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POV Phillip Valerie

- Preciso falar com Giovanni. 

- Se você for para a Itália, vai levantar suspeitas. Peça para alguém ir por ti. - orientou Paul.

- Amor, não tem ninguém que… espera. Acho que tem alguém. - Sorri empolgado.

- Quem? 

Sentei ao seu lado na mesa da cozinha ligando para ele. Atendeu no terceiro toque.

- Martin? 

" - Oi, rapaz. O que foi? "

- O senhor me faz um favor?  

" - Hum? Tem haver com o seu plano maluco? "

- Sim. Tem passaporte para a Itália?

Moore sorriu bebendo um gole da cerveja. 

(...)

POV Martin Campbell

Roma, Itália 

É irônico o filho do Matthew ter me pedido para falar com Giovanni. Logo com esse cretino! 

Calma. É passado. Só passado... Ah!

Marquei um encontro com ele em um bar de luxo. Precisava de privacidade para essa conversa. 

Esperei em uma mesa discreta escondida no canto do estabelecimento, bebendo um copo de uísque por meia hora até ele finalmente dar as caras. Vestia um terno vermelho, sem gravata, camisa preta, com sapatos pretos. Sentou de frente para mim, chamando o garçom. Pediu um vinho que foi servido rapidamente. 

- Então? O que é tão importante para Martin Campbell passar por cima do orgulho para falar com o rival? - Sorriu descarado. 

- Não seja infantil. Nós nunca fomos rivais. Mas não vamos fugir do assunto! Quero saber sobre as suas atividades duvidosas e se sabe dos atos do seu filho. 

Estreitou os olhos.

- Meu filho? O que ele tem haver… 

- Responda, Giovanni. Você entendeu perfeitamente! 

Arfou com desgosto, ajeitando o blazer.

- Certo! Eu não tenho atividades duvidosas, Martin. Não sei porque veio com esse papo tão repentinamente, mas não estou mentindo quando digo que nunca cometi um crime. Apenas uso do poder que tenho no meu ramo para conseguir o que quero. Mas apenas com influência! Nunca com suborno.

- Isso sim é uma surpresa. - Bebi outro gole do uísque, apoiando as costas no encosto do sofá. 

- Vai se ferrar! 

Bebericou o vinho.

- Seu filho vem infernizando o filho mais novo do Matthew. 

Ficou tenso desviando o olhar por alguns segundos, depois voltando a me fitar. 

- Sério?

Assenti. 

- Há uns dois meses, mandou alguns caras darem uma surra nele. Além de ter destruído o namoro dele com o meu filho. 

- Ah! Sabia que essa obsessão daria problema. Droga! Por que ele foi se meter no caminho de um Valerie?! - Pôs a mão no rosto.

- Porque você não o avisou da fama deles. 

- E você avisou o seu filho por acaso? 

- Não. Mas ele não é um cretino, igual ao seu filho. 

Fez menção em retrucar. Mas hesitou, como se soubesse que estou falando uma verdade.

Não Era Um Ponto Final | 1° Livro || Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora