•~Capítulo Dezenove~•

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Jagger


O jato de água de um grande tsunami feito pela saída da estupenda de Jéssica e de um dragão de ouro que era empoleirado de joias, nos afoga em tanta intensidade que batemos uns aos outros até o chão polido de xadrez.

Em frações de milésimos de segundos, as águas e os cavalos marinhos passam muito rápido, nos rasgando e nos machucando com suas forças brutais, que até que por fim, os dois se esvaziam pela mata à dentro da floresta Ounmiwick, deixando em paz, todos os Dandium que estavam no Vrandertte ou ao redor, mais rápido do que podíamos supor.

Ordenei que eu me reerguesse ao menos em meu raciocínio lógico de pensar em mexer algo do meu corpo e então, acabo por optar em me apoiar nos meus cotovelos, para olhar a parte do altar que logicamente já estava vazia da realeza.

Por conseguinte, deu tempo de ver, mesmo com os pulmões sobrecarregados de águas e olhos arranhados do exagero do líquido, a beleza de Jéssica se tornando mais radiante enquanto ela ficava como uma estátua entre o ar junto ao dragão.

Pelas Giposeps! De onde surgiu este dragão?

Porque nunca na nossa história se houve uma Dandium que procriasse em sua pele esbranquiçada os próprios selos de Huphizyn. Selos que se conectavam e fundiam da região da sua temporã esquerda e prosseguiam até os seus próprios braços, concluindo pela ponta de seus dedos. Selos protagonizados nas cores de borgonha altamente ofuscante que eram rabiscados superficialmente por um branco de uma neve mais congelada.

Quando Jéssica abre seus enigmáticos olhos de avelã para mim que maravilhosamente se encaixavam com duas mechas brancas no início do fios de cabelos, que por coincidência se pareciam com o acabamento de neve em seus selos, ela caí na piscina que já não se continha mais águas cristalinas e cavalos marinhos.

Antes que eu possa me opor para ajudá-la, a garota consegue ajustar seu par de mãos na borda de um das passarelas, se sustentando em meio ao buraco depois de si e nem foi essa razão que me distraiu . E sim pela qual o dragão se incha de luz intra-vermelha em suas escamas de joias, o qual podemos ver um nó gigantesco passando por sua garganta e ver seus olhos à beira de explodir.

Tecnicamente, esta cena não podia deixar de atrair a atenção de todos que olhavam estáticos, até porque ela cada vez se tornava mais horrenda e perigosa. E então, o dragão engasgado com seu nó, acaba seu sofrimento soltando em grande quantidade de um fogo branco que incinerou completamente uma das arquibancadas, do qual as faíscas corriam pela nossa face e as quais tínhamos de que derretê-las.

Após a isto, o dragão parece a voltar ao seu corpo original e magrelo, mas nem pudemos piscar os nossos cílios direito, porque de repente, a ascensão rigorosa, volátil e cilíndrica do dragão até o céu, preenche a nossa visão e a nossa observação.

Diante a isto, olhamos ao nosso redor para averiguar se todos estavam bem e a primeira coisa da qual não evito fazer é berrar por um nome:

- Benjamin! Benjamin!!!

Não recebo nem um envio de uma resposta.

Está tudo bem com ele, Jagger! Ele só deve ter sido arrastado para longe pelas águas, suponho.

Por sinal, o caos estava terminado e nada fora do normal estava se manifestando, então, relaxamos o nosso preparo físico e nos glorificamos por tudo parecer estar bem.

Instantaneamente me lembro de Jéssica e olho para o local da piscina esvaziada, e ao menos ela já estava se assentando na cerâmica da passarela, se afugentando em seu fôlego descontraído.

Só que eu não pude nem pensar, em pedir licença para as pessoas e andar até a direção de Jéssica para acudi-la, porque eu já via Vicenzo à frente de mim muito antes. Dei de ombros e pelo menos tirei mais um fardo dos meus ombros.

Porém, quando eu mal me virei, em busca de Benjamin, vejo passando pelos meus próprios olhos de forma animalesca um lobo selvagem que rugia para morder e acabar cruelmente com o grupo de Dandium amontoado ao meu lado.

Institivamente me afasto dez metros e só ouço o grito de pavor de Jéssica, nos alertando:

- CORRAM!! FUJAM!!!

Porque a verdade que enquanto eu corria para o mais fora do Vrandertte para me salvar, minha cabeça estava virada para a arquibancada incinerada que estava com a bola do qual o dragão soltara, para conseguir enxergar que o pior de tudo, é que ela respingava dois tipos de bolhas flutuadoras e transmissíveis.

Uma das bolhas era um azul persiano e aguado que quando se aplicava em algum dos Dandium, os tornava em alguma espécie de um logo selvagem que se assemelhava ao tamanho de um urso , tanto na parte comprimento e largura. Alguns dos Dandium que estavam se contaminando dessa bolha e se transformando nesses lobos sofriam rasuras e manchas na pelagem ou possuíam o seu corpo todo liso e intacto.

Já a outra bolha era um amarelo queimado radiativo que se responsabilizava por se infiltrar nos Dandium do Vrandertte e os deixar como um tipo de fera de presas, como se fossem vampiros em uma mistura de feéricos com orelhas pontudas, dos quais eu sabia por livros mundanos que li e pelo meu gosto artístico, pois não era à toa que eu fazia parte da Organização Mandala, não é mesmo?

Mas eu não tinha mais tempo para pensar ou me intrometer em distrações, porque as duas transformações de talvez duas novas espécies inesperadas e intrusas, estavam começando a terminar e quando todos nós percebemos, os quais não haviam sofrido alteração bombásticas e muito perceptíveis... foi aí, que tudo se decaiu de uma vez;

O Vrandertte se encaixou ao ataque das novas espécies de olhos viris, sedentos e meticulosos, nos quais podíamos ver a pupila tremendo em puro ódio junto ao contra ataque dos que tentavam se defender das mordidas, dos pulos, das garras, das presas, da contaminação dos vírus e da morte.

A maioria que não tinha sido contaminada pelo vírus torrente da bola de fogo da arquibancada que não se apagava, claramente eram os que possuíam os kjaygosh de um alto nível de luta e utilidade da nossa espécie, ou seja, estamos todos horrorizados com um monte de alunos da população pobre ter sido perdida em possível vírus letal, que nem tínhamos tempo de pensar se tinha cura, só apenas se salvar.

A minha paisagem e meus ângulos estavam recheados de sangue, de grupos amontoados, de movimentos bruscos e sequenciais de debates, de flashes dos poder bônus dos kjaygosh, de descontroles lúgubres dos contaminados que matavam e matavam cada um de nós.

E eu, estava correndo com minha lâmina bloqueadora de qualquer aproximação para comigo, onde se criava uma áurea escarlate ao meu redor e assim eu conseguia afastar qualquer um dos novos tipos de lobos selvagens, ou vampiros/feéricos que tentavam me derrubar em meu leito de morte, me consumindo para o seu alimento.

A cada vez que eu me afastava - pois o Vrandertte é muito extenso, mais eu ficava por entre duas opções que eu queria me decidir: Voltar para apagar o fogo na arquibancada, para assim deixar de proliferar o vírus e morrer no local onde mais se procriava transformações que duravam em média de dois minutos, ou procurar pelas pessoas que me importam que estavam presentes no Vrandertte, como Benjamin, e até mesmo, Vicenzo e Jéssica.

Porque ainda que eu o tenha acabado de os visto bem, será que eles estariam à salvos agora e no ultimo lugar do qual os vi? E Benjamin? Que não sei como e onde ele está desde o tsunami esmagador de nossas traqueias.

Torci para que alguém já estivesse escolhido apagar a imensa bola de fogo, porque eu estava longe demais para dá meia volta e também escolhi a segunda opção que era achar os meus amigos e os proteger na minha lâmina bloqueadora.

Deixando a minha arma na minha altura do meu queixo, continuo inspecionando o local para ver quem eu posso ajudar com urgência, mas as coisas acontecem tudo tão rápido que ou o Dandium já bloqueia os contaminados com o seu tipo de arma, ou ele morre amargamente.

Até que aleatoriamente, vejo uma menina correndo para fora das torres e se declinando nos ramos de um bosque, fugindo atordoadamente logo do ferreiro da realeza, Jordan, que se tinha se tornado em um vampiro/feérico.

Confronto ele, me jogando na largura de meus passos e quase o detonando com o grau do bloqueamento da minha lâmina, fazendo questão quebrar uma de suas presas com o material da minha arma, com isto, o antigo ferreiro se afasta, praticamente voando pelo o ar à quase mil quilômetros.

- Vem! - apanho o braço da garota de fios curtos e achocolatados, a qual me olhava fantasmagórica com suas íris de amêndoa.

A recordação adentra à minha mente para ver a cena da qual ela estava ao lado de Jéssica no batismo e também uma da qual, ela participara de um concerto meu. Pelo menos eu tinha uma boa memória.

- Você é a menina que estava no meu concerto? - pergunto isto pois era um segredo em grupo a parte de que eu conhecia a Jéssica.

- Sim! Me chamo Zuri e estamos protegidos, mesmo? - fala olhando para cada pedacinho de grama.

- Lógico! - sorrio em meio ao todo drama, para que ao menos aliviasse o enrustido na testa da garota. - Preciso te levar para algum lugar à salvo e encontrar meus amigos. - explico de cara para que evitasse perguntas e mais falas que pudessem desviar a atenção de minha caminhada, e meu monitoramento de procurar algum lugar confiável nas redondezas.

Em centímetros perto de entrarmos na mata de Ounmiwick e escapar mais das cenas fatídicas que na verdade cada vez mais se aproximavam, a menina aperta minha mão fortemente, me deslocando do caminho.

- O que você está fazendo???? - contesto tentando rebuscar a mão da garota e ela de volta para a trilha que perseguiámos. - Não podemos perder tempo! - grito exausto e complexo. - Olhe ao nosso redor! - viro a palma da minha mão direita em torno da região que estávamos. - Há muito de nós mortos e há muitos de novos Dandium's aumentando em quantidade alarmante! E parece que isto vai continuar rumando até chegar em Zyrom ou talvez em até outras cidades, vilas!

- Podemos ressuscitar moço! Seja positivo, hein e...

- MAS AINDA SIM ISSO NÃO SIGNIFICA QUE EU NÃO TENHA QUE SALVAR A NÓS E MEUS AMIGOS!! - me exaspero inconformado com a tranquilidade que Zuri vinha adquirindo.

- Vamos até o meu Hiarfel! - manda, cruzando os braços e já sem paciência.

- O quê?? - questiono confuso e um pouco incomodado em relação a estarmos parado, debatendo horrores em meio ao circo pegando fogo, até porque vemos em nosso lado um Dandium eletrocutando um lobo em uma teia de areia que saía da ponta de uma foice curta até a morte.

Assistir a isto, me deixava temeroso, porque aquele lobo era um Dandium normal e que tinha uma família. Entretanto, estávamos matando por desalento e por impulsividade de proteção, já que não sabíamos se tinha volta para os contaminados.

Pelos cálices! Como fizestes tudo isto, Jéssica?

- Você não estava na hora do desfile? - Zuri retruca acessível.

- Não...

- Vem! Confia em mim! Você me salvou! Eu te salvo junto com seus amigos, assim como também quero salvar uma amiga! - Ela diz com altas expectativas e subtendi que talvez sua amiga fosse também Jéssica.

- Um Hiarfel é uma boa ideia... Onde ele está?

- Já o chamei pela minha alma - move seus dedos, sinalizando para que eu seguisse a fim de que diminuíssemos a lacuna entre nós e seu animal.

Caminhamos até uma empilhadeira de rochas com enfeites de fitas, em que tentávamos ignorar gritos uivantes de dor, sons metálicos se colidindo e barulhos químicos transparecendo no ar na nossa região frontal conjunta a lateral da visão.

Era tudo muito perto. Era tudo muito longe. Pois víamos o que acontecia duramente e diretamente com os outros, o que não estava acontecendo conosco. Constantemente o campo de batalha parecia se expandir e nós não tínhamos mais espaço pra respirar, apenas para inalar o cheiro de sangue, o cheiro do sofrimento, o cheiro da morte.

Graças a minha lâmina bloqueadora ela tinha a função retrair a chegada próxima de qualquer pessoa, como se fizesse quem estivesse na áurea dela não chamativo e por isso não tivemos nenhuma intromissão que nos retirasse de missão.

Eram tantos Dandium que ainda não consegui avistar Benjamin, Vicenzo e nem tampouco Jéssica.

Seria muito pior se Sirkal e Hanu estivessem aqui, agradeço ao Maior.

Por incrível que pareça as vezes víamos alguns duelos repentinos e vitoriosos logo de cara, porque por exemplo; o Dandium era esperto em saber alternar em se tornar invisível e se teletransportar, sabendo mexer com maestria o seu respectivo kjaygosh.

Por favor! Que Benjamin não tenha se contaminado! Por favor! Que nenhum dos meus amigos tenha se tornado aquelas criaturas horrendas!

De repente sou acordado pelo o pré-pouso do Hiarfel. Um animal analisado em cores de cravo e hortênsias com olhos idênticos dos da garota. E dessa forma, nem pestanejamos em subirmos nele. Já que eu havia entendido a ideia de Zuri, porque montado no Hiarfel tentaríamos rastrear pelo o céu os nossos amigos.

No entanto, quando quase o Hiarfel estava partindo paras nuvens, alguém puxa suavemente meu gibão  esterilizado em cores quentes, se apertando a mim e a Zuri.

Já nos ventos frios e impetuosos do ar, eu e Zuri nos viramos para ver quem estava atrás de nós e simplesmente era por quem eu estava me enclausurando em preocupação. Benjamin.

Por pouco não me sai um apelo de repulsão diante ao seu olho direito arrancado, seus punhos arranhados e seu pé torcido, com suas vestimentas rasgadas e ensanguentadas.

- N-ão r-egenero-u, Jag! – Se  sufoca em suas palavras alarmado tentando cobrir o possível da parte de seu corpo que falta, onde não parava de transbordar sangue e mais sangue.

Eu deveria ter feito de tudo pra te encontrar! EU DEVERIA TER FEITO DE TUDO PRA TE ENCONTRAR! Me culpo por dentro, não conseguindo impedir as lágrimas.











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