Conto 60: Tobi

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Era uma manhã fresca de sábado e estávamos aguardando ansiosamente pela sua chegada. O interfone toca e nossos corações disparam... Luigi corre para atender.

- Ele chegou! Ele chegou! Vamos mãe! – gritava, gesticulando para a porta.

Descemos correndo pelas escadas... De longe avistamos o mesmo homem que meses atrás trouxera a Pamps; estava de pé, esperando, na entrada do condomínio. Segurava firmemente uma casinha, e, com a outra mão, via as mensagens no celular. Vamos ao seu encontro e o cumprimento. Ele abre a portinha, espio e vejo seus dois olhinhos assustados, rapidamente tira o cachorrinho de dentro da casinha e me entrega.

- Nossa que pequeno! Ele vai sobreviver? – perguntei admirada, pois cabia inteiro na minha mão.

- Sim. – respondeu tranquilamente.

Era lindo! Entreguei-o para Luigi, que sorria; seus olhos brilhavam de felicidade.

- Agora a família está completa! – sussurrou, enquanto o erguia acima da cabeça.

O homem deu algumas instruções e foi embora. Voltamos para casa, carregando-o com muito cuidado.

- Pamps! Esse é seu novo amiguinho! – apresentava-o Luigi, enquanto se ajoelhava e o colocava no chão.

- Au, au, au, rrrr, au, au! – latia, Pamps, enciumada.

Ele se aproximou dela, sem medo, querendo brincar e lhe deu uma lambidinha.

- Luigi, que nome daremos a ele, afinal?

- Jimmy!

- Não, difícil de chamar! Que tal Roni?

- Não! Max? Rex?

- Nenhum deles! – respondi pensativa.

- Tobi! Ele tem cara de Tobi! – falou animado.

- Sim! Um lindo nome! E combina com ele!

Seu pelo era macio e fofinho, como algodão

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Seu pelo era macio e fofinho, como algodão... e o rabinho enrolado, mal dava pra ver! Corria e pulava, como uma ovelhinha, adorava brincar! Aos poucos, Pamps e ele se tornavam amigos.

Tobi era amoroso: com as patinhas acariciava o rosto de quem o pegasse no colo, e, suas lambidinhas e mordidinhas na orelha nos faziam rir. Os pequenos trouxeram mais alegria para esta casa!

Numa manhã de sábado, enquanto Tobi atravessava a sala, vi, com a mente, um vulto acompanhando-o. Intrigada, sento no chão, coloco-o sobre minhas pernas, enquanto recito o "Salmo 91". Sinto que aquilo era recheado de fúria.

"Tobi veio do canil acompanhado de uma entidade maligna" – penso indignada, e oro por ele.

A noite chegou, e, enquanto colocava meu pijama, tive uma visão: Tobi com sangue no focinho: Pamps o mordera. Fiquei com receio, e, por precaução, Pamps dormiu no meu quarto, e Tobi, na sacada. Orei por todos.

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