•~Capítulo Dezessete~•

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Muitos dos Dandium aparentavam ressentimento e um receio que atingiam a mim e a Zuri, pois definitivamente e com inconveniência acidental estragamos a intensidade de um comportamento cultural da nossa espécie, inclusive, estragamos a oportunidade que talvez seja única para os alunos do primeiro ano de andarem em uma biga.

Após os Dandium de biga estacionarem o transporte a um quilômetro de distância do Vrandette, os Dandium que vinham atrás e que tinham de participar do desfile somente caminhando, chegavam separadamente, pausando aos poucos devido a corrida que teve de requer muito fôlego e muita consistência de duração do agir das pernas, já que eles tinham de seguir o pessoal adiantado - nós que estávamos usando a biga.

Diante disso, os domadores de animais e os cavalariços paravam em cada biga, para ajudar os Dandium no tablado, dando suporte, mas nenhum veio à mim e à Zuri, e é claro que não podíamos esperar muita coisa.

Caminhamos em filas com uma pitada de rapidez em direção ao Vrandertte, em que já podíamos avistar os Dandium que se teletransportaram ou àqueles que estavam nos esperando muito antes sem o desejo de desfilar nas ruas de Zyrom.

Graças à Deus e aos céus, em que eu e minha amiga nos olhávamos asseguradas e aliviadas de que ninguém fora ferido pelo o atropelamento e as batidas que causamos pela nossa biga, mesmo que os atropelados pudessem regenerar os seus machucados, mas ainda assim, o humor de todos estariam mais embaralhados e o progresso do batismo estaria afetado por mais frustações do que já está.

No chão de xadrez transbordante alegremente ao jade e ao negro, se pertencia ao um conjunto de arquibancadas circulares no espaço retangular de alta relevância do comprimento e da largura do santuário Vrandertte.

As arquibancadas pequenas e de continuidade de numeração estavam preenchidas dos Dandium da alta e mediana classe, que eram construídas e posicionadas justamente para não empatar a visão dos Dandium pobres - os reprovados que assistiam por fora do Vrandette que exclusivamente, as torres niveladas e o teto protetor dele, foram retirados também com a intenção de ajudar na visão dos que assistiam pelo lado de fora. Ou seja, os magos transformavam o santuário de acordo com cada evento que possuísse muitas pessoas ou não, e é claro que também a grama que estava em torno do Vrandertte, se tornava um certo morro leve, melhorando para a vista dos Dandium da classe pobre.

Comprovado e culturalmente, o batismo era um movimento livre e, era algo apenas opcional de assistir para qualquer tipo de classe, em que ao mesmo tempo nem todos podiam comparecer, por motivos de força maior, como ocupações, outras obrigações e problemas de distância, tais como os Dandium que não moravam em Zyrom. E talvez por certa razão, Hanu, Sirkal e muito menos Jagger estavam aqui.

Enquanto isso, todos os alunos do primeiro ano, prestes a se batizar, estavam de pé no vazio central do chão do Vrandette, quase muito perto das passarelas acima das águas cristalinas e recheadas de cavalo marinho em cada cor existente, que também tinham a função de um caminho até as escadas, ao pedestal e ao trono do imperador.

Então, nós, inclusive eu e Zuri, podíamos analisar qualquer um ao nosso redor, em que especialmente no nosso norte, se situava um ferreiro, uma maga e uma estilista no degrau mais espaçoso que se possuía de uma exposição do pedestal de mármore. Que também estavam acompanhados de alguns guardas da O.E.D que não quiseram ficar acomodados na arquibancadas ou que tinham a obrigação de vigiar à região do Vrandette e proteger a realeza, que se dominava pela família real e para os cargos de renome que trabalhavam somente para ela, como as duas mulheres e o homem do qual acabei de citar, e um cavaleiro imperial, prostrado dois degraus acima do qual estava o pedestal de mármore.

Ou seja, a profissão de fidalgo, mago, ferreiro, estilista e o cavaleiro imperial eram escalados particularmente pela família real para ser adquiridos pela formação da realeza completa. E assim, acrescento mais o detalhe de que Efiso, o fidalgo do imperador Lunj estava na esquerda do trono e a esposa, Kaene, estava na direita de seu marido.

Mas por enquanto, eu estava mais interessada em ver os que estavam na minha coordenada oeste, como por exemplo Vicenzo que exatamente agora, se revestia de sua armadura convencional plastificada com mais objetos e apetrechos guerreiros, como medalhinhas de premiação atraentes e faixas minúsculas e finas que se escaldavam de seu quadril sequencialmente.

E este mesmo homem, com a formatação mais acentuada do rosto acanhado por tintas bordô, turquesa e coral de escamas de um camaleão galanteador, estava me dando um sorriso casto e tímido que fora o bastante para derreter minha rigidez feita pelos olhares raivosos e furiosos. O sorriso do qual eu precisava naquele momento para afastar o meu mau estar espiritual e meus anseios, um sorriso do qual correspondia um olhar sem julgamento que até mesmo eu via uma repressão nos semblantes de Alluna e Benjamim, mesmo depois do sinal positivo anterior que eles me mostraram enquanto eu sobrevoava na biga junto a Zuri.

Retribuo o guarda da O.E.D com um sorriso triste e envergonhado pela situação causada, e de alguma forma o baque não perceptível para os outros, a pressão das botas metálicas no chão polido e as íris incendiárias de Vicenzo me visando com cautela, anunciou que ele me daria um abraço amenizador e de socorro se não estivéssemos na frente de todos.

E então, tive de deitar a abertura do meu sorriso de gratidão e de reconhecimento no ombro de Zuri, em que pelo o alisamento dos dedos dela em meu cabelo, subtendi que ela entendeu como um gesto de carícia meu e eu completei com um estalar de lábios discreto no ombro da minha amiga, subindo o rosto quando achei que estivesse pronta para não continuar sorrindo exacerbadamente para que os demais não percebecessem.

Porque de certa forma, senti um inibimento bom de que Vicenzo não poderia também notar, pois eu tinha a certeza de que eu não me seguraria em sair correndo para abraçá-lo pela melhora brusca de que ele pressionara em meu coração.

Também, uma percepção se instala na minha mente quando eu apuro a informação de que naquele instante, eu e Zuri tínhamos trocado um afeto de amizade mais próximo durante os dias da qual ficávamos desfrutando uma da companhia da outra.

E isto, sucumbiu um sentimento de realização e satisfação minha de que talvez eu não estaria tão sozinha e que tudo daria certo pelos dias seguintes da minha vida em Huphizyn. A priori, de algum jeito eu não perdia toltamente as esperanças, certo?

Depois de me submeter ao mundo da lua, resolvi me dar uma revigorada de inspecionar os meus arredores novamente e assim, vejo alguns olhares arretados de estranheza que impertinentemente queriam me questionar de certa coisa. E meu coração bombardeado entope meu fluxo de consciência pela minha visão ter reparado um irritante Magistral de fios negros sob o luar e um sensível cavaleiro de fios chamuscados em uma cor de castanho escuro não conseguindo parar de se entreolharem e depois me encararem.

Ah meu deus! Devo considerar isto como algo grave para Vincenzo? Porque mesmo que Benjamin se esforçasse para não deixar sua bronca mental contra o guarda da O.E.D tão explícito, vergonhosamente alguns do santuário atentos, como eu, podiam notar.

Ainda que parecesse que talvez Vicenzo fosse receber uma punição ou castigo pela parte de seu amigo que também era seu chefe, ele não se permitiu recair e contra-atacou Benjamin com um olhar matador de preocupações, tentando o relaxar de alguma forma com a sua palma esquerda indo e voltando devagar.

Mas também eles alternavam com outros tipos de decifração facial para mim, como tipo, Vicenzo me tranquilizar com palavras que saiam das suas íris de fogo, de tipo - é só drama de Benjamin por ter notado o nosso contato visual nos últimos minutos e com certeza irei acalmá-lo depois, e também como tipo Benjamin, me jogando sinais na sua face com um: “Pare de olhar para nós, pelo o amor das Giposeps”.

E eu nem me ousava a duvidar de mim mesma, ao querer invadir a mente dos dois telepaticamente e confirmar minhas falas teóricas, pois de acordo com minha experiência ao longo da minha vida e uma matéria do Centro de Aprendizado se chamar "Leituras faciais e seus Significados" eu tinha a certeza absoluta de aquilo que eu teorizei estava acontecendo de verdade.

Além de tudo, os Dandium são treinados para perceber tentativas de invasões que queiram espionar os nossos pensamentos e seria repetidamente indelicado, incorreto e indevido de acordo com a lei 91 do nosso Código Conduta, um Dandium telepático querer ler a mente de outro Dandium.

Na verdade, a lei aborda generalizando para todos:

Lei 91. Em quesito algum, deve-se, um Dandium utilizar de seu poder mental (incluindo todas as habilidades doadas de mentores) de má fé para atingir um próximo que se compraz da sua mesma espécie. Ou se não haverá medidas punitivas para o mesmo.

Ou seja, eu não poderia a ler mente de nenhum Dandium, a não ser os humanos. E quando li isso nas aulas de Introdução às tendências culturais e ao Código de conduta de Huphizyn, imediatamente me explicara porque Alexis me seguira até minha cobertura e se debateu de frente comigo, pois ela havia sentido eu entrando na sua barreira mental e na sua intimidade.

E também pude pensar no quão fora errado Alluna e Benjamin terem tentado sorrateiramente entrar pela minha mente, sendo que eu era uma Dandium, mas logo depois anulei esta ideia por ver que mesmo que sejamos já um Dandium, todos daqui eram considerados verdadeiramente um somente após o batismo. Enfim, eu deixei passar essa de boa.

Porém, o que apertou meu coração foi saber que pela lei, Jagger estava também proibindo de adentrar as mentes das pessoas e as controlar, principalmente no evento passado que ele teve de beber uma porção de Sirkal e conseguir apagar a memória dos Dandium que tinham me visto rondando nas ruas de Zyrom com Benjamin. E só de ter que engolir o fato de que Jagger se colocara em perigo para me proteger de holofotes e Benjamin também, é claro, me deixava muito preocupada.

Enquanto as trocas de olhares minha com Vicenzo e Benjamim iam se extinguindo mais do que aparentavam ser imperceptíveis, vi que Alluna era uma dos quais estavam notando o clima da situação e reagindo nervosamente com o batucar de seus dedos indicador e polegar que estavam atormentando o seu colar totem, criando um burburinho junto com a espessura de seus anéis.

Impulsivamente nem pestanejo em quebrar a barreira de Alluna, mas não ao ponto de visualizar letras se formando, apenas a entregando uma frase para tranquilizá-la: Não se preocupe! Ninguém vai ligar para o nosso comportamento irregular, soo uma garantia de como se eu tivesse passado muita experiência com o povo de Huphizyn... mas era um frase de conforto para Alluna, então eu falaria isso quantas vezes eu quisesse sem nenhum remorso.

Simplesmente eu adorava a parte de que telepáticos poderiam formular falas na mente de qualquer um, criando uma conversa. Enfim, a definição de telepatia em Huphizyn, absolutamente era mais evoluída.

Alluna tira os olhos do ponto de suas pernas cruzadas e me olha de supetão, entendendo que eu feri uma lei do código de conduta e me permiti ir mais ao fundo da sua mente, e vi a sua seguinte ordem: Não faça isso, Jéssica!

Em continuação, introduzo o meu dizer final na sua mente, rindo sapecamente: Não me entregue as autoridades, por favor! Pode descontar do meu salário de queptos.

E então, me digo por satisfeita para sair cuidadosamente da mente de minha mentora, e ela me dá uma cara rabugenta, mas ao mesmo tempo apertando suas bochechas em sinal de que iria desenhar um sorriso feliz com a minha brincadeira e por justamente isso, me pergunto se o que fiz foi tão necessário ao ponto de violar uma lei.

Uma voz conhecida esguia uma alerta de todos no santuário e ajeitamos a nossa compostura para olhá-lo com respeito:

- Boa Noite, meus queridos Dandium's! Quero dizer que estou amplamente feliz por uma nova iniciação da vida de todos vocês! Um novo ciclo criado pelas águas puras do lago Wecob que irão transformar os seus dias futuros cheios de glória! - Efiso proclama com o peito estufado, como se estivesse meramente orgulhoso. - Um lago revigorado do líquido especial e dos poderes licenciados pela nossa famosa pedra de runas, Rudhar. E é neste que cálice - ele aponta sutilmente para o objeto mantido no pedestal. - Que contém a nossa água purificada, que vocês irão encontrar suas respostas e definir vitórias à todo instante ao longo de todo seu viver! - Termina com firmeza, bradando em um nível alto de esperança.

O ar do Vrandette se apura em aplausos e assobios vantajosos para a noite corpulenta e acinzentada do frio saboroso. Dessa forma, o ritual de batismo começa com cada um sendo chamado para o degrau abaixo daquele em que está o pedestal que se carregava dos três Dandium da realeza e os guardas da O.E.D.

O batismo funcionava desta forma:

O papel de quem é o fidalgo é ditar o nome do aluno que irá cumprimentar os três Dandium da realeza do jeito Huphizyn, que por conseguinte, o jovem terá de revelar o dom do qual fora abençoado pelo o seu respetivo mentor. Então, quem atua como o mago deve entregar o cálice para que o aluno beba e volátilmente a água se cria pelas próprias cores da bandeira da organização pela qual o estudante do primeiro ano está destinado a se compactuar.

Por fim, os que estão exercendo a profissão de ferreiro e de estilista se juntam para decidir e modelar de forma hábil e mágica, o totem que mais combinar com o aluno do primeiro ano dependendo da sua habilidade mental.

Ou seja, assim que a pessoa recebe o seu acessório, ganhando todas as vantagens e habilidades de um totem, ela pode ser finalmente chamada e qualificada na essência de um Dandium, terminando o seu batismo.

Confesso que foi um pouco entediante ter de esperar os outros alunos sendo batizados de um por um, demorando a cerimônia que por sinal, acho que Zuri não estava muito diferente de mim ao bocejar bem alto.

Durante isto, em toda a minha impaciência, nem parei para notar a chegada inesperada de Jagger em uma das arquibancadas, me acenando em um gesto de apoio que graças ao cálice, pus-me a verificar sem alguém tinha também visto meu contato visual com o cantor e pelo visto me pareceu que todos estavam concentrados em uma aluna que estava bebendo a água do cálice.

E certamente que sou uma pessoa bastante submissa para a curiosidade, não pude deixar de pensar o que talvez Sirkal e Hanu estivessem fazendo neste momento para que não aparecessem no evento de hoje. E certamente que também eu queria me distrair com qualquer coisa para aturar a demora que se arquitetava em eu ser chamada para ser batizada.

Até que finalmente e para sincera minha surpresa, meu nome se impactou pelas audição de todos presentes no Vrandette.

Dou um suspiro ansioso, caminhando muito provavelmente de forma um pouco atrapalhada, para que eu não tropeçasse em meus próprios meus pés e me desmanchasse terrivelmente nas extensas passarelas.

Quando chego na superfície de um degrau do qual uma vez eu já estive no mesmo naquele meu dia atordoado de entrar pelo portal com Benjamin, ergo deliberadamente meu queixo em atenção a estilista debruçada na representação de morangos no rosto e revestida de lantejoulas em sua peça tomara que caia, em atenção a maga com uma capa enterrada em arcos de bijuterias e uma escuridão marcada pela sua face retangular, em atenção ao ferreiro de cabelos grisalhos manchado em um sangue puro que se opunha a simplicidade de se vestir de armadura de couro grosso.

E como um choque de lembrança, logo me preparo em os cumprimentar da maneira correta e os três Dandium da realeza absorvem roboticamente, já que obviamente muitos alunos na minha frente, tanto como hoje e como nos anos passados, agiram exatamente como eu neste instante.

A maga se pronuncia por primeiro como seu dever:

- Senhorita Jéssica, diga-me qual seu poder mental?

- Telepatia - suscito curtamente.

A maga pigarreia quase inaudível, mas como uma forma de preparo da garganta e da fala que está prestes a vir:

- Então! Nesta noite! No Vranderte Agora! Você! - aponta singelamente para mim com a palma aberta que estava para cima. - Jéssica! Docente da diretora Alluna! Portadora da estudiosa telepatia! Aceita uma renovação de corpo, de alma, de coração e de mente para todo o sempre? Aceita beber as águas puras do lago Wacob neste cálice? - Segurando em prática a parte magra e fina do cálice, ela aproxima a taça poderosa em minha direção para que eu o receba.

Tomando para mim mesma o objeto colossal, proclamo em uma voz energética, respondendo cada detalhe, porque as palavras eram necessárias e essenciais para o prosseguimento do batismo:

- Sim! Nesta noite! No Vrandertte! Agora! Eu! Jéssica! Docente da diretora Alluna! - estremeço um pouco ao ditar o nome da Dandium. - Portadora da estudiosa Telepatia! Aceito uma renovação de corpo, de alma, de coração e de mente para todo o sempre. Aceito beber as águas puras do lago Wacob deste cálice! - mergulho sutilmente meus lábios no material frio do cálice e degusto duas doses do líquido fervente e prazeroso, queimando e descendo pela minha laringe esplendorosamente.

Sinto pulsações de recargas de energia pelos meus músculos, pelos meus ossos, pelos meus tendões e pelos os nervos de todo o meu corpo. Me fazendo cair em uma pacificidade e um renovo desconhecido de minha parte que ao mesmo tempo e ironicamente me deixava perturbada para visualizar o resultado da transformação da água incolor para qualquer coloração de uma das Organizações.

Posteriormente, todos do Vrandertte, principalmente nós quatro de menor distância do cálice com a Giposeps e com a lança do destino, esperávamos as águas que estavam em redemoinho se transformarem no máximo em um misto três cores representantes da bandeiras das Organizações.

Quando o não esperado impacta e esfaqueia o tédio de todos que se permaneciam nos degraus, apenas com a exceção dos guardas da O.E.D. que somente olhavam para a frente.

Porque.... Por que? Por que?!?! Porque!!!! Porque...., a água estava em uma cor indescritível, mas identificável. Porque por uma razão misteriosa da qual não sabíamos, as águas puras do lago Wacob estavam especializadas em todas as cores das Organizações separadas em divisórias, como uma partição de uma pizza.

O Marsala, Prateado e o Azul Royal da O.E.D

O Azul Celeste, o Rosa Pastel e o Laranja da O.M.

O Púrpura, o Negro e o Platinado da O.F.L

O Verde Musgo, O Amarelo Canário e o Mel da O.R.V

Todas estavam lá! Naquele cálice! Unidas em massa! Como se fossem as próprias tintas criadas assim que toquei meus lábios na borda do cálice e minuciosamente nas águas, que é uma coisa inevitável assim que se bebe.

Eu só conseguia ver, a maga, o ferreiro, a estilista, o cavaleiro imperial, Efiso, o imperado Lunj e sua esposa Kaene tomados do próprio termo e significado de cético. Assim como também, eu não pude deixar de escancarar a abertura da minha boca em um combo de constrangimento, parece que eu estava até mesmo me encolhendo.

A maga interfere, em uma necessidade de bloquear qualquer outra consequência devastadora, dizendo convicta de si:

- Senhorita Jéssica! Docente da diretora Alluna! Portadora da estudiosa Telepatia! Uma mais completa Dandium! Te declaro pertencente da Organização Flor de Lis! - O que era uma mentira e tanta, pois o que a sinceridade das águas de Wacob me dizia é que eu pertencia à todas Organizações de Huphizyn, uma coisa da qual nunca se aconteceu em toda a história da nossa espécie.

A maga fez isso numa facilidade de improviso diante de um imprevisto inadequado, como se estivéssemos em uma peça teatral da qual tivéssemos errado em não seguir o que se estava no roteiro.

Os que tinham visto o inacreditável, não contestaram a atitude impulsiva e resolutiva da mulher. E assim, percebemos que teríamos de continuar a última fase do batismo, como se nada tivesse acontecido para convencer absolutamente o restante dos Dandium no Vrandertte que não viram o bizarro do qual nós fomos estapeados.

Eu estava atormentada e no fundo da minha alma me sentindo um pouco injustiçada para me selar definitivamente em apenas uma Organização, sendo que de acordo com às águas puras do lago próximo a pedra Rudhar, a minha alma se pertencia as outras também.

Mas no entanto, meu coração compreensível e minha razão sensata, me força a aceitar de que serei mais uma membro da O.F.L. Até porque era assim que tinha de acontecer, pois em Huphizyn você só podia estar em uma Organização até mesmo por conta de que caso você se torne futuramente um Dandium renomado pelas suas notas, isto vai ajudá-lo a escolher uma profissão condizente com a sua Organização.

O ferreiro e a estilista, trabalham por cinco minutos em burburinhos, fazendo rascunhos com a caneta mágica que escrevia mais de mil palavras em apenas um toque e que a diferença é que neste caso, a caneta em um segundo tornava o papel em um desenho do meu futuro colar que se programou na cabeça da estilista.

Por conta deste papel, eles entram em consenso de que o meu totem seria espelhado naquele desenho e então, o ferreiro ao beber uma porção que estava em oposto ao lado do pedestal do qual ficava os papéis e a caneta de pena. Em seguida, se passa trinta segundos para se fazer o efeito da porção mágica para que felizmente o Dandium pudesse começar a reluzir em suas mãos a formação do meu totem.

O Ferreiro analítico percorre seu olhar em cada peça e centímetro exposto na formatação do meu totem no papel, tremendo o que fosse possível de sua face, para assim conseguir personalizar um trabalho perfeito. Até que chega o momento em que o pontinho de luz que segue cada segmento criado do acessório explode em pequena abundância na parte final do meu colar.

Um colar que se tinha um pequeno espelho circular com uma moldura de embaralhamento e cruzadas de muitas linhas curvadas, dais quais eram de ferro. A verdade é que uma pedra tão cristalizada e neutralizada que lhe acabava dando a sensação de que era um espelho que reflete o que está a sua frente.

Na moldura redonda que acoberta a pedra preciosa, se saí um par de asas de ouro com as penas que se entortavam lindamente em seu acabamento e embaixo de si, a moldura também carrega como um pingente curto, uma safira incrustada em outra proteção de ferro.

Um totem, um acessório, um colar que superou as minhas expectativas e que era tão belo ao ponto de dar inveja, até porque no dia hoje, eu dei tanto trabalho e decepcionei o dia de muitos que não é minha culpa eu chegar a não esperar que o ferreiro e a estilista ainda se dispusessem de fazer um colar tão agradável e espetacular para mim.

Imediatamente, ambos entregam nas mãos da Maga e pelo o chamado requisitado das mãos que seguravam o meu colar, eu entendo perfeitamente que ela mesmo faz questão de colocá-lo na região do meu pescoço e certamente, de que me trato curvar na medida certa a minha cabeça em direção a Dandium.

- Seu totem é fantástico, garota - sussurra em meu ouvido esquerdo, enquanto acerta a presilha de conectar as extremidades do meu colar na minha nuca. - Diante da conclusão da última fase! Eu! Lovise! Líder-Maga e Imperial! Te declaro ba...

- Ainda não... - um som inanimado e rouco agrava todo o santuário, interrompendo a fala da Maga.

Em sincronia, todos nós tornamos uma virada de cabeça no ângulo certo para prestar atenção no imperador Lunj:

- Pois não? Vossa Majestade! - Lovise o cumprimenta na maior dignidade que pudesse mostrar.

O imperador paralisado nem se acomete uma vez de sair de sua posição de pernas quase cruzadas e seu cotovelo apoiado em uma delas, o qual sustenta a palma da sua mão direita.

- Quero que urgentemente, seis telecinéticos neste Vranderte se encaminhem para o segundo degrau - Nem precisou de tanto tempo para alguns telecinéticos se manifestarem para obedecer a ordem do imperador de fios prateados com ligações de luz queimante e branca da solar. - E então quero que você, Lovise, desgrude às passarelas uma das outras, deixando o local da piscina em aberto. - Ele estava falando das águas recheadas de todos os tipos de cavalinho marinho que se localizavam debaixo das passarelas.

- E você garota, vá para o primeiro degrau - Se refere a mim com uma expressão de nojo, um degrau que se eu não chegasse perto dele com cuidado eu cairia sem tempo nas águas que já estavam à mostra, sem nenhum sinal das passarelas que foram tiradas por Lovise.

O homem de íris arenosas se levanta de seu trono, fazendo o cumprimento de Huphizyn para todos nós e se erguendo como um ser indestrutível e aclamado:

- Que voemos alto como as Giposeps! - O Dandium Imperial estende largamente os braços em uma linha reta.

Esta era uma frase que somente os imperadores poderiam dizer de começo, para que assim os que tivessem perto e ao redor deles, respondessem da mesma forma:

- Que voemos alto como as Giposeps! - retornamos devidamente e como de costume o nosso imperador.

O Homem desce seguro de si os seus braços, olhando e apreciando rostos da maioria dos Dandium que estavam no Vrandertte. E quando se sente satisfeito, o imperador Lunj inicia a sua explicação.

- Meus queridos Dandium's! Uma Boa Noite para todos! - Dessa vez, seu som vocal se transforma em um mais calmo. - Há poucos dias, tomei uma decisão memorável com a assembleia Kizarde, na qual se resume a um decreto de uma nova lei que será acrescentada no nosso Código de Conduta. - O Vrandertte inteiro resfolegou em uma surpresa aflita, onde todos se entreolhavam sem reação.

Mas, isso não se torna importante para o imperador e então de forma resiliente, o Dandium continua com a procissão de suas palavras:

- E a lei 127. está definida para que em todo o batismo anual em que se tenha um estrangeiro - enfatiza o último termo, balançando o seu indicador. - Ele terá de passar por uma etapa bônus, a qual se o estrangeiro sobreviver, terá, felizmente, concluído o seu batismo cerimonial.

A palavra "sobreviver", neste exato momento, é proveniente do meu medo que perseguiu todas as veias do meu corpo e se instalou vorazmente em meu coração.

Lunj me enviou um sorriso mais desgraçado de todos e logo depois disse:

- Preparem-se meus telecinéticos... para empurra e lutar com a resistência de Jéssica nestas águas - ordenou cruelmente e então, murmúrios alarmantes se instalaram de uma forma que só deu tempo de eu ver a compaixão de Efiso para comigo e de eu cair estrondosamente, em uma dor impassível nas águas congelantes.






















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