Flashs (Parte 1)

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//sim... o nome dos capítulos mudou, e agora é esse que se chama Flashs. :"D
Sim... eu demorei quase um ano pra postar att, e nem sei se consegui consertar todos os erros. (kk)
Sim, eu também me odeio.
Espero que gostem :"D//

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Kirishima entrou com dificuldades em seu trabalho naquela manhã quente ensolarada. Suas colegas estavam bem mais animadas que de costume, lançavam gritos eufóricos pelos corredores e pareciam em clima de festa, mas o ruivo não estava com muita cabeça para comemorações. Após passar pelo grupo de colegas agitadas, sentou-se no seu posto e esperou alguma das cintilantes secretárias chamar por seus serviços. Geralmente, não demorava mais de 5 minutos para chegasse alguma coisa que pudesse fazer – entretanto, ele esperara mais de meia hora, e ninguém o convocara.

Devido a estranha demora, Kirishima resolveu dar uma volta na sede luxuosa em que trabalha para clarear seus pensamentos. Em suma, queria apenas não pensar em nada, mas naquele momento ele não tinha essa capacidade.

Naquela noite, Kirishima podia dizer que tivera um sonho... peculiar. Se limitou ao uso dessa palavra, pois era embaraçoso admitir que talvez, e só talvez, estivesse interessado na possibilidade de enxergar a imagem de uma certa cachoeira mais de perto. Imagem esta que não era a cachoeira, e sim de quem calmamente se banhava nela.

O fato de Bakugou ser bonito, até então, não apresentava nenhum problema, visto que Kirishima nunca teve dificuldade de admitir isso. Contudo, agora "bonito" parecia pouquissimo para definir o que ele realmente é, e para piorar – seus sonhos não poupavam detalhes do quanto essa definição era incompleta.

Bakugou não é uma sereia. Que tipo de magia hipnótica era aquela?

"Vamos cara... corta essa!" – Kirishima exclamou pra si mesmo.

Atordoado, o ruivo caminhou em direção ao banheiro e tirou sua jaqueta, já que não sentia nenhum frio. Em seguida, se apoiou na pia límpida de marfim, encheu as mãos d'água e atirou-as sobre seu rosto, molhando até uma parte de seus cabelos ruivos. Porém, seus pensamentos turvos só cessaram após ele encarar o espelho, e vislumbrar suas feições marcadas, seu penteado se desfazendo sobre a cabeça e seus braços repletos de cicatrizes. Cessaram, porque logo em seguida lembrou-se de sua antiga aparência, com feições infantis, braços quase sem máculas,  cabelos negros e olhos de um brilho distinto.

Kirishima levou sua mão até o espelho, hesitante.

"Isso faz... quase 6 anos."

Um sorriso sofrido enfeitou o rosto seu rosto. E novamente, Bakugou invadiu seus pensamentos.

"Você... você não se lembra de nada."

"Ah... 'nada' é exagero, né?" – Kirishima quis confirmar a si mesmo, tentando recobrar consciência de sua longínqua infância. Lembrou-se de alguns momentos de brincadeira banais, de algumas paisagens antigas da cidade, de algumas noites solitárias no orfanato... mas aqueles estranhos flashbacks o diziam que faltava algo – algo importante. Ele sr questionou se havia esquecido muita coisa, e o que poderia ter esquecido para deixar Bakugou tão... frustrado.

Deixando o exterior atraente do loiro de lado, o que Kirishima mais desejava era ser capaz de entrar na cabeça dele.

— Eeei Kirishima! – Uma voz feminina chamou sua atenção na porta do banheiro,  com um timbre característico que só podia ser uma pessoa: Ashido. – Tá tudo bem?! Você já tá a um bom tempinho ai!

Mokutekichi - KiribakuOnde histórias criam vida. Descubra agora