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POV Phillip Valerie

- Vai almoçar com Lucas? Tem certeza disso, Amor?

- Sim. Chase me garantiu que ele não é o mesmo. Preciso dar uma chance para ele se explicar. É só isso. - digo, ajeitando o cabelo em frente ao espelho do armário. Já passara meu perfume adocicado.

Virei vendo o mais velho terminar de abotoar os botões da camisa social preta. Além dela, usava uma calça cinza com sapatos pretos. Tinha três anéis em cada mão. Não fez questão de arrumar as mechas loiras.

Eu estava com um jeans azul, suéter vermelho manga longa com uma jaqueta preta e tênis brancos.

- A decisão é sua. Qualquer coisa, me liga. - Beijou minha bochecha.

Pegou o blazer preto sobre a cama, vestindo o mesmo.

- Pode deixar, Docinho. Vai na frente. Não é bom chegarmos juntos na editora. Pode levantar comentários.

- Tudo bem. Mas antes, quero meu beijo de bom dia. - Me puxou pela mão selando meus lábios com doçura.

Mas intensificou invadindo minha boca com a língua, pondo as mãos em minha cintura e colando nossos corpos. Tinha passado os braços por seu pescoço arranhando sua nuca com as unhas ralas.

Se afastou ofegante colando nossas testas.

- Me liga quando terminar seu almoço?

- Claro. Não se preocupe. - Me afastei arrumando minha roupa, assim como ele.

- Até logo, Meu Anjo.

Beijou minha bochecha.

- Até, Docinho. - Sorri vendo ele sair.

Esperei um pouco para ir. Quando estava fechando a porta Suzan chegava acompanhada de um cara robusto, cabelo preto, pele branca, olhos azuis. Ele usava uma roupa preta com uma jaqueta de couro.

Ela usava um vestido vermelho com um decote, salto alto branco, cabelo amarrado em um rabo de cavalo.

- Bom dia, Valerie. - Cantarolou, pondo a chave na fechadura.

- Bom dia, Suzan. Esbarrou com Victor?

- Sim. Vi ele saindo do prédio. E não se preocupe! Eu já entendi que você não quer misturar a relação amorosa com a profissional.

- Obrigado. A gente se vê. - Passei por eles sorrindo.

- Tchau.

Entrei no elevador.

Acabou que a implicância dela comigo, era só porque ela é assim mesmo. Brincalhona. Não somos amigos, mas nos suportamos. Suzan é uma boa companhia.

(...)

Estava pondo o casaco para sair da editora, quando alguém se aproximou.

- Ei! Vamos almoçar. Você vem? - Madsen indagou, parando ao meu lado com Isabela.

- Ah, não. Eu vou almoçar com Lucas.

Arregalaram os olhos.

- Você o quê!?

- Falem baixo. Caramba. É só uma conversa, calma. A gente se vê mais tarde. - sussurrei.

- Tudo bem. Tchau. - respondeu Evans, ainda processando.

Peguei um táxi seguindo até o restaurante de classe média que marcou comigo. Ele estava sentado em uma mesa. Pedira nosso almoço.

Usava um terno preto, com gravata e sapatos da mesma cor. Tinha um sobretudo cinza na cadeira.

Não Era Um Ponto Final | 1° Livro || Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora