capítulo 16

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Eu não estava acreditando. Meu amigo, que um dia me pedia ajuda para resolver cálculos matemáticos, é presidente de uma organização secreta de criptografia. Eu desisto, não vou tentar mais entender nada. Quando ele me pediu para eu sair, senti como se fosse um convite, um convite para ir embora. Quem iria me impedir? Seguranças? Lá não havia, mas eu resolvi não ir. Tinha uma série de computadores com trocentas utilidades e eu amava computadores, não podia deixar esta oportunidade passar.

Fechei a porta atrás de mim e fui em direção ao corredor, um ar frio e aconchegante vinha de todos os lados e a sequência de tecladas pareciam ainda mais atrativas. Chegando novamente no grande salão computacional, me aproximei da primeira cabine que eu ví.

- com licença.. Eu falei, tentando iniciar um dialogo com o operador. Ele tinha cabelos castanhos lisos penteados para trás, e em seu crachá estava escrito "Eric".

- estou um pouco ocupado agora senhor.

- ah sim, desculpe. Eu me viro de costas, mas ele me chama.

- espere, quem é você? Ele me pergunta, com os olhos rígidos como de uma águia. Eu me viro para ele.

- eu? Eu sou... Um visitante.

- não temos um visitantes aqui, você está mentindo! Ele diz, quase gritando.

- hey, calma aí, eu conheço o presidente da empresa. E foi ele que pediu para eu vir aqui. Ele continua com a mesma expressão, pelo visto, ele não estava satisfeito com minha resposta.

- você não vai se sair desta, acha que pode nos enganar com truques bobos? Você não sabe onde se meteu garoto.

- olhe, pela última vez, eu sou um visitante, fui trazido pelo agente John. Ele foi me buscar a mando do presidente!

- não, não existe nenhum agente John aqui. John é um codenome, e se você realmente conhecesse o presidentes da empresa, saberia disto. Eu já começava a ficar irritado e com certeza, ele também não estava nada contente. Ele estava prestes a me levar embora e me encher de perguntas se não fosse por outro funcionário vim apartar.

- hey Eric, calma aí. Disse um rapaz, vindo de sei lá aonde. - este garoto veio com o Michael. Ele avisou a todos sobre esta visita.

- e porque eu não fui avisado? Retruca Eric.

- porque você chegou atrasado hoje, e a mensagem foi auto deletada do sistema, se você fosse mais atento, saberia disto. Eric olha para o rapaz com total desprezo, ele me fita novamente e se senta. Pelo menos desta vez, eu me livrei de um problema.

- qual é o seu nome? Pergunta o rapaz.

- Caio.

- Caio, não fique por aí andando. Aqui a discrição é levada a sério. É melhor você voltar a falar com o agente Michael ou ficar ao lado de quem o trouxe para cá. Eu confirmo com minha cabeça, ele dá as costas e se retira. Sem ter mais escolhas, eu volto para o corredor e espero que um dos dois (o agente "John" ou o Robert) sair e me chamar. Depois de intermináveis minutos, a porta se abre e uma voz fala comigo.

- Caio, por favor, entre, vamos conversar agora. Era Robert, eu me levanto e entro rapidamente na sala. Talvez agora eu consiga a resposta que eu tanto queria.

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