamada Emily.
A vida é sempre cheia de surpresas e para Miguel não foi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Foi uma pancada, tipo, "caí"? Ou do tipo, "me socorre, vou morrer!"?
- Foi uma pancada, tipo... Na cabeça. Só.
Eu não sei o que estava acontecendo. Eu estava dormindo a poucos...
Eu estava dormindo!?
- Se você não calar a boca eu vou te deixar em coma. - uma voz feminina surge.
-- Vocês poderiam fazer silêncio? - pergunto tentando abrir os olhos. Eu estava com algo me deixando com uma agonia estranha no rosto.
"Ela acordou. Ela acordou" "Fica quieto e apaga a luz."
Continuo ouvindo somente sussurros e alguns passos.
O que estava acontecendo?
Sinto o calor de uma mão tentar tocar minha cabeça e eu bato por reflexo.
- Opa! Mocinha. Eu sou o médico.
Um médico?
Sinto uma pontada de dor na cabeça e levo a mão até o local.
-- Ainda dói? - quem era que estava falando? Não reconheço. Não era a voz do tal médico.
- Não, imagina. Idiota. Se toca. - a mesma voz feminina de segundos atrás.
- Eu não estou entendendo. - eu estava em um hospital?
- Eu percebi que eu não vou poder tirar a faixa por agora. Eu volto daqui alguns minutos ou horas para te liberar e explicar alguns cuidados. - ouço mais passos. - Tenho que socorrer um paciente.
Ouço um barulho, provavelmente da porta se fechando e a sala ou o quarto fica em silêncio.
Eu não iria falar nada. Pretendo ficar em silêncio.
Na verdade, eu não sei o que devo falar.
Eu não sei o que fazer.
Me lembro vagamente de enfiar uma caneta em uma perna e depois... O que aconteceu depois?
- Você está melhor? - a mulher pergunta quebrando o silêncio.
- Quem são vocês? - eu não reconheço essas vozes. - Eu posso tirar isso do rosto?
Eu estava agoniada com a sensação de ter alguma coisa quase apertando meus olhos.
- Não. - o homem diz.
Eu quero tirar.
- Quem são vocês? - reforço a pergunta.
- Emanuelle, querida. Como assim você esqueceu minha voz? - quem?
- Emanuelle querida. Como assim você esqueceu minha voz? - uma voz masculina afinada repete a fala.
