Estou dentro

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Olá cupcakes❣️
Nada a declarar então...
Boa leitura 😘
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- Meu apartamento fica no quarto andar - Ela sussurrou enquanto cruzavam o saguão em direção ao elevador. Ela estava nervosa de novo, embora não tivesse nada a ver com a presença de Ava ao lado dela. Isso seria ridículo.

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Ava acordou suando frio, apesar do aquecedor que zumbia ao lado dela. Ainda era noite e as luzes da rua abaixo pintavam quadrados brilhantes no teto. Ela ficou o mais imóvel possível, enquanto tentava recuperar o fôlego. Um suspiro lhe escapou e ela esperava fervorosamente não ter gritado durante o sono.

Seus olhos lentamente se adaptaram à escuridão enquanto ela se acalmava. O quarto de hóspedes de Beatrice era como… bem, Beatrice, organizado e arrumado.
Ava até se perguntou se havia mais sob a superfície, como fazia com Beatrice.
Por mais que tentasse negar, Ava não pôde deixar de reconhecer a diferença marcante entre os últimos dias e aqueles que os precederam. Conhecer Beatrice já tinha um significado tão grande em sua mente, um significado que fez Ava queimar de curiosidade.

Havia uma clara tensão entre elas, isso era óbvio. Apesar da bondade de Beatrice, Ava sabia que sempre havia a possibilidade de que ela pudesse ser uma agente dupla, fornecendo informações aos russos enquanto ficava indefesa na cama.
Com raiva, Ava tentou afastar a ideia de sua mente. É verdade que ela mal conhecia Beatrice, mas tinha uma boa intuição. De alguma forma, ela sabia que não era uma possibilidade. Um sorriso então cruzou seus lábios. Beatrice pensava o mesmo dela?

Além da desconfiança que parecia manchar qualquer um que trabalhava com inteligência, Ava não conseguia escapar de sua curiosidade. Ela queria saber tudo sobre Beatrice. Suas histórias, seus sonhos, os medos que a mantinham acordada à noite, assim como Ava estava acordada agora.
E se essas fossem perguntas muito íntimas, Ava teria decidido saber a comida favorita de Beatrice. Talvez houvesse um nome para esta curiosidade feroz e inevitável, mas Ava não conseguia nomear. Ou não queria. Em vez disso, ela adormeceu, agora muito mais calma, pois seus pensamentos estavam em Beatrice.

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Às seis, o despertador tocou pelo apartamento. Se não pertencesse a Beatrice, Ava poderia tê-lo jogado pela janela. Em vez disso, ela relutantemente deslizou para fora das cobertas quentes, estremecendo quando seus pés encontraram o chão frio.
Ela gemeu mal-humorada e vasculhou sua mala em busca de algo para vestir. Infelizmente, ela não esperava ficar na Europa tanto tempo. Com sorte, Beatrice estaria disposta a emprestar-lhe algo profissional.

— Bom Dia – Beatrice a cumprimentou com calma enquanto Ava entrava na cozinha. Era modesta, embora bem equipada e limpa, é claro. Beatrice claramente pensou cuidadosamente sobre cada item que trouxe para sua casa.

— Bom Dia – Ava respondeu se sentando à pequena mesa que havia ali. Ela ficou surpresa ao ver Beatrice ainda de pijama também.

— Café? – Beatrice ofereceu por traz de uma caneca de chá fumegante.

— Por favor – Ava estava além de grata pela oferta e duplamente grata por Beatrice ter uma cafeteira.

— Você dormiu bem? – Beatrice perguntou enquanto esperavam a máquina preparar. Era uma pergunta injusta, já que ela tinha ouvido a angústia de Ava durante a noite.
Parte dela queria correr e confortar Ava, embora os instintos mais lógicos de Beatrice a tivessem dissuadido.

— Sim, tudo bem. Obrigada – Ava mentiu, uma falsidade exagerada pelas bolsas pesadas que pendiam sob seus olhos – E você, dormiu? – Talvez uma pergunta estúpida, visto que Beatrice estava em sua própria casa, mas Ava estava curiosa, no entanto.

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