Capítulo 29

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- O que?

- Isto o que você acaba de ouvir. Sou a Diretora da NSA, Ruth Mitchell.

- M-mas... Porque? Porque você está aqui e o que quer comigo?
Apesar de já saber a resposta, eu queria que ela me contasse. Era óbvio o que ela almejava: O Pen-Drive.
Robert havia me dito que a NSA estava procurando sua organização (o motivo ainda permanecia obscuro para mim) e eis que a prova mais cabal de tal fato surgi na minha frente: A Sra Ruth. Que se-sabe-lá porque, havia me farejado até este hospital e agora provavelmente iria me cobrir de interrogatórios.

- Talvez imagine que eu esteja atrás do Pen-drive, mas agora lhe digo; está enganado. Não busco nada que você possuí. Quero somente uma coisa: você.

- Eu? Mas porque? Talvez eu deveria ter entrado em choque por estar na presença de uma pessoa tão importante, mas graças aos anestésicos que ainda percorriam a minha veia naquele momento, não pude esboçar nada além do que um olhar de surpresa. 

- Porque você, acima de tudo, é a chave de tudo que está acontecendo no mundo digital hoje. Você, garoto, é a prova viva de como a nanotecnológia pode cambiar a vida das pessoas.

- Do que está falando?

- Dentro de você, senhor Caio, reside um minúsculo microchip. E dentro deste Microchip reside dados de suma importância para os Estados Unidos. Tais como protocolos de criptografia e sinais Morse decodificados. Talvez nem você nem seu amigo tivessem se dado conta da geniosidade do michael, o pai de Robert.

Incrivel e assombroso... Aquela mulher sabia de tudo o que estava passando naquele momento. Provavelmente sabia até que eu mantinha o Pen-drive em segredo. Mas agora percebo que eu e meu amigo Robert estavamos enganados e se o que ela estava dizendo era verdade (afinal, como ela pode forjar a introdução de um microchip?) nós nem sabiamos onde estavamos nos metendo.

- Não irá dizer nada?
Pergunta ela, impaciente.

- O que quer que eu fale? Eu estou em um estado debilitado, mal posso raciocinar direito!

Calma caio. Você não está na sua sala de aula, está na frente da Diretora de uma das organizações mais poderosas do mundo.  Digo para mim mesmo, tentando evitar que tal ato se repetisse.

- Perdão, eu não medi minhas palavras. Disse, imediatamente após ter mencionado aquela frase, rezando para que ela não se sentisse ofendida.

- Oras, eu estou acostumada a isto. Você está em um estado de stress constante. Não se preocupe.

- Mas... Mas me diga, o que é este tal microchip? A estas alturas eu já estava na beirada da cama hospitalar, fitando-a bem de perto.

- E o verdadeiro objeto onde está o protocolo que Robert tanto buscou guardar. E ele está localizado em sua medula espinhal, em uma zona crítica de nervos.

- Mas o que?! E porque o pai de Robert iria colocar aquela coisa lá e porque eu não lembro de qualquer cirurgia semelhante a esta?

- O pai de Robert era um grande cientista e amava a criação do seu pai. Se me recordo bem, ele havia introduzido este micro-chip em você uma vez quando você e seu amigo dormiam, logo quando você havia acabado de completar sete anos. Você foi topado e por isso acha que aquelas imagens em uma sala cirúrgica é apenas invenção da sua mente.

Agora que ela havia mencionado, realmente havia uma pequena cicatriz na minha costa, perto da região da lombar, mas por se tratar de uma lesão pequena, nem eu nem meus pais nos demos conta de que como ela havia surgido ali.

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