Desvios

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Olá cupcakes
Desculpa pela demora
Estava sem Internet boa essa última semana, e sem tempo também rs
Mas aqui está mais um capítulo
Boa leitura Cupcakes 😘
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Sinto muito... – sussurrou Ava, seu rosto mais pálido do que antes – Eu estraguei seu suéter… – Ela puxou a mão de seu ferimento, uma mancha escura, brilhante sob as luzes da rua. A visão fez o sangue de Beatrice congelar.
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— Por que você não disse nada? — Beatrice perguntou enquanto pegava seu kit de primeiros socorros do armário. Sua frustração era evidente.

— Não está tão ruim… — Ava sussurrou do sofá. Beatrice cruzou a sala e se ajoelhou ao lado dela.

— Ava… — Beatrice suspirou — Posso? — Ela agarrou nervosamente o suéter com a ponta dos dedos.

— Sim — Ava murmurou, removendo a mão manchada da ferida. Com cuidado, Beatrice enrolou a camisa, revelando o estômago tenso de Ava — Está vendo? — Ava disse fracamente, olhando para o ferimento com um pequeno sorriso, se deitando no sofá — Eu disse que não estava tão ruim...

— Não tenho certeza se concordo — Beatrice pressionou uma compressa de gaze no ferimento. Apesar da gravidade da situação, era difícil manter o foco com a barriga de Ava exposta.

— Eu sinto muito — Ava sussurrou após alguns segundos de silêncio entre eles.

— Pelo quê? — Beatrice ergueu uma sobrancelha enquanto trabalhava. Ava havia se desculpado antes, mas para ser honesta, Beatrice mal tinha ouvido por causa do sangue correndo em seus ouvidos.

— Eu estraguei seu suéter — Ava parecia genuinamente mais triste com isso do que com a punhalada.

— As roupas são substituíveis — Beatrice removeu a gaze e higienizou o ferimento — Você não é.

Os dedos de Beatrice tocaram a pele quente de Ava, fazendo-a estremecer — Desculpe, minhas mãos estão frias?

— Não — Ava respondeu com cuidado. Ela não conseguia explicar o que sentia, mas estava longe de ser frio. Sem outra palavra, Beatrice suturou delicadamente a ferida fechando-a. Só precisou de alguns pontos, felizmente. Durante o treinamento, ela aprendeu muito sobre primeiros socorros - embora ela preferisse usar o conhecimento com menos frequência.

— Terminei — Beatrice finalmente falou enquanto cortava a linha que sobrava. As outras cicatrizes que cobriam o torso de Ava não escaparam de sua atenção, mas optou por não comentar sobre elas, por enquanto.

— Obrigada — Ava se sentou com o mais ínfimo dos estremecimentos.

— De nada — Beatrice se sentiu entorpecida. Não era normal ela ficar tão temerosa e preocupada com outro agente. Claro, Ava não era apenas mais uma agente — Vou ligar para Shannon. Precisa de alguma coisa?

— Não. Eu estou bem. Obrigada.

— Fique parada. Por favor — Beatrice instruiu antes de voltar para a cozinha. Ela tirou o fone do gancho e digitou o número da casa de Shannon.

— Olá? — Shannon atendeu no segundo toque.

— Oi, sou eu.

— O que aconteceu? — O tom de Shannon imediatamente traiu sua preocupação. Ela sabia que Beatrice não teria ligado tão tarde para uma conversa casual.

— Fomos emboscados no caminho para casa após um jantar — Beatrice vasculhou o armário ao lado dela enquanto explicava — Equipe soviética. Altamente treinados.

— Equipe?

— Seis deles.

— Cristo, é incrível que vocês duas tenham saído vivos — Shannon estava claramente impressionada, mas apreensiva. Este não era um bom sinal.

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