Uma Mulher Excepcional (ou Duas)

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Boa noite cupcakes
Atualização pra Vcs 🤗❣️

Acima temos o prédio do MI6
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Beatrice subiu uma mão para o cabelo de Ava e a outra encontrou um lugar na cintura. Enquanto isso, Ava segurava a bochecha em chamas de Beatrice com uma das mãos, enquanto usava a outra para se segurar na geladeira. O momento pareceu se estender para sempre, mas não o suficiente. Depois de apenas alguns segundos e várias vidas, elas finalmente se separaram, coradas e sem fôlego.
— Me desculpe, eu...
— Chega de desculpas - Ava repreendeu.
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— Tudo bem — Beatrice deu um passo para trás, ainda em choque com o que acabara de acontecer. Estava em choque, mas feliz — Sem ser atrevida... embora eu tema que já tenha sido... — Beatrice gaguejou de forma incomum, enquanto Ava permanecia pressionada contra a geladeira e lutava para recuperar o fôlego — Acho que já estava querendo fazer isso há algum tempo.

— Bem, e por que você não fez? — Ava sorriu, embora ela estivesse claramente nervosa.

— Você ainda me provoca? — Beatrice perguntou, seu tom de nervosismo estranhamente confiante.

— Talvez — Ava deu um passo à frente — Posso? — Sua voz caiu para um sussurro baixo enquanto ela desamarrou o cabelo de Beatrice de seu coque apertado.

— Exatamente como quando nos conhecemos... — Beatrice suspirou enquanto seu cabelo roçava em seu rosto e Ava se aproximava ainda mais.

— Exceto, por isso — Ava respondeu, antes de pressionar seus lábios nos de Beatrice. Foi mais suave do que antes e mais lento, mas ainda havia paixão. Ela manteve a mão no rosto de Beatrice quando se separaram, um lembrete gentil de sua presença.

— Exceto por isso — Beatrice repetiu, sentindo-se inteiramente fora de si mesma.

— Como eu disse — Ava sorriu feliz, antes de se retirar rapidamente para o quarto de hóspedes — Eu sou uma mulher perigosa.

— Não, você não é — Beatrice sussurrou para si mesma enquanto a porta se fechava suavemente. Ela suspirou, pensando que isso proporcionaria alguma liberação do turbilhão de emoções que parecia preso em seu peito, mas pouco havia mudado.

Com movimentos descuidados, ela terminou de fazer seu chá, pensando que a rotina a acalmaria o suficiente para clarear sua mente por completo.
Funcionou de alguma forma. No entanto, todos esses pensamentos levaram apenas a mais perguntas, perguntas para as quais Beatrice não sabia se tinha respostas.

A culpa e a alegria competiam pelo domínio de sua mente, mas acabaram deixando Beatrice se sentindo dividida. Ela não se arrependia de ter beijado Ava, muito pelo contrário. Ainda assim, as palavras de seu pai ecoaram em sua mente, uma algema inescapável impedindo qualquer felicidade que ela pudesse sentir. Além de sua própria turbulência, o que Ava estava sentindo? O que ela estava pensando? O que isso significava?

Como se ela fosse vidente, Ava apareceu na porta — Você está bem? — Ela perguntou, agora vestida com seu pijama.

— Hmm? — Beatrice ergueu os olhos do chá, que estava frio e intocado — Eu só… — Ela não sabia o que dizer.

— Ah não — Ava manteve o olhar fixo no chão — Fiz algo errado? Talvez tenha…

— Não! — Beatrice protestou. Se suas interações eram estranhas antes, agora elas estavam em um nível totalmente novo — Só... O que isso significa? Para nós? Para nossa... Parceria?

— Eu não sei — Ava parecia confusa com a opinião de Beatrice, mas por outro lado despreocupada. Ela não estava acorrentada com o mesmo trauma que oprimia Beatrice — Não acho que precise significar algo, se você não quiser...

♕Sob uma bandeira que não é nossa♛Onde histórias criam vida. Descubra agora