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      As mãos do patriarca Yiling estavam amarradas acima de seu corpo, a fita de seu marido era que servia para a amarração. Seu tronco estava desnudo e apenas um lençol tapava seus membros inferiores, seus olhos estavam tapados por sua própria fita vermelha.

   Seu peito subia e descia rapidamente em pura ansiedade e antecipação, tentava aguçar sua audição para captar algum movimento que estivesse acontecendo dentro do jingshi.

   Sentiu um toque em seu pé e logo relaxou um pouco, as mãos do alfa estavam molhadas com algum tipo de óleo e agora massageavam o pé e tornozelo do ômega.

   Naquele mesmo dia mais cedo o ômega estava dando um volta pela montanha na parte de trás quando o barranco onde estava cedeu. Na queda acabou machucando seu tornozelo, Lan Wangji como um bom companheiro ajudou Wei, que aparentemente estava bem, pois o ômega passou o dia fingindo que não doía. Depois reclamou, afinal havia o avisado que não fosse para aquele lugar pois a chuva forte tinha deixado algumas partes do terreno fragilizadas.

   Mas quando a noite chegou e eles se reuniram naquele quarto, Lan Wangji estava se dedicando ao seu parceiro quando notou que ele estava evitando ficar de pé. De surpresa ergueu a barra das roupas do ômega que reclamou, mas já era o suficiente para ver aquele pé inchado.

– Está tudo bem, só um arranhão! – Wei disse sem querer dar razão ao alfa que tinha o avisado.

    Lan Zhan sabia que Wei Ying não o deixaria cuidar daquilo por livre iniciativa, então precisava de uma distração.

– Mnn. – Murmurou simples.

    Em seguida aproximou-se do ômega e segurou a parte mais externa de suas vestes a retirando, fez isso sucessivamente até deixar o parceiro com o tronco despido.

– Lan Zhan, depois eu que sou o sem vergonha!

    A segunda jade abraçou a cintura do companheiro e o puxou para si até estarem colados, depois tocou-lhe o queixo fazendo com que ele olhasse para cima.

– Se você me comer com os olhos não vai dar para comer de outras formas.

– Desavergonhado!

     Lan Zhan beijou o ômega e não havia delicadeza, Wei ergueu seus braços depositando-os nos ombros do alfa, enquanto o beijava removia a fita da sua testa.

      O alfa moveu-se até fazer o outro se deitar, separou seus corpos fazendo o mais novo resmungar. Tomou sua fita e Wei pensou que ele iria guardá-la, mas ela foi usada para prender seus braços. Lan Zhan se aproximou dele novamente selando seus lábios e removendo a vida de seus cabelos.

– Não sabia dessa sua tara por fitas.

– Levante a cabeça. – Pediu a jade.

   Fez conforme foi pedido e o marido amarrou a fita em seus olhos.

– Lan Zhan?

– Confie em mim. – O alfa disse distribuindo beijos pelo pescoço do outro.

– Eu confio.

    Os toques do alfa eram fortes e talvez deixasse algumas marcas no tronco do ômega, nada que ele não gostasse. Lan Wangji estimulava os mamilos do parceiro, ora os apertando entre seus dedos ora mordendo suavemente.

– Lan Er-gege. – Sussurrava o ômega.

     O alfa também passou a remover todas aquelas suas vestes, a visão que Wei queria ter naquele momento. Seguiu até este e tocou-lhe as vestes inferiores.

– Posso?

– Claro, pode fazer comigo o que você quiser Lan Zhan.

– Bom!

   Aos poucos removia as roupas do ômega até o deixar totalmente nu. Ele era definitivamente um alfa de sorte, mesmo que aquele não fosse exatamente o mesmo corpo que o ômega tinha antes do grande cerco, o feitiço do sacrifício trouxe para ele grandes características. Além disso o que ele sentia pelo ômega não era meramente carnal, ele o amava com cada parte de sua existência.

   Lan Wangji tomou um lençol e cobriu o parceiro.

– Lan Zhan?

– Fique quieto, eu já volto.

   O alfa deu um beijo no ômega e se retirou dali adentrando outra parte do Jingshi, vasculhou um pequeno móvel até achar os itens que procurava. Retornou e achou o ômega na mesma posição que o havia deixado.

    Abriu o pequeno pote e molhou sua mão naquele óleo, sentou-se na cama e trouxe o tornozelo machucado do marido para si, cuidadosamente envolvia aquela região e espalhava o remédio.

– Ouch! – O ômega resmungou ao sentir o machucado ser pressionado.

   Lan Wangji tomou ainda mais cuidado e ao fim deu um beijo naquela região antes de colocar algum tecido para imobilizar o pé.

– Tome cuidado da próxima vez.

– Está bem Lan Zhan, obrigado.

   O alfa sorriu e levantou-se saindo novamente para guardar o remédio e limpar suas mãos. Voltou para o quarto, retirou o lençol o deixando em qualquer lugar e se despiu por completo, seguiu até seu ômega se deitando sobre ele com cuidado sem depositar todo seu peso.

– Onde foi mesmo que paramos?

Wuji (WangXian) ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora