♕Sob uma bandeira que não é nossa♛

Estranhamente competitiva e estranhamente tensa

Oieee
Aqui vai um capítulo fresquinha pra vcs 😘

Ps:Eu queria uma imagem verídica mas não achei colorida rs
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— Cristo! — Beatrice continuou a trabalhar — Você é uma mulher de sorte.
— Em mais de uma maneira — Ava respondeu em um tom ilegível, deixando Beatrice adivinhar o que ela quis dizer.
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Shannon as acompanhou até a plataforma do trem. Ava usava um dos lenços de Beatrice sobre o cabelo, enquanto Beatrice se escondia sob um chapéu e um par de óculos redondos.

— É bom ver vocês duas vivas — Shannon disse a elas, dando a cada mulher um abraço surpreendentemente caloroso.

— Espero que continuemos assim — Beatrice respondeu, ciente dos agentes que estavam disfarçados ao redor da plataforma. Apenas por precaução.

— Aqui — Shannon entregou a Beatrice um envelope com marcas alemãs.

— Obrigada — Beatrice resmungou, guardando o pacote no bolso da jaqueta. O trem opressivamente barulhento estava se aproximando, marcando sua hora de partida.

— Boa sorte — Shannon disse a elas por sobre o barulho — E Ava?

— Sim?

— Mary e Camila devem estar aqui quando você voltar, então tente não ser apunhalada novamente.

— Mesmo? — O rosto de Ava iluminou-se de uma forma alegre e juvenil, o que Beatrice admirou muito.

— Mesmo — Shannon sorriu, antes de dar a elas um aceno rápido e desaparecer na multidão.

— Está pronta? — Beatrice perguntou, enquanto ela e Ava caminhavam em direção à locomotiva em marcha lenta. Na verdade, ela estava apreensiva. Seria um longo dia confinada em um espaço pequeno, uma perspectiva mais assustadora do que os assassinos soviéticos.

— Você está? Ava pareceu sentir seu nervosismo e cuidadosamente pegou a mão de Beatrice enquanto subiam em um vagão.

— Ingressos? — O atendente na porta perguntou. Com um sorriso, Ava os entregoi — A primeira classe está quase no fim do trem — Ele apontou — E devo dizer, que casal adorável vocês dois formam.

Antes que ele percebesse que Beatrice era, na verdade, uma mulher, Ava puxou-a a bordo e para o corredor estreito. Sua risada histérica preencheu o espaço, fazendo Beatrice se sentir um pouco menos nervosa.

— Ele pensou que você fosse um rapaz — Ava disse em meio a risos.

— Eu percebi — Beatrice respondeu friamente, sem saber se Ava estava brincando ou não.

— Que idiota… — Ava sussurrou enquanto abria deslizando a porta de sua cabine — Nunca vi um homem tão bonito quanto você — Ava acrescentou em voz baixa — fazendo as bochechas de Beatrice queimarem.

Ela se sentou de frente para Ava, o mais perto possível da janela. Poucos minutos depois, o trem começou a se mover novamente, um tremor suave sob seus pés.

— Isso parece familiar, não? — Ava se perguntou baixinho.

— Sim.

— Tem sido uma loucura esse dias… — Ava continuou, antes de se recostar no banco e fechar os olhos.

E, de fato, foram alguns dias loucos. De alguma forma, embora sempre começassem em quartos separados, Beatrice acabava na cama de Ava pela manhã.
Estritamente de uma maneira platônica, é claro, mas suas noites contínuas de sono surpreendentemente melhores eram mais do que bem-vindas. Mesmo no escritório, a dupla era quase inseparável, por meio de briefings turvos no início da manhã e reuniões de segurança no final da tarde.
Felizmente, Beatrice removeu os pontos de Ava na noite anterior. Embora ela estivesse longe de estar curada, ela sentia muito menos dor.