O Bunker

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Voltei :)
Qual será a vantagem afinal?

Guardei essa foto pra esse capítulo 🤗💞
Boa leitura cupcakes ❣️

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Na última página, havia algumas linhas de texto que ela perdeu durante a primeira leitura.
Hum ... Beatrice? — O pulso de Ava acelerou — Podemos ter um pouco de vantagem afinal.
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- O que é isso?

- Surpreendentemente, os russos não querem que estraguemos nossa missão intencionalmente. Mas eles pediram para salvar um arquivo. De alguém chamado: A. Kuznetsov - Ava relatou baixinho.

- Como isso nos ajuda?

- Bem, pode não ser - Ava levou um segundo para organizar seus pensamentos - Mas aqui está um pensamento. Se houvesse cópias desses arquivos em outro lugar, por que eles iriam querer que salvássemos um?

— Talvez não haja cópias? — Beatrice sugeriu — Ou eles querem que vejamos o que está no arquivo.

— Isso é o que eu estava pensando — Ava dobrou os papéis e os guardou no bolso.

— Talvez possamos rastrear esse Kuznetsov e ver o que ele sabe.

— Ele não estaria esperando isso?

— É adorável. Só precisamos ser mais convincentes do que seu empregador — Ava respondeu, seu tom mais sombrio do que Beatrice preferia.

— Estou muito feliz que eles não nos pediram para sabotar intencionalmente nossa própria missão.

— Eu também — Ava se recostou e observou o campo chuvoso passar.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Hmm? — Ava se perdeu em seus pensamentos com uma velocidade surpreendente — Sim, claro.

— Até onde você está disposto a ir? Para escapar disso, quero dizer — Beatrice sentiu Ava tensa ao lado dela.

— Tanto quanto eu preciso — Ava respondeu severamente — Não me importo comigo mesmo, mas os soviéticos ameaçaram sua segurança. Se algo acontecesse com você, por causa do meu erro estúpido de merda... Bem, eu não sei o que eu faria.

— Tudo bem. Obrigada por responder honestamente.

— Por que você pergunta?

— É complicado — Beatrice odiava ser tão vaga, mas também não estava exatamente animada para explicar seu raciocínio.

— Por favor, Beatrice. Torne isso simples para mim. Eu não aguento nada mais 'complicado' agora.

— Por mais que você possa duvidar de mim, você é uma boa pessoa, Ava. Não sei se você tem alma para ser tão implacável quanto pode considerar necessário.

— Você acha que eu não consigo me controlar? — Ava quase ficou ofendida.

— Não. Eu sei que você pode — Beatrice suspirou e tentou novamente — Eu sei que você pode, mas me preocupo com o que você sentirá. Depois, quero dizer. Isso já é ruim e tem potencial para ficar muito mais feio. Você não é o tipo de pessoa que pode simplesmente matar e torturar impunemente. Eu me preocupo com o efeito que isso teria sobre você.

— Ah — Ava manteve o olhar fixo na janela. Uma única lágrima escorreu por sua bochecha, mas ela não fez nenhum movimento para enxugá-la.
Beatrice não estava errada, longe disso. Mas Ava se ressentia dessa realidade, se ressentia das qualidades que a tornavam humana em uma profissão desumana. Não foi a primeira vez que ela se sentiu assim, mas as apostas nunca foram tão altas.

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