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POV John Smith

Quando Phillip me ligou e contou o que aconteceu eu mal pude acreditar. Mas de jeito nenhum eu vou ficar do lado de Victor. Não importa se Theo também é meu amigo. Se ele tiver mesmo encomendado essa surra, eu mesmo acabo com ele!

Cheguei em Los Angeles às 22:00 da noite e fui direto até a casa de Phillip. Quando abriu a porta vi que tinha sido bem pior do que pensava. Sua boca ainda estava um pouco inchada, abaixo de seu olho roxo, tinha um corte no canto de sua boca, uma raladura no braço e sua mão estava enfaixada. Forçou um sorriso.

- Meu Deus, Phillip! 

Ele me abraçou. Não éramos tão próximos, mas ele definitivamente precisava de alguém que o acolhesse. E eu o acolhi. Logo estava chorando. 

- O que fizeram com você? Quando se acalmar vai me explicar isso direitinho. - falei passando as mãos em suas costas.

Chase estava na sala.

- E aí! Você assume aqui. - Vestiu o casaco vindo até nós.

- Oi? Ah, claro. - respondi, confuso.

Phillip enxugou o rosto se afastando.

- Se cuida, Phillip. - Abraçou o mais novo. - E conta tudo para ele, tá bom?

- Tá bom.

- Olha, não deixa ele esquecer de tomar os remédios. - disse ele passando por mim.

- Pode deixar. Ah, tem falado com Kevin?

- Não. Eu também não sabia que Theo estava na cidade. Vai ver eles estavam ocupados demais para nos contar. - Pôs as mãos nos bolsos ofendido.

Não posso negar que é a mesma forma que me sinto.

- É. Até mais.

- Tchau.

(...)

Lhe servi um copo de chocolate quente pondo no balcão. 

Me contou tudo que aconteceu. O motivo para terminar com Victor e que descobriu que foi Theo o mandante da surra. Só confirmando minhas suspeitas. Ah, Jake! Por que eu não te ouvi no passado?

- Desculpa. Eu atrapalhei a sua viagem. 

- Não foi nada. Eu ia mesmo voltar logo. Quer que eu fale com Victor?

- Não! - respondeu em desespero, erguendo o olhar. - Se ele souber o que aconteceu, vai se envolver. E se isso acontecer ele pode fazer algo com Victor também. Não fale nada com ninguém, tá?

- Nem com Kevin?

- Ele está do lado dele. Seria em vão. - disse triste.

- Contou para mais alguém sobre o ataque que sofreu?

Negou, bebendo um gole da bebida.

- Garoto… - Meu celular tocou quando eu ia repreendê-lo. Era Chun-Hee. - Eu esqueci de falar que conheci alguém. Ele é coreano. Alô? - Ponho no viva voz.

Não Era Um Ponto Final | 1° Livro || Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora