capítulo 1

2.1K 53 9
                                    


Eu estava em completo panico naquele momento. Não sabia como agir aquela situação, apenas sabia que devia fazer algo.

"Calma, calma Caio." Disse para mim mesmo. Sabia que entrar em desespero não iria ajudar em nada. Mas aí, tive uma ideia; ligar para a polícia. Oras, eu não sou um profissional treinado para situações de risco, não adiantava bancar o herói se iria morrer. Eu não podia nem salvar a mim mesmo, imagine a Robert. Por isso, fui imediatamente em direção ao telefone, mas depois notei que não tinha como provar a policia que eu não estava mentindo. Seria inútil ligar para eles naquele momento.

"O seu I.P. é claro!" falei. Havia lembrado que Robert, alem de ser escritor, também era um grande genio dos computadores. Alguns anos atras ele havia me ensinado como rastrear a origem de uma chamada, apenas quebrando o código alfa de qualquer celular. Era possível rastrear ele, desde que seu GPS estivesse ligado. Fui correndo em direção ao meu computador, abri a pagina TP link, a pagina mestre dos I.P. adicionei o código padrão e esperei a confirmação do prompt de comando.

LIGADO - ACESSO PERMITIDO.

Imediatamente, Peguei o numero de Robert e liguei para o seu celular. Conectei a chamada com o programa T-Finder e esperei. O celular apenas chamava, mas já havia como rastrear o sinal naquele momento. Não pude conter a excitação, eu nunca havia feito um procedimento daqueles antes, mas mesmo assim funcionou. Mas logo voltei a sí; eu não estava brincando de ser hacker, estava tentando salvar a vida do meu amigo e de sua familia. Voltando a minha atenção para o computador, pude ver que uma imagem da localização do celular do Robert havia sido baixada.

"está aqui. Calma Robert, eu já estou indo". Imediatamente eu me levantei da cadeira e fui em direção a porta. Peguei a impressão do print que havia tirado, e saí.

"devo localizar o posto policial mais próximo". Lembrei-me que havia um posto policial a dois quarteirões dali. Andei o mais depressa possível. Chegando lá, encontrei com a recepcionista logo na entrada. e fiz algumas perguntas.

- olá, bom dia. Eu disse, em um tom de impaciência.

- bom dia. Ela disse, sem sorrir para mim. Podia ver seu nome gravado em seu crachá, estava escrito natalye. Era realmente uma moça bonita, tinha olhos verdes e cabelo negros o que combinava com o seu rosto afinado e suave. Mas aquilo era o que menos me importava naquele momento.

- eu gostaria de prestar uma queixa. Disse, fitando os seus olhos. - É que meu amigo, ele... Como posso dizer... Ele está sendo refém de dois homens que eu ainda não seu quem é. Tanto ele, como a família dele esta correndo serio perigo. Já era possível notar o tom de desespero em minha voz.

- tudo bem, apenas peço que se acalme. Ela disse, gesticulando com as mãos. - A primeira coisa que você deve nos contar é aonde você o viu a ultima vez. Você saberia nos dizer?

- sim. Mas não sera preciso se preocupar em procurar ele, eu tenho o endereço da localização dos sequestradores. Tome, e é este aqui. Eu havia retirado o Print do endereço do meu bolso e dado a ela. Ela estranhou um pouco, mas continuo mesmo assim.

- tudo bem então. Agora nos precisamos saber se algum outro membro da familia dele sentiu falta deles, ou dele.

- mas isso pode demorar muito! Protestei.

- eu sei senhor, mas são normas da policia. Eu não posso ir contra elas. Disse ela, um pouco incomodada.

- mas moça. Continuei. - isso tudo foi muito recente. Na verdade, eu falei com ele esta manhã. Nenhum parente dele vai sentir falta, pelo menos não agora. Eu já estava começando a ficar um pouco irritado.

- está manhã? Ela olhava para mim como tudo que eu havia dito era mentira. - olhe senhor, agora realmente tudo se complicou. Não tem como a policia fazer algo com as suas informações, elas são muito infundáveis. Não tem como uma pessoa ser sequestrada e mesmo assim ainda falar por telefone com alguém, mesmo que tivesse sido antes do sequestro. Enquanto eu pensava em uma resposta, uma coisa tinha chamado a minha atenção: eu não havia dito a ela que ele telefonara para mim quando já estava sequestrado, e sim que havia falado com ele de manhã. Mas não dei a devida atenção aquilo e prossegui falando.

Soltando um pequeno suspiro respondi:

- tudo bem moça, você tem razão, desculpe por ter tomado o seu tempo. Ela assentiu com a cabeça, logo apos isso eu me retirei da delegacia. sabia que não adiantaria falar com eles, já que não iriam me ajudar em coisa alguma. Sai pela porta giratória e me direcionei a calçada. Eu estava esperando o sinal abrir para eu poder atravessar. Mil e uma coisas passavam em minha cabeça naquele momento: Tinha medo que os sequestradores já tivessem feito algo com a família do Robert. Tinha medo que depois dele ceder a informação que eles queriam, o matassem, com medo dele ser testemunha. Tive que dar uma longa respirada para não entrar em pânico. E enquanto eu me recuperava, pude notar que um carro preto, modelo BMW estava estacionado bem em frente a delegacia. Tive a estranha sensação que o motorista havia me olhado. Tentei olhar para o seu rosto, mas ele o desviou rapidamente. "Que estranho." pensei. Não dei muita atenção e segui em frente.

Já havia passado alguns minutos, a delegacia já estava um pouco distante, e a rua estava quase que deserta. Podia ouvir pequenos estalos de pneus atras de mim. O que me deixou um pouco apreensivo

- hey garoto. Uma voz desconhecida falava bem perto de mim. Quando eu olhei para trás, ví a mesma BMW de antes, se aproximando lentamente. Eu havia ficado um pouco nervoso. Afinal, não é todos os dias que isso acontece. Prossegui andando, mas dessa vez com passos mais ligeiros. Quando percebi, o carro já estava emparelhado comigo. Ví que não adiantava correr ou gritar, não havia ninguém pelas redondezas e se eu corresse, o carro facilmente iria me alcançar. Mas mesmo assim continuei andando. "Talvez eles só queiram uma informação!" falei para mim mesmo. Bem, eu sei que parece ridículo, mas eu tinha que me acalmar de alguma forma, caso contrário, podia urinar nas calças de tanto medo.

- Caio. Era a mesma voz de antes, mas eu podia deduzir que era alguem que me conhecia, já que sabia meu nome. O que me deixou ainda mais nervoso. Após isso, Me virei para ver quem era, só pude ver um rosto fora da janela do carro, era de um homem branco com óculos escuros. Sem sombra de duvida, era alguem que EU não conhecia.

- quem é você? Respondi olhando para ele.

- apenas entre no carro. Ele falou, com um tom de autoridade.

- o quê? Não! Eu nem sei quem você é ou o que quer! Respondi, quase que gritando e fui embora, dando as costas para aquele homem.

- Nós sabemos onde encontrar o seu amigo Robert. Ele disse, meio distante. Aquelas palavras arrancaram um enorme calafrio de minha espinha. De imediato parei de andar e me virei para ele de novo.

- como você sabe do Robert? Perguntei. Não havia contado para nenhum conhecido que Robert estava em perigo. Nem mesmo para a sua familia.

- apenas entre no carro, aí responderemos a sua pergunta. Ele disse, colocando a cabeça para dentro. Quando prestei atenção, Pude notar um segundo homem no banco dianteiro, ele realmente não estava sozinho. Sabia que ninguém mais poderia me ajudar a encontrar o Robert. Nem mesmo a policia, por isso, não tive escolha a não ser entrar no carro. Talvez eles fossem a ultima esperanca que eu tinha de salvar o meu amigo de uma morte iminente. Eu entrei pela porta traseira, o motorista acelerou sem falar comigo. Até aquele momento eu só pensava uma coisa: espero que Robert esteja bem.

E aí amigos, o que acharam deste capítulo? Espero que tenham gostado.

Se assim como eu você é fãn de SCI FI e gosta de escrever histórias e estórias diversas, se junte ao meu grupo do Facebook. Este aqui é o link: https://www.facebook.com/groups/1683724885191166/ Ainda não tem nada postado porque ainda falta agrupar mais menbros. Mas estou aberto a novidades!

Abraços.


PS: Quem quiser a página para o meu perfil pessoal do Face é este aqui ó: https://www.facebook.com/william.magalhaes.184

rammtez (Z 23)!

O hackerOnde histórias criam vida. Descubra agora