Conto 50 - A guerra continua...

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Chego do hospital. Como é bom poder sentir o perfume de casa! Minhas mamas doíam, devido a uma cirurgia, e, com dificuldade ando até o quarto, coloco um pijama e deito na cama. Olho para o teto, respiro pausadamente para não sentir tanta dor, e, depois para meus curativos: estavam manchados de sangue, tinha levado muitos pontos. Deles emanava o cheiro da anestesia misturado com o de sangue...

Ele veio rápido... parecia ter saído do guarda-roupa. Contemplava-me de pé, ao lado da cama... era o espectro alto e de dentes aparentes.

 era o espectro alto e de dentes aparentes

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Parecia desejar algo... eu me senti como uma oferenda. Entendi o significado do sacrifício de animais, para que uma entidade dessas venha, não bastam feridas, tem que ter dor e sofrimento.

Chegam minha mãe e irmã, pois ouço a conversa delas na sala. Vieram para cuidar de mim durante a convalescença.

Ele continua me contemplando... estou muito fraca para me defender, parece que minhas barreiras no mundo espiritual desabaram.

Chamo minha mãe e peço uma oração. Ela também o vê e o expulsa, em nome de Jesus.

- Eu vou voltar... – avisa-a.

Então se afasta, mas fica espreitando numa região do plano espiritual, onde está o guarda-roupa, atrás do espelho.

Então se afasta, mas fica espreitando numa região do plano espiritual, onde está o guarda-roupa, atrás do espelho

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É contra esse espectro que venho lutando nos últimos meses. A mãe vai para a cozinha. Lívia entra no quarto:

- O quarto tá escuro! – brada.

- Sinto-me melhor assim... – explico devagar.

- Não! Vamos abrir a janela e deixar a luz entrar!

- Eu queria dormir, estou com muita dor...

Abre a janela e o quarto se ilumina.

- Ele gosta do escuro e está fazendo você pensar que é melhor ficar com a janela fechada.

Chega a noite... confesso que estou com medo...

- Lívia, dorme comigo?

- Tenho medo de dormir, e te machucar sem querer.

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